Capítulo 8

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Ísis Bellini

Parte 2

 Ísis usava a camiseta de treino, que seu namorado tinha emprestado, e mesmo sabendo que verde não era sua cor favorita e nem combinava com a sua calça, ela sabia o quão aquilo era importante para Raphael Veiga.

 O jogo ainda acontecia, já estava nos finalmente do primeiro tempo, Palmeiras ansiando para virar o jogo contra o América Mineiro, para soltar o grito de "É campeão" pelas ruas do Brasil a fora.

 Bellini tinha aproveitado alguns minutos de paz ao lado do jogador, durante a partida, mas precisou sair do camarote, para atender o seu celular, mesmo contra a sua vontade.

 — Tem uma família simplesmente desesperada Ísis — a advogada se seu escritório começou a dizer assim que ela atendeu — o nome dele é Bruno, ele se envolveu em uma briga de trânsito, e no calor dos ânimos, encontrou uma pedra, e jogou contra o carro do rapaz. Já estou aqui na delegacia, mas a família gostaria muito que você tomasse a frente do processo.

 — O rapaz morreu no local? — ela perguntou

 — Sim, ele acertou a pedra na cabeça da vítima, mas ele não morreu por isso, os peritos acabaram de confirmar — a voz da advogada, do outro lado da linha, estava agitada — o Pedro tinha problema no coração, e sofreu um ataque cardíaco, foi essa a causa da morte.

 O brilho dançava nos olhos de Ísis, interessada no caso, sua mente já formulava diversos caminhos para aquele problema, trazia à tona os diversos artigos que caberiam naquele caso, por ter trabalhado anteriormente com um caso parecido.

 A adrenalina começava a pulsar dentro de si, em pensar ficar acordada a madrugada inteira na delegacia, aceitando os copos de café que os policiais civis lhe ofereciam, e se forçando a ficar atenta em cada detalhe da condução, porque qualquer detalhe fora da lei no caso, poderia tornar o processo nulo, para a felicidade do seu cliente e da sua família, e consequentemente da sua conta no banco.

 Mas, foi o canto da torcida que a trouxe de volta a sua realidade.

 — Ana, o processo é seu — Ísis disse — eu não consigo pegar mais nenhum processo, o hotel está demandando demais de mim, e hoje estou em um dos jogos mais importantes do ano, para o meu namorado, eu preciso estar do lado dele.

 Bellini sorriu ao escutar os gritinhos de comemoração da advogada.

 — Obrigada Ísis, eu prometo que vou fazer o meu melhor.

 — Eu sei, confio em você — ela falou, e Ana agradeceu mais uma vez, antes de Ísis desligar.

 A loira descobriu que tinha a péssima mania de andar, enquanto falava ao celular, pois percebeu que estava longe do camarote em que estava.

 Ela xingou mentalmente, e voltou a andar pelo corredor. Mas talvez tenha sido a sua mente distraída, e por isso Ísis acabou trombando com uma mulher, um pouco mais alta do que ela, e imediatamente Bellini se desculpou.

 — Tá tudo bem, eu também não estava prestando atenção para onde estava indo — a mulher loira respondeu, e ao olhar para a advogada, um sorriso surgiu em seu rosto — Você é a Ísis, namorada do Raphael?

 — Sim — ela respondeu um pouco na defensiva.

 — Até que enfim, encontrei com você — ela continuava a falar, e tudo o que Ísis conseguia fazer era tentar forçar a sua mente para lembrar se ela era familiar — Eu sou a Sara, esposa do Scarpa.

 Foi a vez de Ísis sorrir, com um certo alívio por finalmente reconhecer a pessoa que ficava por trás das suas conversas no Instagram.

 — Então finalmente nós encontramos — Bellini a abraçou — minha memória está péssima nesses últimos dias, então se você não me falasse, eu não iria te reconhecer.

 — Ah, isso é normal na gravidez, a minha também está péssima — Ísis arregalou os olhos, ao ouvir Sara dizer aquilo — Foi o seu namorado, fofoqueiro, que contou para o meu marido da sua gravidez.

 As duas riram, e Bellini já deveria ter imaginado que Raphael não era a melhor pessoa para se guardar um segredo.

 — Eu já deveria ter imaginado isso — Ísis olhou as mensagens que o jogador mandava a ela — preciso ir agora, antes que ele ache que aconteceu alguma coisa.

 — Vai lá, a gente continua a conversa pelo Instagram.

 — Perfeito então — Bellini disse — até mais tarde.

 — Até.

(...)

 Raphael Veiga estava concentrado no jogo, e Ísis estava em seu entrelaço, em pé à beira do vidro que separava o camarote do restante da arquibancada.

 Bellini sempre amou o futebol, e apesar da grande rivalidade, era maravilhoso ver o palmeiras de Abel Ferreira jogar, e ela se atentava a cada comentário de seu namorado, sobre a formação tática ou das possíveis jogadas ensaiadas.

 Ísis já estava agoniada em ver o tempo passar, e o jogo continuar empatado.

 Mas o mundo parou, no exato instante em que o Gabriel Menino cruzou para a área e o Murilo estava no lugar certo e no momento certo, fazendo o gol de cabeça.

 E mesmo faltando alguns minutos para a partida acabar, o jogador respirou aliviado, antes de abraçar Ísis, que comemorou o gol como se fosse o seu próprio time.

 Os olhares dos dois se encontram, e tiveram a certeza que aquele era o primeiro título, que viam juntos como família, de muitos.

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NOTAS DA AUTORA

 Oie pessoal, tudo bem?

 Eu sei, não postei sexta passada, eu esqueci de postar... e falando nisso, o que vocês acham ao invés de ser sexta ser no sábado??

 Um detalhe... ROJAS VOCÊ FOI UM DOS PIORES CAMISAS 10 QUE O CORINTHIANS JÁ TEVE CARA, FOI UMA DÁDIVA VOCÊ TER SAÍDO DO TIME!!!! Pronto falei, tô mais leve, e eu falaria bem mas, porém não quero criar provas contra mim kkkkkkk.

 Corinthians você me faz passar por cada humilhação... Palmeiras x Mirassol eu torci para o Palmeiras, Inter de limeira x São Paulo, eu torci para o São Paulo... ai cara, serio kkkkk O que eu não faço por ti, Corinthians?!

 Enfim, até a próxima semana! 

SINAL POSITIVO | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora