Pov Ludmilla
Graças a Deus, minha carreira está deslanchando. O Numanice é um sucesso em todo Brasil, um dos eventos mais esperados em todos os estados. Fico imensamente grata e emocionada ao ver que um projeto que saiu do fundo do meu coração e que não teve apoio da minha própria gravadora, está sendo uma experiência única e surreal na vida dos meus fãs. Estou realizada e correndo atrás da minha carreira internacional. Está tudo se encaminhando. Tudo no tempo que tem que acontecer.
Meu casamento eu não tinha o que reclamar. Minha esposa é a melhor que alguém poderia ter e que sorte a minha ter sido escolhida por ela. A Brunna é perfeita em todos os sentidos. Depois que ela voltou do BBB, parece que nosso amor triplicou. Eu não consigo ficar mais que algumas horas longe dela que já morro de saudades, por mais que as vezes seja necessário que fiquemos uns 2 ou 3 dias longe devido viagens e divergências nas nossas agendas. Estamos tentando conciliá-las para que não precisemos ficar muito tempo longe uma da outra e pelo menos um dia durante a semana tiramos para fazermos algo apenas nós duas.
Falando em Brunna, há uns 3 dias estou percebendo ela um pouquinho triste. Ela tenta disfarçar, mas eu conheço muito bem minha esposa para saber que tem algo errado. Hoje foi um dia intenso de gravação e ensaio. Já era meia noite quando finalmente cheguei em casa. As luzes estavam apagadas, o silêncio predominava. Dei um carinho em meus cachorros e subi para meu quarto. Encontrei a Brunna encolhida na cama, vestindo minha camisa e agarrada em meu travesseiro. Ela dormia, mas seu semblante era sério. Pude notar em suas bochechas marcas de lágrimas secas e a ponta de seu nariz estava levemente avermelhada. Ela estava chorando e provavelmente chorou até dormir. Eu precisava saber o que estava acontecendo.
Retirei minhas roupas e tomei um banho rápido. Vesti somente uma calcinha e uma camisa larga e me deitei atrás da Bru, fazendo uma conchinha. Afundei meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheirinho natural e adentrei minha mão por baixo da sua camisa, acariciando sua barriga. Ela se arrepiou e se aconchegou mais em mim. Seu corpo reconhece o meu até dormindo. Beijei seu pescoço e sussurrei que a amava. Em poucos minutos já estava dormindo também.
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Acordei sentindo um carinho gostoso na minha orelha. Abri os olhos e me deparei com a pessoa mais linda do mundo me encarando.
- Bom dia, amor. - Brunna disse sorrindo pra mim e me dando um selinho.
- Bom dia, Bu.
Puxei ela pra cima de mim e a abracei com força. Sentir ela em meus braços era a melhor sensação da vida. Espalhei beijinhos por seus ombros, pescoço, bochechas, testa e nariz. Ela sorria e me apertava mais ainda em seu abraço.
- Não tem nada melhor que acordar assim. Eu te amo, more.
- Também amo você. Muito.
Colei nossos lábios em um beijo lento e apaixonado. Não tínhamos a neura de não nos beijarmos antes de escovar os dentes. Estávamos juntas há quase 6 anos e nos conhecíamos até de cabeça pra baixo. Um bafinho matinal não era nada. Cortei o beijo quando me lembrei que ela chorou antes de dormir. Me sentei na cama, com ela no meu colo de frente pra mim, e segurei suas mãos, entrelaçando-as nas minhas.
- Bru, nós precisamos conversar. - Eu disse séria.
- O que aconteceu? Eu odeio quando você fala assim. Geralmente vem sempre uma notícia ruim depois.
- Na verdade você é quem vai me dizer. O que tá acontecendo, mô? Você anda meio triste - ela abriu a boca para contestar, mas calei-a - e não tente me enganar dizendo que não. Brunna estamos juntas tempo sufiente para eu saber quando algo está errado só de olhar em seus olhos. Eu preciso que me diga. Você sabe que um dos pontos que nos faz dar tão certo é que somos amigas acima de tudo e o diálogo é nosso aliado. Seja o que for que esteja acontecendo, eu tô aqui com você e vamos enfrentar juntas. Me conta, amor. O que foi?
