Capítulo Treze

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— Que nervosismo é esse, Jimin? — brinquei ao ver ele balançando a perna sem parar.

— Estou ansioso — me olhou e sorriu.

Mais uma semana se passou, e finalmente o dia esperado chegou, o dia de descobrir o sexo do bebê.
Eu e Jimin já estávamos sentados na sala de espera do consultório, apenas esperando o meu nome ser chamado.

Eu estava feliz, e não só por estar prestes a descobrir o sexo do meu bebê. Mas também por estar tão de bem com Jimin. Em uma semana nós realmente melhoramos, e eu podia até dizer que estávamos sendo amigos.
E isso era ótimo, era algo que nós realmente precisávamos.
Nós não precisávamos estar em um relacionamento, apenas precisávamos nos dar bem. E ver que isso estava funcionando, me dava um alívio enorme.

Logo meu nome foi chamado e nós entramos na sala da médica.
Após responder algumas perguntas dela e entregar alguns exames, eu me deitei da maca, para começar o ultrassom.

Não adiantava, toda consulta eu chorava ao ouvir o coração do bebê, não conseguia controlar, e nem queria.

— Vocês querem saber o sexo? — a médica perguntou.

— Sim — eu respondi.

Ela assentiu e continuou movendo o aparelho pela minha barriga, analisando a tela em sua frente.

— É um menino — ela nos olhou e sorriu.

A mão de Jimin segurava a minha, e quando ele ouviu o que a médica falou, ele apertou as nossas mãos.

Eu olhei para o lado para poder ver ele. Ele me olhou de volta e pude ver seus olhos marejados, com um sorriso no rosto.

A médica terminou o ultrassom e me alcançou alguns lenços, para que eu limpasse o gel na minha barriga. Enquanto eu fazia isso, ela saiu a sala para ir pegar algo que ela não conseguiu imprimir na própria sala.

Depois de tirar todo o gel da minha barriga, eu desci da maca e arrumei a minha roupa.

Jimin se levantou e parou na minha frente. Seus olhos ainda tinham vestígios de lágrimas e seus lábios formavam um sorriso pequeno.

Quando menos esperei, ele envolveu seus braços em minha cintura e me puxou para um abraço. Sem hesitar, passei meus braços pelos seus ombros, retribuindo o abraço.

Ele encaixou seu rosto no meu pescoço, e pude ouvir ele fungar, provavelmente pelo choro de minutos atrás.

Ele desfez o abraço e se afastou devagar, me fitando com seu sorriso voltando ao seu rosto.

— Nós acertamos — falou e eu assenti, sorrindo.- Meus sonhos estavam certos, é o nosso menino.

— Nosso menino — repeti sua fala e sorri mais ainda.

Nós estávamos esperando um filho!!!
Por mais que a barriga já estivesse aparecendo, e que tudo a minha volta fosse sobre o bebê, inclusive minha casa cheia de coisinhas dele, eu ainda achava surreal saber que eu estava carregando o meu filho. Eu estava mesmo grávida, e aquilo ficava cada vez mais extraordinário.

Eu já tinha quase trinta anos, e por muito tempo nós tentamos engravidar. Claro, no início nós não queríamos, por ser muito cedo. Mas depois de um tempo, nós decidimos que já estava na hora de termos o nosso pequeno, mas isso não aconteceu.

Quando contei a ele sobre a gravidez, ele tinha razão, por tanto tempo nós tentamos ter o nosso bebê, e não aconteceu. Mas foi acontecer justamente quando nós decidimos nos separar.
Agora Jimin com toda certeza iria permanecer na minha vida para o resto das nossas vidas. Já era algo sem escolha. E para falar a verdade, eu não estava me importando nem um pouco. Quando nos separamos, desejamos nunca mais precisar ver um ao outro, coisa que aconteceu por somente um mês, até eu descobrir a gravidez.

Jimin tinha seus olhos meios avermelhados, e o sorriso não saia de seu rosto. Por que ele tinha que ser tão bonito em qualquer situação?
Eu sentia meu coração quentinho só de imaginar o meu filho sendo a cara do pai dele...

Logo a médica voltou e me entregou alguns papéis de exames. Poucos minutos depois eu e Jimin estávamos saindo do consultório.

Eu não conseguia conter a minha euforia em finalmente saber que era um menino.

Já dentro do carro, eu colocava o cinto quando Jimin começou a falar.

— Nós devíamos ir comemorar — falou e eu o olhei.

— Se fosse uma menina, você iria ficar feliz assim também? — perguntei e ele rapidamente assentiu.

— Claro que sim — sorriu. — Eu estaria feliz na mesma proporção.

— É, eu também — eu sorri.

— Digo comemorar por finalmente descobrirmos o sexo. Comemorar por estarmos esperando nosso bebê.

— Vamos comemorar, então — concordei e ele assentiu.

Ele deu partida no carro. Fui em silêncio, apenas escutando Jimin cantarolar, já sentindo o bebê se agitando ao ouvir a voz dele.

Esperei ele parar no semáforo para poder mostrar a ele sobre o bebê estar se mexendo.
Mas dessa vez eu não falei, apenas estiquei a minha mão e peguei a sua que estava sobre o volante.

— O que... — ele parou de falar quando coloquei sua mão em minha barriga, sentindo o bebê chutar.

Seus olhos se tornaram pequenos risquinhos pelo sorriso enorme que ele abriu.
Ele acariciou a minha barriga.

— Por que toda essa agitação, pequeno? — falou e eu sorri.

— Foi depois que você começou a cantar.

— Sério? — sorriu ainda mais bobo e eu assenti. — Aigoo. Bom saber que você gosta que seu pai cante, hum? — se aproximou um pouco da barriga para falar.

Ele voltou com a posição normal, para poder voltar a dirigir, já que o sinal já estava aberto.

— Na verdade — voltei a falar. — Nos últimos dias ele sempre fica agitado quando você fala. Andei notando isso.

— Huh, sério? — me olhou rápido.

— Suas bochechas vão doer de tanto sorrir — apertei levemente uma delas.

— Não consigo evitar — encolheu os ombros. — Estou feliz demais.

— É, eu também estou.- concordei com ele.

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Ah, gente. Essa não é uma das minhas melhores histórias🥺
Gosto MUITO dela, e tenho um carinho gigante. Mas sinto que a escrita deixa muito a desejar, até por que já fazem dois anos que ela foi escrita...
Não tenho tempo de reescrever ela e deixar do jeitinho que eu quero. Mas tive alguns pedidos para postar essa versão, então ela está aqui💜

Casamento DesgastadoOnde histórias criam vida. Descubra agora