➳ 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘰𝘶𝘳𝘵𝘦𝘦𝘯

1.9K 251 9
                                    

[✓] CAPÍTULO REVISADO: 21-12-23.

— Eu... — Mal disse, ainda segurando a varinha. — Eu acho que quero ser boa...

— Você é boa! — Ben exclamou.

— Como é que sabe disso?!

— Porque... Porque estou escutando meu coração. — Ben respondeu em um misto de euforia e tranquilidade na voz.

Mal ficou em silêncio por um instante, processando o que havia ouvido. Seu semblante havia mudado — agora parecia estar mais calma, tocada com todo aquele discurso.

— Eu também quero escutar meu coração... — A jovem respondeu, baixando a varinha. — E meu coração me diz que não somos nossos pais. Pensa bem: maldade não faz vocês felizes. Jogos e pizza da vitória com o time fazem vocês felizes. — Disse olhando para Jay, que sorriu. Em seguida olhou para Carlos, que parecia mais aliviado do que nunca com o que estava acontecendo. — E Florence te faz feliz... Eu sei que faz.

Florence sorriu ao ouvir aquilo. Rapunzel tocou os ombros da filha, visivelmente orgulhosa, assim como Eugene.

Mal deu mais algumas palavras e, por fim, todos escolheram o lado da bondade. Houve uma salva de palmas para comemorar. Florence queria correr para os braços de Carlos, abraça-lo para enfim compreender que tudo aquilo não passou de um pesadelo. Ele estaria seguro em Auradon, onde poderiam viver felizes.

Ou... Talvez não.

Um forte trovão foi ouvido, a catedral tremeu. Uma névoa verde espessa atravessou um dos vitrais, percorrendo por algumas pilastras até pousar e revelar Malévola em sua forma humana. Houve um espanto coletivo a medida que o ambiente tornava-se sombrio.

— Não pode ser... — Mal murmurou, chateada. — Vai embora, mamãe.

Malévola riu histericamente.

— Você é muito engraçada! — E logo tornou a ficar séria. — Vai logo, me dê a varinha.

— Não! — Ben exclamou.

Sem hesitar, Mal jogou a varinha para a Fada Madrinha, que tentou lançar um feitiço, porém antes que pudesse terminar, Malévola rebateu, fazendo com que todos ali presentes se tornassem estátuas na mesma hora.

[...]

Mal havia conseguido se livrar de Malévola, que havia se transformado em um lagartinho — este era o tamanho do amor em seu coração. No final, tudo havia acabado bem. E, para comemorar, haveria uma grande festa à noite.

Do hall das escadas que davam acesso ao prédio principal, Florence observava o jardim com calmaria em seu coração. Desde que era pequena, foi incentivada a lutar pelo que queria, e acreditar em virtudes como bondade e amor — buscá-las mesmo que parecesse impossível. Agora, tudo isso fazia mais sentido do que nunca. Quem diria que, em questão de pouquíssimo tempo, se apaixonaria por alguém que acreditava ser incapaz de amar, afinal, sequer sabia o que era isso.

E por falar nele.

— Até que enfim te achei. — Carlos disse, aproximando-se.

— Estou aqui. — Florence sorriu. — Eu estou tão feliz por isso finalmente ter acabado.

— Acabado? — O rapaz ficou diante da garota. — Não, de forma alguma. Isso é apenas o começo... Mas eu prometo que dessa vez é sem segredos ou planos de dominação.

Florence riu.

— Bem, se for dessa forma... Eu aceito.

— Ótimo, então está combinado.

Como um bom cavalheiro, Carlos ofereceu-lhe a mão. Florence aceitou e, juntos, rumaram à festa que há pouco havia se iniciado. Aquele não era um conto de fadas, com beijos melodramáticos e juras eternas de amor; mas era a história deles, e somente isso bastava.

𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓; carlos de vilOnde histórias criam vida. Descubra agora