🖇 | VINNIE H.
Eu me sentia mal porque estava evidente que meu irmão havia adiado a sua ida para Nova York por minha causa. Ele dizia que eram os vôos com escalas ruins ou que sua ausência no trabalho não era um problema que ele não pudesse resolver, mas no fundo eu entendia que ele estava preocupado em me deixar sozinho. Por mais que o meu pai estivesse perto, ele estava sempre trabalhando, então eu não podia correr até a casa dele sempre que quisesse chorar. E o Jordan agora tinha uma namorada, eu não queria ser um pé no saco com minha vida amorosa fracassada.
Mas chegou um momento em que eu resolvi começar a viver uma vida sem a Alaska. Eu precisa tentar porque uma hora ou outra a vida me cobraria uma atitude. Me tornei um chefe mais rígido, perdia a paciência em uma frequência maior e por isso evitava ficar perambulando pela empresa e também não gostava de receber ninguém se estivesse no meio de uma tarefa.
A única coisa que eu julgava ser uma auto sabotagem era a minha frequência continua na cafeteria da Dixie desde que eu descobri que ela estava levando o gato da Alaska para lá. Era estupidez, eu sabia que era, mas me sentia mais próximo sempre que eu entrava no estabelecimento e via o Morpheus em sua caminha alheio aos problemas dos outros. Geralmente eu ia até lá, pedia um café e ficava com o gato em meu colo por umas duas horas até que ele se cansasse de mim e voltasse para a sua cama. E aí eu me contentava em só observá-lo. Talvez eu estivesse ficando louco, obcecado por um gato porque não podia ver a sua dona.
Em uma manhã, resolvi ir tomar o meu café habitual e Dixie me guiou até a mesa de sempre. Pedi o café e estava prestes a ir pegar o Morpheus quando o meu irmão atravessou a porta da frente e veio até mim, sentando numa cadeira ao meu lado.
— O que está fazendo aqui? — perguntei confuso.
— Descobrindo o porquê de você não tomar mais café da manhã em casa. Não é possível que o café da Dixie seja tão perfeito assim.
— Ei! — ouvimos a morena protestar do outro lado do balcão. — Quer que eu enfie uma xícara na sua garganta?
— Sabe o que eu enfiaria na sua garganta? — Jack retrucou, mas logo pareceu se arrepender quando Dixie abriu um sorriso malicioso e piscou para ele. — Volta pra cozinha.
E ela voltou, mas não sem antes oferecer o dedo do meio para ele.
— Você deveria ser mais gentil com as pessoas. — falei soltando um suspiro tedioso. — E sim, o café dela é muito bom.
Jack rolou os olhos e os desviou para o outro lado, vendo o gato olhando diretamente para nós como se nos julgasse em silêncio.
— Por que eu acho que conheço aquele gato? — Jack ranziu a testa. — Espera. — fez uma pausa. — É da Alaska? Tenho quase certeza que o vi no instagram dela.
— É o Morpheus. — confirmei. — Dixie está cuidando dele desde que a Alaska viajou para ver a família. Ela o traz aqui porque as pessoas gostam de animais fofos, então isso atrai clientela.
— Por favor, não me diga que você vem aqui todo dia pra ver esse gato. — ficou sério.
— É exatamente por isso. — não fiz questão de esconder.
— Meu Deus... — soltou um suspiro. — Cole, você precisa...
Não ouvi o resto da frase dele porque o mundo pareceu ficar em câmera lenta quando o sininho da porta ressoou e eu a vi entrando. Fiquei estático e senti meu coração parar por um milésimo de segundo. Era uma alucinação? Eu estava mesmo ficando louco? Não era para ela voltar mais cedo, por que ela estava aqui?
Jack também a viu e finalmente calou o seu monólogo sobre alguma coisa que eu não me importava em saber. Alaska correu até o seu gato, o pegou no colo e então o levou em direção ao homem que vinha atrás dela, mostrando-o para ele com um sorriso orgulhoso no rosto. Quem era aquele cara? E por que ela estava tão feliz em apresentá-lo ao Morpheus?
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Call Me When You Want ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ
Fanfiction【 adp. 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿. + 📞 】 Alaska Wright está entediada e decide ligar para o seu namorado para que eles façam sexo por telefone. Mas o inesperado acontece e ela acaba ligando para o número errado, resultando no orgasmo de um estranho...