Prólogo

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Ísis Bellini
Há 19 anos atrás

A primeira coisa que Ísis fez ao ganhar o seu primeiro Skate, tinha sido colocar o seu boné rosa para trás, e correr até o parque mais próximo da sua casa, e junto com seus dois irmãos, para disputar uma corrida na pista vazia de caminhada.

Ela amava sentir o vento sobre o seu rosto, enquanto a adrenalina pulsava nas pontas dos seus dedos. E talvez por isso que tinha insistido tanto em ganhar um Skate no seu aniversário de 6 anos.

Ísis, no entanto, nem sequer desconfiava que Igor e Felipe, tinham deixado a menina ganhar, porque sabiam que a garota era extremamente competitiva e fariam que os dois competissem com ela até que obtivesse êxito, e por mais paciência que eles tivessem com a irmã mais nova deles, Felipe ansiava por brincar com o seu mais novo amigo.

E quando Ísis percebeu o plano de seu irmão, ela levou uma mão ao quadril, e com a outra segurava com dificuldade o seu skate, enquanto olhava para os três garotos a sua frente.

— Eu não quero ser café com leite! Sempre sobra para mim.

— É porque você é a mais nova, sissi — Igor pegou o Skate da menina, e deixou ao lado do seu.

— Por alguns minutos, neno — ela revirou os olhos.

— É isso ou você não brinca, Ísis — Felipe foi quem disse — e nem adianta falar para a mamãe e muito menos para o papai, e se você falar eu não vou te escolher para fazer parte do meu time de futebol mais tarde.

Apesar de Felipe ser o irmão mais velho e Igor ser seu irmão gêmeo, os dois sabiam que se a menina ousasse contar qualquer coisa que eles fizeram a ela para o pai, tudo daria errado.

— Tá bom — Ísis por fim, se deu por vencida — mas eu não vou contar.

— Então quem conta? — o menino que estava encostado em uma das árvores, com a camiseta do palmeiras, perguntou.

— Sempre quem deu a ideia conta — Ísis disse, enquanto se alongava para se preparar para correr.

— Tudo bem — ele suspirou — mas não vale sair do parque.

Assim que ele começou a contar, Ísis correu como se a sua vida dependesse daquilo. Mas por um momento ela parou, ainda escutava a voz do menino, talvez fosse mais inteligente de sua parte se esconder em cima de uma árvore, ao invés de ir para dentro do parque, coisa que certamente seus dois irmãos estavam fazendo.

Ela olhou para a árvore ao seu lado, era tão alta que fez com que o boné da menina caísse nas folhas secas da grama.

E de repente, ela percebeu que não ouvia mais a voz do menino, e isso fez com que Ísis se virasse e se assustasse, mas contendo o grito, ao ver que ele observava a tentativa fracassada da garota de se esconder.

— Ísis, isso é um péssimo lugar para você se esconder

— Você nem contou — a menina cruzou os braços — isso é injusto.

— A vida é injusta, Bellini.

— Você é ridículo, Veiga.

Ísis pegou o seu boné que tinha caído no chão, e fez questão de xingar o menino quando ele deu de ombros e riu para ela.

— Eu posso fingir que não te encontrei por aqui — ele começou, chamando atenção da garota — Se você aceitar a minha proposta.

— Qual é a proposta?

O garoto parou por um momento, fazendo com que pulsasse curiosidade dentro de Ísis.

— Eu deixo você ganhar, se você deixar eu dar uma volta no seu skate.

Ísis arregalou os olhos, de uma certa forma, incrédula com aquela proposta. E apesar de ter hesitado, ela apertou a mão do garoto, porque faria de tudo para ganhar aquele esconde esconde.

— Se você fizer alguma coisa com o meu skate, eu vou terminar de quebrar ele na tua cara, entendeu Raphael Veiga?

O garoto então se afastou da menina, ainda rindo, para a infelicidade de Ísis Bellini.

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NOTAS DA AUTORA

Oie pessoal, tudo bem? Que saudades de postar uma fanfic...

Só não sei aonde que eu estava com a cabeça quando disse que postaria essa fanfic no dia 1°... Gente eu acabei de sair de uma semana de prova maluca... mas já que prometi, aqui estamos.

Vocês são altamente influenciáveis? Porque a autora aqui, é... Eu comprei um skate para mim... mas é muito bom andar de skate, é libertador... Só que eu não estou arriscando demais, pq eu vou fazer uma viajem dos sonhos, e preciso estar inteira kkkkkk

Enfim, até o próximo capítulo!

SINAL POSITIVO | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora