Chapter 022 (+18)

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『Chapter 022 - I Wanna Be Your Slave』

A confusão era imensa, não só em mim, em todos dentro daquele pequeno quarto, Annie estava levemente ofegante, e não demorou muito para seu nariz escorrer, e uma linha fina de sangue se fazer presente.

A loira limpou com rapidez, suspirando audível. Ela me encarou, como se eu pudesse ter as respostas para as perguntas que ela possuía. Spoiler. Eu não tinha. Nada mais se encaixava.

— Se quiser... Posso tentar rastrear o feitiço, quem quer que tenha feito, onde quer que esteja, posso tentar rastrear a bruxa que lançou – ofereceu, encarando Katrina em seguida, o cenho franzido em desgosto

— Faça o que conseguir. Eu... Preciso de ar – falei, acenando com descaso e passando por Erwin e Mikasa em seguida. Subi as escadas com rapidez, abrindo a porta assim que consegui por minha mão na madeira lisa.

O ar gelado veio contra meu rosto, me fazendo suspirar em alívio. O ar parecia rareado dentro daquele quarto, respirar ar puro era tão aliviante.

Não deixei de ouvir os passos atrás de mim, e sem nem precisar olhar para trás, eu sabia quem era. O toque que se seguiu fora muito bem vindo, junto com o abraço que recebi. Não neguei ou afastei, sabia quem era.

— Está tudo bem? – a voz rouca de Eren se fez presente, quebrando o silêncio imposto entre nós dois

— Sendo sincero, não... Está tudo péssimo – deixei minha cabeça pender para trás, encostando ela no ombro de Eren – estou tão exausto, e pressinto que esse não é nem o começo desse problema todo.

Me permiti virar para o mesmo, sem afastar as mãos do mesmo, que pousaram na minha cintura com delicadeza. Meus olhos se focaram nos verdes do Yeager, eram tão lindos.

— Podemos ir descansar, se quiser – ofereceu, eu apenas concordei, apoiando minha testa contra o ombro alheio novamente.

Era realmente exaustivo aquilo tudo, lidar com uma traição, e agora saber que o traidor tinha acesso a magia. Era pior do que eu esperava que fosse, e aquilo ia dar tanta dor de cabeça, muita mais do que já estava dando.

Segurando gentilmente minha mão, Eren me guiou pelas ruas geladas da capital de Kiev. Eu me deixei levar, aproveitando aquele pequeno momento, e esquecendo completamente que eu precisava falar com Eren sobre a marca.

Quando chegamos a casa dele, a mesma que havia estado a pouco tempo atrás, ele abriu a porta e continuou me guiando. Ao entrar no quarto, eu ofeguei levemente. Não precisava estar ali para saber a quem pertencia, eu já havia visto aquele cômodo diversas vezes ao fechar meus olhos e contemplar o que Eren via.

As mãos do Yeager outra vez se enlaçaram ao meu redor, suas mãos estavam geladas, pelo clima frio que se encontrava a capital, minhas costas colidiram contra o peitoral do Yeager, que me abraçava de maneira carinhosa, e enfim, ele adentrou minha camisa, me fazendo arrepiar. Eu sabia que não havia malícia ali, era só um toque singelo e gentil entre nós. Mas não duraria muito.

Eren deu um passo a frente, me fazendo repetir o movimento, e então outro, e assim até me fazer ficar de frente a cama. Ele desceu os dedos longos e frios até o cós da minha calça, e se afastou levemente, me fazendo girar nos meus calcanhares ao puxar meu cós. Estando frente a frente com ele, eu ofeguei.

Seus olhos agora não eram tão gentis quanto antes, eram selvagens, brilhantes. Me senti ser empurrado contra o colchão macio, e o moreno não demorou para se por entre minhas pernas.

— Eren... – murmurei, me arrepiando quanto ele se pôs a abrir minha camisa, meu corpo estava começando a esquentar a níveis absurdos por conta do toque dele. Era bom.

𝐌𝐨𝐧 𝐋𝐨𝐮𝐩, 𝗘𝗥𝗘𝗥𝗜Onde histórias criam vida. Descubra agora