20 - Fim da linha

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Pov Brunna

A fome e a sede estavam apertando. Minha boca já estava seca e eu já não tinha mais forças pra nada. Comecei a sentir uma leve pontada no ventre e me desesperei.

- Oi meu amorzinho, está tudo bem. A mamãe vai tirar a gente daqui. Fica calma, minha vida. Eu prometo que nada de ruim vai te acontecer. Eu te amo tanto, Jasmine. - comecei a conversar com a Jas, acariciando minha barriga. Logo, a dor foi se dissipando e meu coração tranquilizou.

Pov Ludmilla

Após realizar a transferência de 1,5 milhões de reais para a conta do filho da puta, recebi uma mensagem com o local da troca, que aconteceria só no dia seguinte. Não podíamos esperar mais. Já faziam quase 48 horas que minha Brunna estava sem comer e sozinha naquele lugar imundo.

A equipe policial tinha um plano de invadir o local pela madrugada e eu bati o pé querendo ir junto. Foda-se minha segurança. Eu só precisava ver com meus próprios olhos que minha esposa sairia com vida daquele lugar. Meia noite e meia. Minha família estava aflita com minha ida ao resgate. Coloquei um colete a prova de balas e preparei uma mochila com uma troca de roupas de frio pra Bru, um cobertor, água e comida. Eu sabia que depois ela seria levada até a delegacia pra prestar depoimento e ao hospital, para fazer exames. Queria estar preparada e assegurar que o meu amor ficaria bem alimentada e confortável.

Incontáveis minutos depois, chegamos na casa. Era uma espécie de fazenda abandonada, que ficava no meio do nada, sem nenhuma iluminação. Paramos os carros longe do local, para não chamar nenhuma atenção. A equipe se dividiu em grupos para cercar a casa e eu fui obrigada a esperar de fora, há alguns metros, para minha própria segurança. Obviamente, meu segurança estava comigo, juntamente de um policial. De repente, ouvi um barulho de uma porta caindo no chão. Eles finalmente invadiram a casa.

Pov Brunna

Eu sentia que a qualquer momento iria desmaiar. Minha cabeça estava rodando e eu estava enjoada demais. Quando escuto um barulho alto do lado de fora, vejo o sequestrador entrar no quarto e me puxar pelos braços, me fazendo ficar em pé. Ele apontou a arma na minha cabeça e eu comecei a chorar incontrolavelmente. Meu corpo todo doía e eu não tinha forças nem para pedir ajuda. Medo, pavor. Esses eram os meus únicos sentimentos naquele momento.

- A casa está cercada. Para o seu bem, se renda e solte a Brunna. - ouvi alguém gritar do lado de fora.

- Aquela desgraçada da sua esposa não cumpriu nosso combinado. Eu disse sem polícia. SEM A PORRA DA POLÍCIA.

O homem estava muito nervoso e descontrolado. Ele empurrou a arma na minha cabeça com força, enquanto gritava, e eu fechei os olhos, já sentindo a morte chegar. De repente, a porta foi derrubada no chão e quatro policiais armados entraram no quarto.

- Não se aproximem ou eu mato ela. - o sequestrador disse enquanto me puxava para ainda mais perto de si.

Meu coração estava disparado. Eu só queria abrir os olhos e ver que tudo não passou de um maldito pesadelo.

Ouvimos um tiro do lado de fora. O sequestrador perdeu o foco, tentando olhar pela pequena janela o que tinha acontecido.

- Esse é o fim da linha para você, seu desgraçado.

Vendo que o bandido estava distraído, o policial sacou a arma e atirou em sua perna. Dei um grito, completamente assustada. Com o susto e a dor, o sequestrador largou sua arma e caiu no chão, colocando as mãos aonde o tiro havia pegado. Sem pensar, eu corri. Só queria sair dali.

Pov Ludmilla

Do lado de fora, vimos alguém tentando fugir pelos fundos da casa. Rapidamente, o policial que estava comigo, deu um tiro certeiro na parte posterior da coxa do capanga. Ele correu para algemá-lo e foi quando eu ouvi um tiro do lado de dentro e o grito da minha mulher. Não podia ser.

Sem pensar no perigo e nos riscos que eu corria, saí correndo em direção à casa, ouvindo meu segurança gritar meu nome, enquanto ele corria atrás de mim, tentando me deter. Eu só precisava ver a Brunna. Deus, que esse tiro não tenha sido nela.

Entrei na casa e vi o quarto aberto. Corri, com os olhos embaçados devido às lágrimas, e quando cheguei na porta só consegui ver o bandido caído no chão, enquanto era algemado. Meu mundo parou e meu coração voltou a bater quando vi minha esposa correndo em minha direção. Ela estava viva. Minha Brunna estava viva. Abri meus braços e corri até ela. Nossos corpos se colidiram e eu a abracei com força, deixando todo desespero sair em forma de choro.

- Eu tô aqui, amor. Eu tô aqui. Agora você tá segura, minha vida. Você e nossa princesa estão seguras. - eu disse beijando todo seu rosto e acariciando sua barriga.

- Eu senti tanto medo de nunca mais te ver. Tanto medo de morrer. Medo de perder nossa filha. Eu te amo, Ludmilla. Te amo com toda minha alma.

- Eu prometo que nunca mais vou deixar que nada machuque você ou nossa filha, nem que pra isso eu tenha que dar minha própria vida. Eu te amo, Brunna. Eu te amo demais.

*

Oi meus amores. Primeiramente me desculpem pelo capítulo pequeno. O wattpad simplesmente apagou tudo que eu tinha escrito, então precisei reescrever todo o capítulo e decidi dividi-lo em dois. Se tudo der certo, posto o próximo hoje, no final do dia.
Comentem muito e curtam o capítulo 💗

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