fugindo do agora

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Nós nunca aprendemos,estivemos aqui antesPor que estamos semprepresos e fugindo

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Nós nunca aprendemos,
estivemos aqui antes
Por que estamos sempre
presos e fugindo

SÃO PAULO

"Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura." Aristóteles disse. Aurora ainda conseguia se lembrar de sua professora de filosofia, citando essa frase em sala de aula. Claro, que como uma garota de 13 anos, vinda de periferia e que não conhecia outra realidade além daquela, ela não fazia ideia de como aquilo se encaixava no mundo em que vivia. Mas hoje, com 25 anos, ela conseguia entender perfeitamente como aquela frase se encaixava no mundo. Principalmente no mundo dela.

Onde existia inteligência, existia um percentual de loucura. Mas, para ela, todos eram loucos. Afinal, quando se vive em um mundo onde todos se sentem no direito de julgar seus comportamentos, suas escolhas e sua vida, sem se preocupar com como isso pode prejudicar terceiros, não há ninguém que seja mentalmente sã. Assim como também, não existia ninguém que não fosse inteligente, porque se não fosse inteligente não teria chegado até ali.

E ela nem precisava ser tão inteligente para saber que toda ação gerava uma consequência. Era a lei da vida. Não tinha como fugir. Não importava. De uma forma ou de outra, tudo acontece quando você menos espera, te derrubando de forma inesperada. E quando se é alguém público, tudo fica ainda pior.

É aí que entra a loucura.

Ações mal pensadas sempre causam consequências terríveis e Aurora sabia que em algum momento a consequência por sua ação impensada seria cobrada. Ela só não imaginava que fosse tão cedo.

- Ô Aurora, explica uma coisa aqui pra gente, rapidão. - Dudu chamou a garota.

O quarteto de mc's estava espalhado pelo estúdio da gravadora de Aurora, após terminarem de gravar as faixas para o novo álbum de Cesar. Passava das 13 hrs da tarde e Laviny havia pedido delivery para o almoço dos quatro, já que sabia que quando eles se enfiavam num estúdio não saiam tão cedo.

- Fala, Eduardo. - ela mandou, atirando uma bolinha de papel feita com o guardanapo na direção do amigo.

- Que papo torto é esse entre você e o Guri? - foi Noventa quem perguntou.

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐍𝐄𝐍𝐎          guri mcOnde histórias criam vida. Descubra agora