43 - O amor não é simples.

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🖇 | VINNIE H.

Voltei para o trabalho com a consciência mais tranquila. Acho que era disso que eu precisava, um ponto final para o meu subconsciente entender que eu precisava agir sozinho. Saí do elevador enquanto finalizava a minha ligação com o Jack, que havia acabado de pegar um vôo de volta a Nova York. Depois que eu expliquei sobre o que Alaska e eu conversamos ele se convenceu de que eu ficaria bem sozinho e pegou o primeiro vôo do dia seguinte, pois estava bem ansioso para se encontrar com a Barbara.

Fui me aproximando da minha sala e notei a porta aberta, o que achei bem estranho. Me despedi do meu irmão e entrei na sala vendo Maddy ajeitar as folhas de uma samambaia que estava sobre a minha mesa junto com um cartão. Ao lado, uma caixinha pequena com um laço para presente.

— O que é isso? E como entrou na minha sala? — questionei.

— Presentes pra você e eu entrei porque sou assistente administrava e cuido de uma parcela considerável dos pacotes que são entregues ao superiores dessa empresa.

— Você tem uma cópia da chave da minha sala? — franzi o cenho.

— Vamos focar nisso mesmo? — bufou. — Você ganhou presentes! — apontou para a mesa.

Me aproximei e peguei o cartão que estava na planta.

"Obrigada por ter me dado a Judith, eu adorei cuidar dela e vê-la enfeitando a minha varanda por esse tempo. A irmã dela, Miranda, ficará com a Maddy, mas acho justo que a Judith volte para onde pertence, a sala do editor chefe da Dreams in Letters. Por favor, não a deixe morrer. – Alaska".

Sorri e minha irritação por saber que outras pessoas podiam entrar na minha sala sem que eu estivesse lá foi embora. Peguei rapidamente a caixinha e abri encontrando um pato amarelo de plástico lá dentro. Primeiro, eu estranhei, mas logo entendi quando li o segundo bilhete.

"Eu tentei achar uma galinha, mas acho que ninguém pensa em uma galinha quando se trata de uma ave boiando na água. Galinhas são burras demais para isso, assim como são burras para matar alguém.

Espero que você enfrente o seu medo, então tome uma companhia já que eu não vou estar lá. (É só uma banheira idiota). – Alaska."

Meu sorriso continuou em meu rosto e quando eu olhei para a Maddy ela tinha um olhar triste sobre mim.

— Ela também te enviou uma cópia do arquivo do livro dela para que você leia. — falou. — Alaska quer que seja publicado pela Dreams, isso se o editor chefe aprovar e quiser abraçar o projeto. — sorriu.

— A Red Fire não quis? Eu fui bem claro quando coloquei isso como uma condição para aceitar a saída da Alaska. — e estava pronto para entrar em contato com eles e protestar se fosse preciso.

— Ah, eles queriam muito, insistiram bastante que a Alaska enviasse o arquivo para eles, mas ela foi bem decisiva e disse que queria que fosse publicado aqui porque isso significaria muito para ela.

— Entendo. — assenti. — Você leu o livro?

— Sim. — suspirou de um jeito tristonho. — É incrível como eu consegui enxergar a mudança da Alaska com esse trabalho. Ela nunca foi muito sensível antes, sabe? Eu até brigava com ela por não levar relacionamentos a sério e tratar os homens como acessórios substituíveis. Depois que ela te conheceu isso mudou. Você arrancou dela os sentimentos mais puros e selvagens.

Em outros tempos, isso me faria chorar como um bebê, mas agora eu tinha uma sensação agradável. Ela também me fez mudar muito e sabia disso.

— O final do livro é feliz? — eu quis saber porque estava com receio de lê-lo, já que se parecia com a nossa história.

Call Me When You Want ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora