The Forgotten Feeling [PT-BR]

To My Cherry

| Ponto de vista de Taylor |

Sem pensar, tirei a bota e me levantei, correndo em direção a Shiori enquanto infligia dor em Cheryl.

Cravei meu calcanhar em sua omoplata, sentindo sua carne rachar enquanto empurrava a lâmina cada vez mais fundo em sua omoplata esquerda.

Ele gritou de agonia e caiu de joelhos ao lado de Cheryl, soltando-a.

| O ponto de vista de Cheryl |

Taylor se foi, não era mais ela. Ela nunca iria querer arrancar sangue de alguém, e ainda assim... Lá estava ela, esfaqueando um homem com o salto de uma bota de couro.

Sangue vazava da boca de Shiori, e se espalhando pelo rosto enquanto meus olhos estavam meio abertos para a cena.

Cada batida do salto de Taylor foi acompanhada por um grunhido de piedade. Ela não aguentava mais, ela estava no fim da corda e queria acabar com ele. Eu diria que ela cravou o calcanhar nas costas dele, que, agora sangrando, umas dez vezes.

Quando Taylor levantou se apressando e o ameaçando terminar o trabalho com uma faca, a expressão de Shiori estava desaparecendo, mas seus olhos se ergueram para os meus e isso fez meu sangue gelar.

Me pegando desprevenida, levantou a mão e enfiou um último pedaço de cerâmica, cerca de uns vinte centímetros em meu peito, bem acima do coração. E a senti atravessar, senti muito bem...

A sensação agoniante de calor e frio ao mesmo tempo, descrevendo a lâmina de um cortador cortando como um pedaço comum de papelão... E dessa vez, percebi que era muito mais sério...

— Você vai morrer comigo. Somos apenas figurantes neste palco, não temos valor e não temos lugar para brilhar ao lado deles — sussurrou Shiori me dando um sorriso torto.

O sangue subia até minha boca mesmo estando fechada, eu não queria ver meu sangue, meu corpo machucado...

por favor... anjos me ajudem...

Minha visão estava embaçada, Taylor empurrou o corpo de Shiori e pude olhar em seus intensos olhos azuis. Nunca percebi que suas pupilas estavam rodeadas com um amarelo...

Ela me sacudiu e me deu um tapa na bochecha, mas tudo que pude fazer foi cuspir todo o sangue que estava segurando na boca.

A batida do meu coração formou uma melodia final.

Eu só queria dormir um pouco...

— Cheryl olhe para mim, OLHE PARA MIM!

Essa linda voz ressoando na minha cabeça me implorando para me mover, para falar, para dar um sinal de vida. Eu estava muito cansada e exausta para fazer qualquer esforço, mas consegui sussurrar..

— Eu não quero morrer Taylor... eu não quero... tenho medo, muito medo. Por favor...

— Eu vou te ajudar, vou dar um jeito, eu vou...

— O que...

Consegui reconhecer a voz do Sr. Han.

— Han, eu imploro que você me ajude...

— Por Deus, Taylor, o que aconteceu?!

— Quem se importa com isso, chame a ambulância, o corpo de bombeiros, a polícia, AGORA! NÃO QUERO QUE ELA MORRA!

Consegui sorrir um pouco, fiquei feliz em ver ao menos alguém tão apegado a mim. E pensar que ela havia me esquecido um dia, como isso poderia ter acontecido.. Uma forte amizade foi corrompida, mas conseguiu ser reconstruída, tenho tanto orgulho de nós.