11 - Eu só queria trepar.

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🖇 | VINNIE H.

Chegava uma hora que eu precisava repetir alguns dos meus encontros, então a da vez era a Tiffy, a garota mais suportável com quem saí no último mês. Ela também transava bem, então aquilo lhe dava uns pontos a mais e o privilégio de um replay. Jordan resolveu ir conosco para a boate e eu sabia que ele sumiria eventualmente quando encontrasse algum par de pernas de seu interesse e isso aconteceu mais rápido do que o esperado, já que ele saiu para pegar alguma bebida há mais de meia hora.

— Ele não vai voltar? — Tiffy perguntou em meu ouvido enquanto mantinha um dos braços em volta do meu pescoço.

— Com certeza não. — eu ri. — Mas isso é bom. A gente pode ficar mais à vontade. — cheguei mais perto e pousei os meus lábios sobre os dela.

Tiffy tentou prolongar o beijo, mas eu parei ao sentir alguém cutucar as minhas costas. Olhei para trás e vi Jordan com um olhar ansioso sobre mim. Afastei-me de Tiffy e o olhei confuso.

— Não deu certo? — perguntei.

— Deu super certo e devo a você por reclamar tanto do trabalho. Já cheguei nessa garota com pontos a mais porque ela acha que eu sou um fã. — riu.

— Eu não reclamo do trabalho, só da... — parei de falar ao me dar conta. — A Wright? Você está flertando com a Wright?

— Ela acha que eu li todos os livros dela e não para de me olhar como se eu fosse um filhote de cachorro fofo que ela quer urgentemente levar para casa. Valeu por me dizer o quanto essa garota tem o ego nas alturas.

— Você vai trepar com a Wright? — meu cérebro ainda não estava conseguindo assimilar a ideia.

— Tomara que sim. — deu um tapinha em meu ombro. — Não precisa me esperar. Aproveitem a noite! — acenou e se afastou de nós.

Fiquei agitado enquanto via ele sumir por entre as pessoas, voltando para encontrá-la. Jordan não sabia que Alaska mexia comigo e eu não podia culpá-lo por não saber, foi algo que por alguma razão eu achei melhor esconder do meu melhor amigo. Talvez fosse orgulho porque ela era intensa demais e admitir que eu sentia algum tipo de atração era o mesmo que confirmar que ela estava conseguindo me dobrar como queria.

Não queria Jordan com suas mãos invasivas sobre ela. Isso não queria dizer que eu estava planejando ir em frente de alguma maneira, mas se ele fosse até o fim eu perderia as chances que ainda nem tinha e eu gostava da ideia de ter pelo menos um por cento de possibilidade de isso acontecer, mesmo que fosse loucura demais e um tiro no pé se tratando da minha carreira naquela empresa.

— Tiffy, você vai ter que me desculpar, mas eu preciso impedir que o Jordan faça uma besteira. — falei para a minha acompanhante.

— Por que? Quem é essa Wright? — olhou-me com desconfiança.

— Alguém com quem ele não pode dormir, você não entenderia. Te vejo depois?

— Está falando sério? — arqueou a sobrancelha.

— Eu te ligo, ok? — sorri.

Ela me olhou com um pouco de irritação, mas não disse nada. A deixei sozinha e fui na direção em que vi Jordan ir. O avistei em uma das mesas ao lado de Alaska. Ela estava rindo de alguma coisa enquanto se esquivava de forma sugestiva no peito dele. Ele não mentiu quando disse que ela o olhava como se fosse um filhote de cachorro, mas isso só estava acontecendo porque Jordan mentiu. Ele não era um fã e não era justo usar o ego da Alaska para levá-la para a cama.

Aproximei-me e assim que me viu, meu amigo arregalou os olhos e começou a balançar a cabeça negativamente. Notando o estranho comportamento, Alaska virou a cabeça para trás e me avistou. Imediatamente aquela carranca comum de raiva que ela sempre dirigia a mim surgiu.

Call Me When You Want ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora