17 - Chá revelação

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Pov Ludmilla

Brunna estava com 14 semanas de gestação. Fizemos o ultrassom para descobrir o sexo do bebê, mas só a Luane sabia o que era. Optamos por fazer um chá revelação só nós duas e, em seguida, faríamos um chá de bebê pra toda família.

Luane preparou tudo. Ela foi com a gente pra Angra. Levamos dois fotógrafos também e mais dois assistentes. A ideia era a seguinte: Na beira da praia, eu e Brunna (vestidas de branco) ficaríamos com os olhos vendados e usaríamos as mãos para passar tinta (rosa/azul) em nossas roupas, braços etc. E assim que tirássemos as vendas, atrás de nós duas, haveria fumaça da mesma coisa. Pensamos em algo mais intimista, para depois fazer um vídeo para contar para nossas famílias, amigos e fãs. Obviamente, para nossas mães iríamos preparar um mimo para contar a novidade pessoalmente.

Estava nervosa pra caralho. Minhas mãos suando e o coração acelerado. Eu sentia que seria nossa Jasmine, mas ainda assim estava muito ansiosa. Coloquei um conjunto de cropped e uma calça pantalona de tecido leve, na cor branca. Surpreendentemente, estava com meu cabelo natural. Foi uma decisão minha e da Bru usar nossos cabelos naturais na revelação, como uma forma de incentivar nossa filha no futuro, quando ela visse o vídeo. Meu cabelo já estava bem maior do que a última vez que postei uma foto com ele. Minha esposa finalizou ele pra mim, após finalizar o seu próprio. Nem preciso dizer que ela estava irradiando beleza, né? Brunna usava um vestido longo branco e seu black estava ainda mais lindo hoje. Sua maquiagem era leve, apenas realçando seus traços, que pra mim já são perfeitos.

- Pronta pra descobrir o sexo do nosso grande amor? - perguntei abraçando ela por trás, enquanto ela terminava de se arrumar na frente do espelho.

- Tô tão ansiosa, vida. Vamos?

Assenti e ela me deu um selinho. Descemos as escadas da casa e fomos para a praia.

- Meninas, antes da revelação, vamos gravar algumas cenas, de vocês andando, sorrindo, sendo vocês, ok? Depois a gente passa pra parte mais importante e esperada, tudo bem?

Luane foi nos guiando. Andamos de mãos dadas, corremos juntas, nos beijamos, abracei a Brunna e a rodei no ar, fiz carinho em sua barriga etc. Tudo bem clichê.

- Acho que temos fotos e vídeos suficientes. Agora chegou a hora mais esperada, preparadas?

- Lulu, eu tô quase parindo essa criança de tanta ansiedade.

Rimos da forma que minha esposa falou. Ela era engraçada igual minha sogrinha.

- Por mais que eu tenha certeza que é uma menina, tô mega ansiosa também.

- Então vamos acabar com essa ansiedade. Sentem aqui, uma de frente pra outra. - nos sentamos aonde ela indicou.- Agora vou vendar vocês e nada de trapacear e olhar, viu dona Ludmilla?

- Qual foi, Luane? Até parece. - eu disse rindo, porque era minha cara fazer isso.

- Quem não te conhece, que te compre, garota.

Luane nos vendou e logo ouvimos uma música instrumental no fundo. Senti uma movimentação perto de nós.

- Ao lado de vocês, tem um recipiente com a tinta. Quando eu falar, vocês vão passar a mão nela e depois, podem ficar a vontade para pintar aonde quiserem, tudo bem?

- Ok. - respondemos juntas.

Segurei as mãos da minha esposa e fiz um carinho nela com o dedão.

- Eu te amo, Bu.

- Também amo você, amor. Muito.

Me aproxei dela e dei um beijinho na ponta do seu nariz e outro na sua boca.

- Podem começar.

Movimentei minha mão e encontrei o recipiente. A tinta estava fria, o que me causou um arrepio. Passei as duas mãos na tinta e levei-as até a barriga da Bru, marcando em cima do vestido. Senti as mãos da minha mulher em meus braços e, em seguida, por todo meu tronco. Assim também fiz com a Bru. Com a ponta do dedo suja de tinta, pincelei o nariz perfeitinho da minha esposa e beijei sua testa. Estava sentindo uma sensação muito gostosa.

