Ísis Bellini
Era uma sexta-feira, quando Ísis completava suas 22 semanas de gravidez. E ela estava sorridente, pela primeira vez na semana, conseguiu sair mais cedo do que o normal de seu escritório.
Bellini desceu no elevador até a recepção, e não via a hora de entrar em seu carro, para trocar o seu salto pelo seu tênis confortável. Um dos seus maiores problemas com a sua profissão sempre tinha sido sobre as roupas formais, já que sempre optou por um estilo mais despojado, e lidar com as roupas clássicas e elegantes durante a sua gestação estava sendo um desafio, por isso sempre acabava optando por vestidos.
Ela caminhava em direção ao corredor que levava diretamente para a garagem, quando um frio percorreu a espinha de Bellini, ao ver Ricardo ao lado de Pedro, seu ex namorado.
— Ísis, que coincidência te encontramos aqui! – Ricardo, pai de Pedro, parecia empolgado.
— Imagino que a coincidência seja tão grande para vocês quanto para mim — Sua voz era firme, na tentativa de esconder o seu desconforto, principalmente ao perceber que Pedro olhava fixamente para a sua barriga.
Depois que fez uma das mais difíceis escolhas e rejeitou o seu primeiro amor que era Raphael, Ísis estava decidida a seguir em frente e acabou encontrando por Pedro. Tinha sido interessante os anos que viveu ao lado dele, ele a amava incondicionalmente e Bellini desejava sentir o mesmo. Devido a isso, decidiu pôr ao fim seu namoro, pois no fundo ela sabia que o seu verdadeiro amor, sempre esteve a sua frente, mas já era tarde demais.
— Você tá feliz, Ísis? — Seu ex namorado perguntou, e ela pode perceber a mágoa dançando em seus olhos.
— Pedro... — Bellini começou a falar, mas ele logo a interrompeu.
— Tudo bem, Ísis — um sorriso discreto surgiu em seu rosto — Eu te amei muito, mesmo com você quebrando o meu coração, mas quem liga para isso? Ele sempre foi seu, para você fazer o que quiser. Por isso eu me importo se você está feliz com o Veiga, pois isso basta para mim.
Ele parou de falar, e um silêncio constrangedor pairou sobre eles.
Ísis olha para ele, incrédula com o que estava ouvindo, tinha se passado tempo, e ela acreditava que já tinha a superado. Sabia que aquilo que dizia era verdade, pois Ricardo concordava com o que seu filho tinha dito.
— O Raphael me faz a pessoa mais feliz desse mundo, Pedro — Bellini olhou para seu relógio, como uma tentativa de fugir daquela situação — Eu realmente preciso ir, agora.
Ela não os esperou se despedirem, e saiu caminhando rápido. Já não estava mais no campo de visão deles, quando se encostou na parede e respirou fundo algumas vezes, não sabia que tinha ficado tão tensa a ponto de desaprender a respirar.
Bellini se recuperou, e caminhou até seu carro. Aquela situação tinha feito com que ela quase esquecesse do seu verdadeiro motivo de ter saído mais cedo, e sorriu ao passar a mão sobre a sua barriga e ver a mensagem de Veiga dizendo que já estava na loja de roupinhas infantis do shopping.
(...)
A loja era extremamente grande, mas não tinha sido muito difícil de encontrar Raphael, já que ele tinha tido a brilhante ideia de levar Richard Rios e Endrick, e os três estavam parados em frente a seção de recém nascidos.
— Meu amor, ainda bem que você chegou — O jogador foi em direção a sua noiva e a abraçou — eu não tenho noção de onde começar.
— Mas vocês estão no lugar certo — ela sorriu.
— Na verdade foi a vendedora que disse para a gente vir aqui — ele admitiu — seu dia foi bom?
— Teve uma coisa muito estranha que aconteceu.
Ísis então, com a voz baixa o suficiente apenas para que Veiga a escutasse, ela contou sobre o inesperado encontro com Pedro, e tudo o que disse a ela.
— Eu não julgo, você é inesquecível, Ísis — Raphael observou as bochechas de sua noiva ficar rosada — Mas se eu ver ele pessoalmente vou ter uma conversa séria com ele, onde já se viu ficar se declarando para mulher dos outros!
Ísis sabia que por mais que Veiga não dizia, ele demonstrava claramente que tinha ficado com ciúmes, e ela se segurava para não rir daquilo.
— Ísis, o que você acha desse macacão? — Rios quem perguntou.
— É muito lindo! — ela se aproximou, pegou a peça de roupa na mão, e percebeu que aquilo seria mais difícil do que estava imaginando dada a vasta opção que tinha — aonde você encontrou essa? Vou pegar mais algumas.
Rios mostrou a Ísis, e só então que ela percebeu o quanto Richard e Endrick pareciam deslocados naquela loja.
— O que vocês dois fazem em uma sexta-feira à tarde na seção infantil do shopping? – Ísis perguntou, achando graça na situação — Vocês não tinham nada para fazer, não é?
— Que isso — Rios deu de ombro, entrando na onda de Ísis — Eu e o Endrick vamos ajudar vocês, com as roupinhas da Mia.
— Então tá — Ísis disse depois de olhar para Veiga — Só não pode ser nada verde.
Endrick franziu a testa, e Raphael esperou que sua noiva se afastasse para dizer em voz baixa:
— Ela é Corinthiana.
— Que vacilo, Veiga!
— Eu não diria vacilo, Endrick, e sim loucuras que eu fiz por amor.
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NOTAS DA AUTORAOie pessoal, tudo bem?
Eu tenho um ódio mortal por um time e não é o Palmeiras, ou São Paulo, Flamengo, nem o Grêmio (mas tá quase), não é nenhum brasileiro... e sim o Zenit. Levaram boa parte do meu time para onde judas perdeu a bota, aí dias atrás tinham interesse no VEIGA kkkkkk, ainda bem que a Tia Leila vetou. Achei insano esse interesse.
Ainda falando do Palmeiras... Que loucura foi essa de perder para o Fluminense??!
Gente, eu juro que se não fosse pela fanfic do Calleri, eu estaria jogando tudo para o ar e escreveria uma do Richard Rios...
Sobre essa história da Ísis recusar o Veiga, vai ter um flashback explicando melhor isso...Não quero ninguém julgando a Ísis por ter feito isso, porque essa é uma história baseada na minha desilusão amorosa :|
Estão gostando da fanfic??? Não se esqueçam de comentar e curtir, plisss.
Enfim, até semana que vem!
VOCÊ ESTÁ LENDO
SINAL POSITIVO | Raphael Veiga
FanfictionÍsis Bellini acreditava que o tempo tinha sido necessário para amadurecer os dois corações que ansiavam por se amar, porque ela jamais tinha deixado de amar Raphael Veiga, o melhor amigo de infância de seu irmão mais velho. E Bellini tinha concluído...