bem nos olhos vejo os monstros

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Tem pouco espaço aqui dentroTem tempo que não vejo mais ninguémTudo vem caminhando tambémMas eu não sei se eu ando bemParece que eu só destruo o que tocoNunca faço o equivalente ao que possoEu nunca fui tão forte quanto mostroMas me desculpa, por ...

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Tem pouco espaço aqui dentro
Tem tempo que não
vejo mais ninguém
Tudo vem caminhando também
Mas eu não sei
se eu ando bem
Parece que eu só
destruo o que toco
Nunca faço o equivalente
ao que posso
Eu nunca fui tão forte
quanto mostro
Mas me desculpa, por
dentro eu sou um monstro

RIBEIRÃO PRETO

Aurora realmente não queria estar ali. Não mesmo. Ela queria viajar para longe e passar um tempo tentando recuperar as partes de si que foram brutalmente arrancadas dela. Ela queria correr dos olhares de pena, de condolência que apesar de serem dados de boa fé, não a fariam se sentir melhor. Longe disso. Tudo era apenas um lembrete da pessoa que um dia ela teve.

Teve, no passado. Porque o presente era um pouco brutal e o futuro era incerto.

A cerimônia foi bonita, significativa de um jeito que somente os pais dela conseguiriam fazer. Aurora permaneceu de pé, dois passos atrás do pai e da mãe, um lugar estratégico de onde ela podia ver seu mundo inteiro abraçado um ao outro. De onde ela podia cuidar deles, como Arthur fez com ela.

Quando todos começaram a se afastar, Aurora os seguiu, mas é claro, não antes de dar uma última olhada no túmulo coberto de flores coloridas e tão cheio de vida quanto Arthur um dia foi. Tão cheio de vida quanto ele quis que um dia ela se tornasse.

E isso era o suficiente para fazer Aurora querer buscar por isso, por essa vida.

- Como você está? - Aurora perguntou, enquanto se sentava ao lado de Guri no pequeno banco.

- Bem, eu acho. - ele respondeu, olhando para ela.

Era diferente. A forma como ele estavam lado a lado e parecia haver uma vida de diferença entre eles. Uma vida inteira de história sobre ela que ele não sabia.

Não costumava ser assim.

Ela se parecia com a Aurora pela qual ele se apaixonou dois anos atrás, mas ao mesmo tempo elas eram diferentes uma da outra. Ainda assim, apesar de haver uma dureza onde antes havia uma suavidade juvenil e algo opaco onde houve brilho, ambas são lindas, de maneiras distintas. Mas o que fazia dela a Aurora que ele conheceu ainda estava lá, embaixo de camadas de tristeza e dores que ele não sabia sobre e que talvez nunca fosse saber.

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⏰ Última atualização: Jan 30 ⏰

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𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐍𝐄𝐍𝐎          guri mcOnde histórias criam vida. Descubra agora