Capítulo 11

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Ísis Bellini

Ísis se esforçava para se concentrar no que Mateus, o gerente de obras dizia, e a sua sorte era que Mariana, a arquiteta, estava ao seu lado. O Hotel Bellini, estava a poucos passos de ser finalizado, mas o que ainda faltava mesmo, era a parte administrativa do prédio junto com a sua sala, por isso não tinha se surpreendeu com o fato de ter encontrado as paredes de concreto o chão, ainda sem piso, com respingo de cimento.

— Mas a vista é perfeita, Ísis — Marina disse, tirando ela de seu devaneio.

E realmente era, e ela tinha quase certeza de quando o seu pai tinha comprado aquele edifício, certamente tinha sido uma das coisas que o encantou. 

— É perfeita mesmo — ela se aproximou das longas janelas de vidros, antes de se virar para Mateus — Qual é o prazo máximo para esse andar?

— De 15 dias para menos — Ele mostrou a prancheta com tudo que precisava para concluírem — é bastante coisa, mas como esse é o único andar faltante, a equipe vai se concentrar só aqui.

— Maravilha — Ísis comentou, colocando o seu óculos de sol assim que conferiu o horário em seu relógio digital — Eu preciso ir agora, mas precisando de mim, é só me ligar.

Ela se despediu de Mateus e Mariana, e correu até o elevador.

Assim que entrou, ela analisou sua roupa, e chegou a conclusão de estar apaixonada demais pelo Raphael Veiga, pois fazia questão de ir para o estádio com a camiseta branca do palmeiras com o número 23 atrás, que combinava com a sua saia plissada verde, e por fim, pegou o seu único tênis com detalhes verdes.

Ísis aproveitou que estava sozinha no elevador, e procurou um ângulo que não mostrasse a sua barriga que já era visível, para tirar uma foto e logo em seguida postar em seu instagram.

Bellini nunca teve problema com suas redes sociais, e era esse motivo que a fazia deixar aberta, mas nos últimos dias, depois que seu noivado tinha vindo a público, ela vinha pensando seriamente em deixá-la privada. Nunca tinha visto tanto comentário de ódio em um lugar só.

O elevador tinha a levado diretamente para a garagem, e seu carro era um dos poucos ali. Ligou o carro, e só saiu de sua vaga assim que encontrou sua playlist favorita.

(...)

Bellini estava sedenta de assistir futebol, por isso ela ansiava tanto em assistir aquele jogo. Tinha chegado sorridente no Allianz Parque, pelo simples motivo de ter conseguido comprar dois combos de lanche na promoção.

Ísis fez questão de segurar a sacola de papel em frente da sua barriga, assim que entrou pela área vip, que as famílias tinham acesso. Ela e Veiga só iriam anunciar a gravidez depois dos 3 meses.

E finalmente já tinha chegado na décima quarta semana, era questão de pouco tempo para o mundo descobrir.

Passou pela parte de triagem, que estranhamente estava vazia, mas provavelmente era pelo motivo de o jogo estar prestes a começar. Já tinha enviado a sua mensagem desejando boa sorte para Veiga, como sempre fazia, e ela sorriu ao ver a notificação em seu relógio da resposta dele. 

Uma das piores partes durante as primeiras semanas de janeiro, tinha sido ficar tanto tempo longe de Raphael, que fazia a pré temporada no CT. Em nenhum momento ela admitiu isso para ele, com medo de que ele desfocasse em seu trabalho. E o que ela mais tinha sentido falta, era de ir dormir escutando o resumo de seu dia, que Veiga fazia para o Bebe.

Ísis tinha chegado ao camarote, se deparando com seu cunhado xingando até a quinta geração do juiz, e sua namorada, Maria Eduarda, ao lado segurando o riso.

— Quanta delicadeza, Gabriel — Bellini disse.

— Cunhadinha — ele foi até sua direção — como tá o meu sobrinho?

— Mas a gente nem sabe ainda — ela avisou, e deixou a sacola de papel em cima da mesa, e olhou pela TV a situação do jogo que tinha já tinha iniciado.

Ele deu de ombro, antes de fazer o toque que eles tinham a tempo. E em seguida ela abraçou a namorada de Gabriel, com quem não tinha tanta intimidade assim.

Bellini levou um dos lanches para fora, e se sentou perto do vidro que delimitava o andar. Ela ofereceu para os dois, que negaram, e por dentro ela agradeceu, tinha até sonhado com aquele bendito lanche.

(...)

Ela tinha se reservado os últimos minutos em parar de falar, já estava quase sem voz, pois tinha passado o boa parte do jogo xingando os  jogadores do São Bento que faziam falta em cima de veiga, fazendo com que ela colocasse sua mão no seu coração, mas em seguida respirasse fundo ao ver que ele estava bem.

O jogo, por fim, tinha acabado 0 a 0 para os times. Talvez algo esperado para um time que tinha ficado muito tempo sem jogar.

Seu cunhado, assim como sua namorada, já tinham ido embora no momento em que o juiz apitou o final do jogo. E por isso depois de um certo tempo, quando a sua coragem permitiu, ela se levantou.

Saiu do camarote, e xingou mentalmente ao ver o elevador cheio, por isso decidiu descer as longas escadas do Allianz. Mas logo em seguida, o seu celular tocou.

— Filha, apareceu uma oportunidade de um evento perfeito para a estreia do Hotel de São Paulo — seu pai disse assim que ela atendeu.

— Qual? — Isis perguntou.

— Moda — ela revirou os olhos, e parou nos últimos degraus, apoiando o seu corpo na parede — não marca nada durante terça ou quarta, eles querem marcar uma reunião, vou confirmar assim que tiver tudo certo.

Bellini ia contestar, mas viu o seu noivo vindo em sua direção, então tudo o que conseguiu fazer foi aceitar ainda com a promessa que estaria presente, e em seguida desligou.

— Oi amor da minha vida, você tá tão linda — Raphael disse assim que se aproximou dela.

Ísis não hesitou em abraçar o jogador, amava estar em seus braços, principalmente depois de algumas semanas longe dele.

O mundo havia parado por um instante, e ela nem se importou com as diversas câmeras, que mesmo longe, filmavam aquele momento. E o beijou.

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NOTAS DA AUTORA

Oie pessoal, tudo bem?

Estava esses dias na faculdade, e me fizeram a seguinte pergunta "O que é mais fácil, o corinthians fazer um gol ou conseguir um 10 em processo civil?" e por incrível que pareça eu respondi "É bem mais fácil o Yuri alberto fazer um gol de bicicleta do que conseguir um 10 nessa matéria"... para vcs verem a situação precária kkkkkkk

Coitado do meu Corinthians, as nossas vitórias foram boas demais para serem verdades...

Agora não faço ideia do que esperar no jogo de domingo contra o Fluminense, mesmo eles tendo alguns desfalques... A gente perdeu para o Juventude :(

Enfim, até semana que vem!

SINAL POSITIVO | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora