parece que essa noite não acaba mais

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Ela que me chama, ela não te amaEla é ouro, amor, cachaça e dramaMe leva pra cama, me beija e me enganaSó quer botar a cidade em chamas

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Ela que me chama,
ela não te ama
Ela é ouro, amor,
cachaça e drama
Me leva pra cama,
me beija e me engana
Só quer botar a
cidade em chamas


SÃO PAULO

O quarto de Aurora na casa de seus pais ainda é o lugar mais confortável do mundo na opinião dela. Com todas a decoração que a lembra de como tudo era diferente antes, olhando para todas aquelas folhinhas, troféus e fotos antigas, ela sentia como se tudo aquilo tivesse acontecido há uma vida de distância.

A primeira folhinha de todas já não existia mais, foi perdida durante a mudança de Ribeirão Preto para Guarulhos. No entanto, seu primeiro grande troféu estava lá, não era grande em tamanho, mas era grande em significado. A única garota a ganhar uma edição do aniversário da Batalha da Aldeia, a vencedora da primeira edição. Logo ao lado do troféu, estava outro, do segundo aniversário, com os nomes de Cesar, Noventa e dela gravados na plaquinha de campeão. O mais importante de todos estava no centro, o prêmio que mudou sua vida, o troféu de Campeã Nacional do Duelo de Mc's, ela correu os dedos sobre o prêmio e sorriu brevemente.

Aquele era a maior prova de que ela havia conseguido. Ela havia vencido, ela havia feito história, ela havia colocado seu nome no topo. Aurora era uma vitoriosa. Ela, e somente ela, havia feito aquilo.

- Cedo demais para um feliz aniversário? - Isabel perguntou parada na porta do quarto da garota.

Aurora se virou para a avó, um sorriso gentil brotando em seu rosto.

- Nunca é cedo demais pra isso, vovó - ela afirmou, seus olhos focando no pequeno baralho de cartas na mão da mais velha. - mas com certeza é cedo demais para tarot.

- Nada disso, querida. Não tente fugir da tradição. - Isabel sorriu e entrou no quarto.

A tradição de aniversário da família Lima. Aurora suspirou. Em todos os aniversários, de todos os membros da família, Maria Isabel Lima tirava cartas com seu tarot para o aniversariante.

- Não tenho escolha, não é? - Aurora sorriu.

A mais nova se sentou na cama, enquanto a senhora se sentou à sua frente embaralhando rapidamente as cartas do baralho. Aurora respirou fundo e tirou as cartas do baralho assim que a avó estendeu a sua frente.

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐍𝐄𝐍𝐎          guri mcOnde histórias criam vida. Descubra agora