Raphael Veiga
Raphael ignorava os olhares curiosos sobre ele. Tinha acabado de se identificar com a secretaria de Ísis, que no mesmo instante tinha permitido a sua entrada.
Bellini sempre tinha sido muito reservada em seu local de trabalho, por isso ele sabia que no momento em que virasse as costas, para aquelas pessoas que trabalhavam com Ísis, o jogador seria motivo de cochicho, e principalmente por estar levando um buquê de flores e o chocolate favorito de Bellini.
Já tinham chegado em São Paulo a uma semana, e por isso a mídia já começava a desconfiar da nova namorada do jogador, com imagens dos dois juntos no litoral.
Ele bateu na porta fechada, no fim do corredor, e logo escutou a voz de Ísis permitindo a sua entrada.
Certamente aquela ele amava aquela sala, com uma estante ao fundo da mesa principal de Bellini, cheia de livros, principalmente da área criminal. Os detalhes das cores claras, os diverso detalhes em madeira e os pontos de luzes amarelas, trazia uma sensação de paz e tranquilidade, mesmo sabendo que ali era o último lugar que tinha aquilo, e ele percebeu pela atitude de Ísis, que mesmo com um sorriso discreto no rosto, tinha alguma coisa errada.
— Olha que eu trouxe para você — ele se aproximou dela, que estava sentada na cadeira em frente ao computador.
— Que lindo, amor — ela se levantou, e abraçou o jogador — como você sabia que eu precisava de um chocolate?
Ísis pegou o vaso de flores decorativo de sua mesa, e colocou o buquê que tinha acabado de ganhar.
— É a conexão que a gente tem — ele falou enquanto puxava Ísis para ficar mais perto de si.
Raphael amava admirar Ísis, e todos os detalhes especiais que ela tinha. Ele se sentiu frustrado quando bateram na porta, assim como Bellini que revirou os olhos e xingou em voz baixa quem quer que fosse.
Ela abriu a porta com uma certa impaciência, e encontrou a sua secretária.
— Desculpa interromper — sua voz era baixa, quando baixou o olhar para ler o papel em sua mão — mas a mãe do Fernando tentou ligar para você, com urgência.
— Eu já sei do que se trata — Ísis respirou fundo — mas diga a ela que assim que possível eu ligo, agora eu tenho um compromisso pessoal muito importante.
— Tudo bem.
— Obrigada, Liz — Bellini disse antes que ela saísse pelos corredores — Lembra do Fernando? Pois ele conseguiu o regime semi aberto, e essa semana já teve a regressão, agora ele volta para cumprir o regime fechado — Ísis disse ao jogador — Rafa, às vezes eu me questiono porque eu escolhi ser advogada criminalista.
Veiga se lembrava perfeitamente dos tempos de faculdade, além de assistir às suas aulas, tinha dias que ele fazia questão de se juntar a Ísis, até o dia em que ele se arrependeu de entrar na aula de medicina legal Ísis e Raphael tinham aprendido a assinatura um do outro, para algum dia em que um faltasse, o outro que estivesse presente assinasse a lista, e graças a isso, Ísis não reprovou por falta.
— Porque você ama essa área — o jogador beijou a bochecha de Bellini — você só está frustrada, com o sem sono do seu cliente.
— É, você tem razão.
— Eu sempre tenho razão — ele a provocou
— Raphael Veiga, eu só não vou falar nada, porque estamos atrasados para a consulta.
Ele riu.
O jogador na maioria das vezes tinha certo controle de suas emoções, mas dessa vez ele não tinha dormido nada bem, já que iniciaram o Pré-natal.
Veria o seu filho ou filha, pela primeira vez.
(...)
A consulta tinha sido simplesmente perfeita. E a foto do ultrassom agora estava no plano de fundo de conversas de Ísis, e na capinha transparente de Veiga. Bellini tinha ficado nervosa demais, mas as sábias palavras de sua médica logo a acalmaram, e em seguida o coração do bebe, que com 4 semanas, tinha o exato tamanho de uma semente de papoula, de acordo com o aplicativo que Ísis usava.
Já era noite quando eles voltaram para o apartamento, onde moravam, mesmo a advogada ainda relutando admitir que passava mais tempo ali, do que em seu próprio apartamento.
O jogador revirou os olhos assim que Ísis entrou na sala com a camisa do seu maior rival, o Corinthians.
A família de Veiga, iria passar alguns dias ali, para assistirem juntos o último do ano jogo do palmeiras, no allianz. E por isso eles não ficaram nada surpresos com Ísis, aliás, eles sempre souberam do amor que o jogador sentia por Bellini.
A loira abraçou Márcia, e disse algo em voz baixa que fez com que ela risse. Em seguida ela cumprimentou o pai do jogador, que zoou a situação precária que tava seu time.
— E ai cunhada, posso marcar o dia para a gente pular de paraquedas? — ele perguntou depois do toque ensaiado que eles tinham, desde adolescentes.
O jogador escutou a gargalhada de sua namorada, em uma tentativa frustrada de demonstrar seu nervosismo, e em seguida ela olhou para Raphael.
— Deixa essa história para lá, Gabriel — tinha sido a Márcia quem falou, e Raphael teve certeza que pela reação de sua namorada ela pedia aos céus para que Gabriel acreditasse.
— Não da mãe, o sobrenome dela só não é radical, porque ele já já vai se tornar Veiga — dessa vez ele olhou para o casal, que estava um do lado do outro — Inclusive essa cena é proibida em mais de cinquenta e cinco países.
Ísis e Raphael riram.
— Mas infelizmente, eu não vou poder te acompanhar, cunhado — Bellini sorriu — Se você não for com o Rafa, vai ter que esperar uns 9 meses.
— 9 meses ou até mais um pouco — O jogador entrou na brincadeira da sua namorada.
Eles ficaram em silêncio, esperando que alguém entendesse o que eles tinham acabado de falar.
— 9 meses?! — questionou a mãe de Raphael, e logo seus olhos se encheram de lágrimas — Você tá grávida Ísis?
Bellini concordou, e Marcia correu para abraçar a loira.
— Cara, eu vou ser o tio mais maneiro que esse bebê vai conhecer — Gabriel falou, e se virou para seu irmão, para dizer em voz baixa — Essa criança tem que ser palmeirense, Rafa.
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NOTAS DA AUTORA
Oie pessoal, tudo bem?
EU VOLTEI!!!!
Não encontrei nenhum jogador do flamengo, gastei na viagem como se não houvesse amanhã. Cheguei em Orlando, num frio do cão, dias depois estava um calor insuportável, parecia São Paulo.
Ah autora, e o corinthians?! Não quero falar desse time :)
Vamos a um ponto. Eu não vou ficar escrevendo sobre consultas que a personagem passa, eu entendo a importância, mas eu não gosto de ler, e esse foi um dos capítulos que mais me deu trabalho para escrever, por isso eu acabei fazendo um resumo sobre o que aconteceu na consulta.
Me perdoem por eventuais erros ortográficos ou palavras repetidas, mas normalmente eu escrevo capítulo em um dia e no outro eu corrijo. Mas como eu reescrevi esse capítulo hoje, não sei se consegui corrigir tudo certo.
Enfim, até semana que vem
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SINAL POSITIVO | Raphael Veiga
FanfictionÍsis Bellini acreditava que o tempo tinha sido necessário para amadurecer os dois corações que ansiavam por se amar, porque ela jamais tinha deixado de amar Raphael Veiga, o melhor amigo de infância de seu irmão mais velho. E Bellini tinha concluído...