Ísis Bellini
Há alguns anos atrásÍsis segurou a mão de Igor, enquanto os dois assopraram as velas em cima do bolo cheio de glacê. Seu desejo naquele instante era pegar um punhado de bala de coco e os guarda-chuvas de chocolates, que enfeitavam a mesa, e guardar em seu shorts e depois andar com seu skate.
E Ísis conhecia seu irmão gêmeo bem o suficiente, para saber que ele não tinha pensado a mesma coisa que ela. O que Igor desejava, era assistir o tão aguardado Harry Potter e o prisioneiro Azkaban, do DVD pirata que seu pai havia conseguido comprar na saída do mercado.
Mas para a sua infelicidade, seu irmão mais velho, Felipe, tinha tido a brilhante ideia de cantar aquela bendita música, que fez a menina revirar os olhos e seu estresse vir à tona.
— Com quem será?... — ela o repreendia com o olhar, mas Felipe se divertia mais com aquilo —... Com quem será que a Ísis vai casar?...
— Você é ridículo Felipe!
Mesmo com 13 anos, Ísis ainda precisava subir em cima de um banquinho para ficar do tamanho de Igor para tirarem fotos, e por isso ela não hesitou em descer do banquinho, e correr até a porta da sala, mesmo sob os protestos de seu pai. Bellini pegou seu skate que estava jogado na garagem, e agradeceu mentalmente por estar usando seu tênis surrado, que era perfeito para as novas manobras que estava aprendendo.
— Vai depender, se o Rafa vai querer — Mesmo com o barulho das rodinhas entrando em contado com o perfeito asfalto em frente a sua casa, ela ainda conseguiu escutar Felipe com a sua música idiota.
Não foi nada difícil ir para a pista de skate que estava um pouco abandonada, Ísis sabia o caminho de olhos fechados, e agradeceu mentalmente por não ser um local que muitos conheciam, não estava afim de conversar com ninguém, apenas se distrair.
No fundo ela sabia que seu coração tentava enganar sua mente, com a desculpa que seu irmão tinha acabado com sua festa de aniversário, mas o real motivo era que não suportava pensar que em um momento que deveria ser feliz, como aquele, sua mãe não estava presente, por sua própria escolha.
Ísis odiava chorar, e por isso limpou rapidamente as lágrimas que escorriam em seu rosto. E logo um sorriso singelo apareceu, assim que ela chegou na pista que estava vazia.
A garota xingou em voz alta, assim que percebeu que deixou seu MP3 em casa. Tinha demorado dias para baixar todas as músicas do My Chemical Romance e 30 seconds to Mars.
Ísis respirou frustrada, e mesmo assim tentou fazer manobras que já sabia fazer.
Mas parecia que nada estava certo naquele dia, nem a maneira que estava arrastando seu tênis no skate para fazer o Ollie, e no salto do ar percebeu que seu equilíbrio estava péssimo, o que a fez cair no chão e seu skate indo longe de si.
Ísis se sentou, mesmo com o chão sujo e a pintura descascando, ela fechou os olhos tentando ignorar o seu braço que latejava, aquela dor tão conhecida por Bellini, mas sabia que aquela tentativa era fracassada, já que sabia que a única solução para esse problema era passar dias com seu braço engessado.
— Isis — aquela voz conhecida a chamou, e foi até ela.
— Rafa — ela sorriu ao vê-lo — Eu acho que machuquei meu braço, de novo.
— Seu pai e o Igor, estão por perto — ele, com uma certa cautela, ajudou Ísis a se levantar — vou chamar eles, e contar o que aconteceu, já volto.
Bellini agradeceu mentalmente, por ele não falar algo referente ao seu aniversário, porque francamente, Ísis odiaria explicar a falta que sentia de sua mãe, e como aquilo resultou na falta de confiança que sentia em todos ao seu redor, menos com ele.
Odiaria explicar o motivo que tinha se rendido a entender aquele sentimento que fazia com que seu coração batesse descompassadamente, todas as vezes que via Raphael, ou quando se perdia em seu sorriso, e até mesmo quando ele a esperava no final de cada aula e fazia questão de levá-la até a próxima sala.
— Sissi, o papai foi buscar o carro para irmos ao hospital — seu irmão foi correndo até ela — você vai ficar bem — Igor depositou um beijo na testa de sua irmã, e em seguida pegou o skate dela.
Igor ia a frente, enquanto que Bellini e Veiga andavam atrás, próximos o suficiente enquanto lutavam com a vontade de andar com as mãos juntas.
— Se você tiver que usar gesso, posso desenhar nele? — Raphael perguntou, em voz baixa.
—Não, da última vez você desenhou o símbolo do Palmeiras.
Ele gargalhou.
— Mas isso foi passado, agora dá para escrever o hino do Palmeiras.
— Ah Veiguinha, nem ouse chegar perto de mim com uma caneta —Bellini falou, enquanto ele passava o braço pelo ombro Ísis, e ela passou o dela por sua cintura.
E naquele instante Bellini percebeu que ficar perto de Raphael Veiga era bom.
Na verdade, era perfeitamente bom.
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NOTAS DA AUTORA
Oie pessoal, tudo bem?
Amados, eu tinha um MP3 rosa, e que um dia eu tava curtindo tanto a música, que eu comecei a dançar no meio da rua, e eu vi em câmera lenta meu MP3 caindo do outro lado da rua. E assim que meu MP3 foi de arrasta para cima... E sim, em Sorte no Amor a Beatriz também gosta de 30STM... Acontece que EU AMO ESSA BANDA (menos esses últimos álbuns), então consequentemente meus personagens vão gostar também kkkkkkk
E falando em HP, eu voltei a ler Harry Potter, pela terceira vez kkkkkk, e para conhecimento de vocês, eu escrevia muita fanfic de HP mas acabei arquivando quando escrevi "Sorte no Amor", mas eu confesso que toda vez que eu pego para ler, me dá uma vontade imensa de voltar a escrever essas fanfics, porque eu tenho muito carinho por elas.
Enfim, até o próximo capítulo!
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SINAL POSITIVO | Raphael Veiga
FanfictionÍsis Bellini acreditava que o tempo tinha sido necessário para amadurecer os dois corações que ansiavam por se amar, porque ela jamais tinha deixado de amar Raphael Veiga, o melhor amigo de infância de seu irmão mais velho. E Bellini tinha concluído...