- Agora, fechem os olhos e tirem as vendas. Só abram quando eu falar.

Tirei minha venda e lutei contra a vontade de abrir meus olhos imediatamente. Mas fui uma boa garota e fiquei com eles bem fechados, pra não estragar a surpresa.

- Deem as mãos. - peguei a mão da Brunna e entrelacei nossos dedos. Senti ela apertar eles, em um claro sinal de nervosismo. - Abram os olhos.

Em um segundo, meu mundo parou. Abri meus olhos e me deparei com minha esposa toda suja de tinta rosa. Meu coração acelerou ainda mais, senti lágrimas grossas escorrendo de meus olhos. Eu sabia. Eu sentia. Nossa Jas estava a caminho.

Pov Brunna

Com os dedos entrelaçados aos de Lud, ouvi Luane dizer para abrirmos nossos olhos. Quando abri e vi minha mulher com tinta rosa por todo corpo e a fumaça rosa atrás, deixei as lágrimas, que eu estava segurando, caírem livremente. Ludmilla sempre esteve certa. Era menina. Nossa Jasmine.

Senti as mãos de Lud em meu rosto e em seguida seus lábios nos meus. Iniciamos um beijo calmo, transmitindo todo amor que estávamos transbordando naquele momento. O beijo era salgado, devido nossas lágrimas. Me afastei um pouco, colando minha testa na dela e ainda de olhos fechados, aproveitei aquele momento.

- Obrigada por me dar o maior presente da minha vida. Eu amo você e amo nossa Jas, amor. Eu tô tão feliz. - ela disse, acariciando minha barriga.

Ludmilla se abaixou o suficiente para ficar com a cabeça na altura de minha barriga.

- Eu te amo tanto, filha. A mamãe não vê a hora de ver seu rostinho e te pegar no colo. - ela disse e beijou minha barriga.

Eu era apenas um amontoado de lágrimas naquele momento. Estava sensível ao extremo. Tudo que eu estava vivendo, era muito mais do que um dia eu sonhei.

- Eu estou tão feliz, que nem sei expressar. Vamos ter um princesinha, amor. Nossa tão sonhada Jas. Eu te amo mais que tudo. Obrigada por me fazer a mulher mais feliz desse mundo.

Ludmilla segurou minha mão, me ajudando a levantar, e me abraçou, rodando comigo no meio daquela fumaça rosa. Mais uma vez, nos beijamos apaixonadamente em meio a sorrisos e lágrimas. Quando a euforia passou um pouco, nos afastamos e olhamos pra Luane. Minha cunhada estava com os olhos inchados de tanto chorar. Ela correu e nos abraçou forte.

- Nossa Jasmine vai ser muito mimada pela titia Lulu, né Jas? - ela disse em meio ao choro, acariciando minha barriga.

- Titia não. Madrinha.

Luane parou imediatamente de acariciar minha barriga e me olhou com os olhos arregalados. Ludmilla e eu já tínhamos conversado e escolhido os padrinhos do nosso neném.

- O que?

- Não tem pessoa melhor pra ser a madrinha da nossa filha. Você está com a gente em todos os momentos, principalmente na nossa gravidez. Nós amamos você, Lulu. Aceita ser madrinha da nossa Jas? - eu disse com a voz embargada.

- É claro que eu aceito. Ai meu Deus. Obrigada por isso, meninas. Eu amo vocês.

- Também amamos você, irmã. Obrigada por tudo.

Nós três nos abraçamos e por mais alguns minutos, ficamos ali, imersas no nosso mundinho, comemorando a mais nova notícia e fazendo planos e mais planos para a chegada de Jasmine.

*

TCHARAAAM!!!
Vem aí a menina Jas 😍 
Gostaram do capítulo? Quero muitos comentários.
Ainda não revisei o capítulo, então qualquer erro, me avisem
Até qualquer dia 💗

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