Capítulo 14

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Ísis Bellini

Ísis amava ser torcedora de arquibancada, principalmente em um estádio lindo como o Mané Garrincha. Era inviável que ela e seus irmãos ficassem no meio da torcida, principalmente com as inconstâncias que Veiga vinha apresentando, Bellini já estava farta dos comentários sem noção que vinha recebendo em seu direct do Instagram e nos comentários de suas fotos.

Mas isso ela tinha deixado isso de lado, no instante em que a mãe de Raphael Veiga entrou no camarote.

— Ah Ísis querida, que saudades de você — ela abraçou a sua nora — Olha como você está radiante.

Ela sorriu.

Márcia era uma das pessoas mais importantes em sua vida, amava passar horas com ela conversando, e principalmente naquele momento, onde ela tinha sido responsável por organizar o seu chá revelação.

— Muito obrigada, sogra — Bellini agradeceu — como está a organização do chá?

Elas se sentaram em um dos sofás que tinha no camarote, e Ísis segurava em sua mão, a garrafinha de água térmica que tinha pagado uma nota.

— Aí querida, vai ser prefeito! Só falta confirmar o pedido dos docinhos.

— Perfeito. Mas você bem que poderia me contar sobre como vai ser a decoração, por favorzinho! — Ísis implorou, como vinha fazendo nos últimos dias.

Márcia se deu por vencida, pegou seu celular e mostrou as poucas fotos que tinha. Bellini não gostava da ideia de ter um chá revelação, por ela, já saberia do sexo do bebe desde a última consulta que teve com sua medica, mas aquele era um sonho de Veiga, e por isso concordou.

Porém, agora ela ansiava para que o dia chegasse logo.

— Sissi, você não vai acreditar em quem encontramos vindo para cá! — foi a primeira coisa que Isabela disse, assim que chegou correndo para perto de sua irmã.

— Pela sua empolgação, eu diria que algum jogador do Flamengo.

— Não Ísis, mas foi quase. Encontramos a namorada do Gabigol, e ela disse que ama você!

Bellini franziu a testa.

— E que ela também advoga, e acompanha a um tempo o seu trabalho — Igor explicou.

— Ela é demais, Sissi, vocês deveriam ser amigas.

Ísis fingiu concordar com a sugestão de sua irmã, mas sabia que a sua única intenção era em conhecer o tão famoso camisa 10 do Flamengo.

(...)

O jogo enfim já tinha começado. E era interessante ficar sentado entre um palmeirense e uma flamenguista, porque passado os 20 minutos de jogo, de alta intensidade dos dois times, o Flamengo havia conseguido um pênalti. Então Isabela comemorou feliz, enquanto Igor passava a mão no cabelo, em uma tentativa frustrada de lidar com a sua raiva e Felipe que xingava o Zé Rafael pelo vacilo.

— Já era, é o Gabigol, ele nunca erra pênalti — Isabela provocou Felipe.

— Não comemore antes não, Isa. A gente tem o melhor goleiro do Brasil.

— Ué, quem eu to vendo no gol é o Weverton e não o Cássio — Ísis disse, e sua irmã gargalhou enquanto Felipe revirou os olhos.

Não demorou muito, e o juiz já tinha autorizado ao Gabriel bater o pênalti. E tinha sido perfeito, a ponto de Ísis conseguir ver o brilho que dançava nos olhos de Isabela, enquanto ela comemorava o primeiro gol da partida.

SINAL POSITIVO | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora