The Sorcerer Apprentice - Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo 2

Enquanto isso, no "Mundo Mágico", um jovem adolescente arrumava seu malão com entusiasmo. Ele mal sorriu nos últimos dois meses desde que veio passar as férias de verão com seu tio, tia e primo, mas agora estava sorrindo de orelha a orelha.

O nome do adolescente era Harry Potter e, embora seus parentes tentassem esconder, ele era um bruxo. Desde que completou onze anos, ele estudava em Hogwarts, uma escola construída especificamente para treinar jovens usuários de magia. Ele aprendeu feitiços, lutou contra monstros, voou em uma vassoura e fez grandes amigos.

A única desvantagem de sua nova vida era quando ele voltava para casa no verão. Hogwarts não permitia que os alunos ficassem durante o intervalo, forçando Harry a retornar no final de cada ano letivo para seus únicos parentes vivos, os Dursleys, que eram tão pouco mágicos quanto poderiam ser. Eles odiavam qualquer coisa que se desviasse do comum e sempre tratavam Harry como se ele fosse um monstro (se ele fizesse/mencionasse algo mágico) ou um servo (forçando-o a fazer muitas, senão todas, as tarefas domésticas).

Mas naquela tarde, cerca de duas semanas antes do início de seu terceiro ano, uma coruja voou até sua janela com uma carta de Hogwarts. Normalmente ele tentava evitar compartilhar sua correspondência de bruxo com os Dursley, mas naquela noite ele correu para falar com eles.

Por causa de tantos alunos do primeiro ano se perdendo no primeiro dia de aula, Hogwarts estava realizando seu primeiro dia de orientação duas semanas antes do início do semestre. Qualquer aluno mais velho que quisesse ser voluntário poderia chegar à escola duas semanas antes e ajudar a organizar o evento. Quando Harry disse a Vernon Dursley que ele teria que sair mais cedo do que o esperado para ajudar no evento, seu tio assinou o termo de permissão imediatamente.

A carta, escrita pela rigorosa mas gentil Professora McGonagall, explicava tudo. Ele deveria ir ao Beco Diagonal para comprar o material escolar anual e depois ir para Hogwarts. Lá ele seria colocado para trabalhar como guia turístico para os alunos do primeiro ano, respondendo perguntas e mostrando como navegar pelo castelo sem se perder, algo que aconteceu com Harry e seu melhor amigo no primeiro dia. Assim que os três dias de orientação terminassem, ele estaria livre para passar as próximas duas semanas se preparando para as aulas e aproveitando o terreno da escola.

Como se isso não fosse uma notícia boa o suficiente, Harry recebeu cartas de seus melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger, menos de uma hora depois de conversar com seu tio. Ambos estavam chegando mais cedo. Hermione incluiu uma longa lista de coisas que ela queria mostrar aos primeiranistas, enquanto Ron deixou claro que sentia falta da comida no Salão Principal. Ron até disse que seu pai ficaria feliz em pegar Harry (ele conseguiu um novo carro trouxa) para ir com eles ao Beco Diagonal e depois à estação de trem. De lá era apenas uma viagem de trem até Hogwarts.

Edwiges, sua coruja de estimação, piou de sua gaiola. Harry olhou para cima, sorrindo para ela. Normalmente, sua tia e seu tio o proibiam de deixá-la sair (chamando-a de nomes afetuosos como "aquele maldito pombo"), mas em sua alegria ele abriu bem a porta da gaiola. Ela voou duas vezes pela sala e uma vez pela janela aberta antes de pousar no ombro de seu mestre e mastigar sua orelha de brincadeira.

"Amanhã, Edwiges." Harry sabia que não havia nenhuma razão real para ele fazer as malas tão cedo (ele tinha até amanhã à tarde antes que o Sr. Weasely o buscasse), mas sua excitação era tanta que ele não conseguia ficar parado. Cada vez que fechava os olhos podia ver o castelo de Hogwarts. Ele se imaginou voando alto enquanto caçava o Pomo de Ouro, ou andando com seus amigos pelas paredes labirínticas da escola, ou rindo de outra pegadinha de Fred e Jorge Weasely.

Entretanto, enquanto continuava arrumando suas vestes e pertences, de repente ele se sentiu estranho. Ele distraidamente esfregou a cicatriz, perguntando-se se esse era o problema. Várias vezes nos últimos dois anos, sua cicatriz queimava dolorosamente sempre que um bruxo das trevas, especificamente Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, estava por perto.

Havia uma razão para isso. Quando Harry era muito jovem, seus pais foram mortos pelo bruxo mais malvado que já existiu, Lord Voldemort. O vilão era tão temido pelo mundo bruxo que poucos ousavam falar seu nome, referindo-se a ele apenas como "Você-Sabe-Quem" ou outros títulos semelhantes. Durante anos, o bruxo malvado aterrorizou o mundo mágico, trazendo morte, destruição e magia negra onde quer que ele e seus seguidores, os Comensais da Morte, fossem.

Por razões que ninguém sabia, Harry foi o único membro da família Potter que o Lorde das Trevas não conseguiu matar. Ele desapareceu pouco depois, embora estivesse sempre em busca de maneiras de voltar ao poder. O primeiro e o segundo ano de Harry na escola provaram isso. O fato de ele ter sobrevivido a um ataque direto do bruxo malvado tornou Harry famoso, e muitos se referiam a ele como "O Menino que Sobreviveu".

Mas ele percebeu, depois de alguns momentos de tensão, que sua cicatriz estava bem. Qualquer que fosse o sentimento estranho, não tinha nada a ver com Voldemort. Mas ele se sentiu mal, por completo. Foi como sentir uma corrente de ar gelado soprando em uma sala quente. Uma inexplicável sensação de mau presságio tomou conta dele. Ele sentou-se na cama e a sensação passou. Edwiges, ainda em seu ombro, gritou calmamente, preocupada.

"Estou bem, Edwiges." Ele sorriu para tranquilizar seu pássaro, que deixou seu ombro para ir sentar em cima da gaiola. Harry se levantou e começou a fazer as malas novamente, tentando recuperar a excitação que sentira apenas um minuto antes.

Mas ele não conseguia se livrar de sua inquietação. Essa sensação foi estranha. Parecia um aviso de que algo estava por vir. Algo...mal.

Ele balançou sua cabeça. Ele estava sendo ridículo. Ele provavelmente sentiu uma corrente de ar vindo da janela aberta. Ele voltou a fazer as malas, olhando com saudade para sua vassoura antes de fechar o malão. Ele sabia que as próximas duas semanas seriam algumas das melhores de sua vida. Nada menos que o Lorde das Trevas poderia mudar isso.