velha infância

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E a gente cantaA gente dançaA gente não se cansaDe ser criançaA gente brincaNa nossa velha infância

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E a gente canta
A gente dança
A gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância

RIBEIRÃO PRETO

Aurora caminhou pelo cemitério com passos hesitantes, seu coração pesando com a dor acumulada ao longo dos dois anos desde a perda de seu amado irmão, Arthur. As lágrimas ameaçavam aflorar, mas ela segurou firme, determinada a enfrentar o túmulo que simbolizava tanto sofrimento.

O vento sussurrava entre os túmulos, ecoando o lamento silencioso que pairava sobre ela. A sepultura de Arthur estava à sua frente, adornada por flores frescas que ela havia trazido consigo. Seus olhos se fixaram na lápide, e o vazio do luto preenchia seu ser.

Finalmente, Aurora ousou se ajoelhar diante do túmulo, tocando a fria pedra com dedos trêmulos. Uma onda de tristeza a envolveu, mas ela respirou fundo, forçando-se a enfrentar o luto que a assombrava.

- Oi, eu sei que eu tô atrasada uns dois anos - murmurou ela, sua voz quebrando. - não conseguia suportar a ideia de vir até aqui antes, você pode me odiar por isso e me xingar de onde você estiver, eu deixo. Mas eu preciso te contar algumas coisas, as coisas mudaram bastante nesse tempo. Eu consegui, eu virei o jogo. Ganhei o Nacional por você, eu reescrevi a história e coloquei meu nome nas alturas. Agora eu faço música, não era bem o que eu queria, mas por agora vai servir. Consegui tirar nossos pais do Vitória e agora eles estão morando em Guarulhos, mas acho que cê já sabe disso. Papai tá montando aquele restaurante que ele tanto queria, eu usei o prêmio do aniversário da Aldeia pra ajudar ele nisso. Aliás, eu ganhei o aniversário da Aldeia, dois anos seguidos com o César e os meninos. É, é estranho pensar que a gente é amigos hoje em dia, mas eles três são tudo pra mim. Acho que se não fosse por César... bem, você sabe, eu possivelmente não estaria aqui. Eu não moro mais em Ribeirão, tô me divido entre morar no Espírito Santo e passar um tempo em Guarulhos, às vezes passo uma temporada no Rio também. Eu não tô tendo um lugar muito fixo desde que comecei a fazer shows. Dá pra acreditar? Eu em cima de um palco cantando pra várias pessoas? Nem nos nossos sonhos mais loucos a gente imaginou isso. Não tenho falado com nossos amigos, você sabe, Lili e Guri. Não sei se você viu daí, mas eles são dois traíras. Não quero falar sobre isso. Por aqui as coisas estão indo até que bem, estamos tentando... sei lá, viver? Ah, eu tenho uma coisa pra você além das flores.

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐍𝐄𝐍𝐎          guri mcOnde histórias criam vida. Descubra agora