Capítulo 12

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Ísis Bellini

Era final de janeiro, quando a reunião com os advogados da tal estilista tinha sido marcada.
    
Ísis encarava a sua frente o contrato, estavam em sua sala de reunião que tinha em seu escritório. Ela sabia que tanto o seu pai quanto os dois advogados aguardavam a sua resposta.
    
— Eu preciso de mais tempo para analisar esse contrato com calma — Ísis disse após alguns minutos em silêncio — Vamos marcar uma outra reunião, e quem sabe a senhorita Diaz consiga estar presente.
    
Para a sua felicidade todos ali concordaram, e Bellini sorriu satisfeita, naquele momento não tinha cabeça para aquilo, e sim para a sua viagem para Brasília, que faria a poucas horas, junto com sua irmã e seu sobrinho, para o tão esperado jogo entre Flamengo e Palmeiras.

— Você não gostou da proposta? — Seu pai perguntou, depois de certificar que os advogados tinham saído.

— Não é isso, a proposta parece boa, é tudo que esse hotel precisa — ela disse após um longo suspiro — mas acho estranho ser uma proposta tão boa, e o outro lado só enviar advogados com uma apresentação qualquer em slide, eles nem deram o trabalho de justificar a falta da estilista.

— Isso é verdade.

Ísis encarou o relógio, e xingou mentalmente por deixar tudo para a última hora. Bellini saiu da sala de reuniões, sendo seguida por seu pai. Foi até o fim do corredor, onde a porta da sua sala estava aberta. Isabela estava jogada em uma das poltronas, assim como Lucas. Ísis se segurou para não rir daquela cena.

Ela abriu seu armário e guardou o contrato em uma das pastas vazias.

— Qual é a história dessa foto Sissi? — sua irmã pegou um dos porta-retratos que ficava de decoração na sua mesa.

— Ah, essa foto foi no tribunal do júri — Ísis disse orgulhosa — O dia em que meu cliente foi absolvido.

Bellini já tinha lidado com diversos casos, mas esse tinha sido um dos mais complicados, uma vez que a arma do crime tinha desaparecido, e havia muitas testemunhas no local, mas cada um tinha um depoimento totalmente diferente. O agente da infração, tinha sido denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil. Ísis por outro lado tinha sustentado a sua tese por legítima defesa, e homicídio privilegiado pela violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima, assim como a exclusão das qualificadoras.

O réu segurava a sua mão e as lágrimas escorriam em seu rosto assim que a sentença de absolvição tinha sido proferida.

— Eu ainda não tenho noção de como você conseguiu fazer isso — seu pai comentou — ele confessou o crime.

— É que ele foi absolvido pela falta de prova — Bellini bebeu a água da sua garrafinha antes de continuar — Ele disse que a vítima portava uma arma também e outra testemunha confirmou, mas as outras não tinha visto, e tanto a dele como a do meu cliente não haviam sido encontradas. Isso é só um dos problemas.

— Credo — Isabella fechou o seu livro e se levantou — eu jamais vou querer ser advogada.

— Não diga isso — Arturo comentou — a sua irmã dizia a mesma coisa, e olha o que ela se tornou.
Ísis gargalhou com a reação de Isabela.

(...)

    
Bellini tinha ido ao seu apartamento antes de ir para o aeroporto. Tinha trocado o seu vestido e o salto alto, por sua calça de moletom, uma camiseta branca e seu tênis all star favorito.
    
Colocou seu celular para carregar, em cima da sua bancada improvisada de maquiagem. Esperava que seus episódios da série de True Crime baixassem logo, para que ela pudesse assistir no avião.
    
Ela escutava as gargalhadas de Lucca, e as reclamações de Isabela da sala, que a fazia se apressar para sair logo, mas assim que seu celular tocou e o nome do jogador surgiu na tela, seu coração palpitou mais rápido. E não hesitou em atender.
    
— Oi meu bem, como que você está? — Ísis perguntou assim que ele atendeu.
    
— To bem e com você?
    
Ela sabia que Raphael estava mentindo.
    
— Tem certeza de que você está bem?
    
— Não sei — o jogador admitiu — acho que só estou nervoso com o jogo.
    
— Ah veiguinha, você faz gol em cima do meu time e volta para casa como se nada tivesse acontecido, ainda sou obrigada a aturar suas zoações a semana inteira — ela disse e ele riu — não é um jogo contra o Flamengo que vai te deixar assim. Relaxa Rafa, você é a pessoa mais capacitada do mundo para esse jogo.
    
— Você é perfeita.
    
Ísis teve certeza de que suas bochechas ficaram vermelhas, ela torceu para que Raphael não prestasse atenção, mas ele sorriu, pois prestava atenção em cada detalhe dela.

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NOTAS DA AUTORA
    

Oie pessoal, tudo bem?
    
Peço desculpas pelo capítulo curto, mas eu não tinha noção de como um projeto de TCC era trabalhoso. Eu quase não consegui escrever nada essa semana :(
    
Me perdoe por eventuais erros ortográficos, eu não tive tempo para corrigi-los.
    
Mas vem cá... E o Corinthians em? É meus amigos, dias de luta e dias de glória kkkkk... Confesso que foi difícil de ver o RA8 pelo fluminense, ainda não aceitei muito bem isso não, viu!
    
Gente, esses dias eu fiquei com muita vontade de ler uma fanfic boa. Eu tenho muita dificuldade em encontrar fanfic, pq eu acabo sendo muito exigente, como a fanfic ser em terceira pessoa, não ter romance brega, escrita boa, ter conteúdo e não só porcaria +18... então se alguém tem a indicação de uma fanfic boa, por favor, me diga.
    
Enfim, até semana que vem!

SINAL POSITIVO | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora