Pov Brunna
Já haviam se passado duas semanas desde que saí da casa do BBB. Durante esse tempo me atualizei de tudo que aconteceu durante meu confinamento. O posto que me deram de planta de nada me abalou. Não maltratei e nem passei por cima de ninguém. Fui eu mesma e, principalmente, não fiz nada que prejudicasse minha esposa. E pra uma planta, eu tinha incomodado muita gente, né? Kkkkkkkk Eu estava radiante. Já tinha vários contratos fechados, de marcas que pra mim era um sonho impossível. Minha carreira estava tomando rumos inimagináveis. Meu casamento estava cada vez mais sólido. Depois que voltei, Ludmilla estava ainda mais carinhosa, me mimava todos os dias, se deixasse ela ficava o dia todo grudada em mim. Percebi que ela é mais dependente de mim do que ela mesma falava. Soube que, desde que fui confinada, ela perdeu alguns quilos, não se alimentava, não queria saber de festas ou até mesmo jogar uma conversa fora com os amigos ou a família. Meu coração ficou apertado ao ouvir tudo que minha sogra me contou. Mas, agora, eu já estava com ela e nada me faria ficar longe novamente.
Em um dia de folga, estávamos na nossa cama, abraçadas e bebendo vinho, conversando sobre tudo e um dos assuntos mexeu muito comigo.
Flashback on
- Mô, durante esse tempo que você tava no BBB eu pensei tanto em tudo... E a certeza de que te quero pra sempre na minha vida só aumentou.
- Ô minha vida, eu também pensei muito. Não me arrependo de ter feito essa loucura que foi entrar no BBB, mas nunca mais faria algo do tipo novamente. Ficar longe de você doeu demais e eu nunca mais quero sentir isso na minha vida.
Ludmilla me olhou nos olhos, acariciando meu rosto. Percebi que seus olhos estavam marejados. Ela estava se segurando pra não chorar. Pois é, outra coisa que mudou muito foi o fato da minha mulher estar muito mais sensível e chorosa.
- Não chora, minha vida. Eu prometo que eu nunca mais vou ficar longe por tanto tempo. Eu te amo demais.
Sequei uma lágrima que escapuliu de seu olho e beijei seus lábios calmamente. Ela sorriu entre o beijo, enquanto afagava meus cabelos.
- Bru, eu quero ter um filho com você - ela disse de repente, me deixando assustada.
- Você sabe que eu também quero, vida. É meu sonho ser mãe e mais pra frente vamos realizá-lo.
- Não Bu, você não entendeu. Eu quero ter um filho com você, mas não quero pra daqui alguns anos. Eu quero agora, quero começar a formar nossa família. Não quero perder mais nenhum segundo adiando algo que já sei que vai ser pra sempre. Agora eu consigo imaginar nós duas saindo pra comprar as coisinhas de bebê, montando o quartinho, visualizo sua barriga crescendo e eu cantando para nosso neném para ele te deixar dormir. Eu nunca quis tanto algo na minha vida, como quero isso.
Eu estava surpresa. É claro que já havíamos falado sobre filhos, mas eram planos para um futuro distante e vê-la falando assim, com tanta convicção, mexeu demais com meu psicológico.
- Amor, eu... eu nem sei o que dizer. Você sabe que tudo que eu mais quero é ter um bebê nosso, um fruto do nosso amor.
- Então fala que aceita e que vamos começar a pensar e falar mais seriamente desse assunto. Ninguém precisa saber por enquanto, só a gente. Sei que estamos no auge das nossas carreiras agora, mas se a gente realmente quiser isso, já temos que começar a nos programar para disponibilizar todo tempo necessário para iniciar o processo. Me diz, você aceita começar a formar nossa família?
Eu já estava chorando com suas palavras e só consegui balançar a cabeça positivamente. Me joguei em seus braços, abraçando ela com força. A cada dia ela conseguia me fazer ainda mais feliz.