9 - Jamie volta dos mortos.

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Jack não conseguia lembrar do que ele tinha sonhado, mas de repente seja lá o que era se transformou na memória da última Páscoa: Breu e seus Pesadelos roubando as fadas do dente. Os gritos delas eram tão claros na mente de Jack, que era como se ele realmente os estivem ouvindo de novo. E então ele percebeu, ele estava mesmo ouvindo eles de novo.

Ele acordou com um grito, porque alguém estava puxando seu cabelo. Ele olhou ao redor incrédulo, e então ele viu a Fadinha, voando na frente do seu rosto. Ela estava chilreando uma milha por segundo, rápido demais pra Jack entender alguma coisa. Mas uma coisa era certa: algo estava terrivelmente errado.

Imediatamente, os olhos de Jack foram até Jamie - mas ele não estava lá.

Ele não lembrava de se levantar, mas no momento seguinte ele agarrou seu cajado e avançou pela porta. Ele quase pulou direto da varanda, mas se impediu no último segundo quando a Fadinha gritou pra ele parar. Ele xingou e saiu pulando os degraus invés disso.

"O que aconteceu?" ele gritou pra Fadinha enquanto corria montanha abaixo, tentando não escorregar na grama molhada.

Fadinha tentou responder mas ela estava muito em pânico pra conseguir fazer algum sentido. Ela continuou voando a frente, gritando pra que ele a seguisse e se apressase. Jack xingou a Lua, e o fragmento do tempo, e até a si mesmo - qualquer um que fosse o culpado por ele perder os poderes. Ele era muito lento.

Ele escorregou várias vezes em seu caminho pra baixo, arranhando seus joelhos e pés descalços, mas ele ignorou a dor e não parou por nada. Logo ele estava correndo pela vila mal iluminada e silenciosa.

A Fadinha continuava chilreando pra ele, rápido e incompreensível.

"Você tem que falar mais devagar Fadinha, eu não sou fluente em Fad-ai!"

Do nada, uma pessoa veio correndo do canto de uma cabana, e Jack não teve tempo pra desviar. Ele colidiu direto com a pessoa, forte o bastante pra derrubar os dois. Jack soltou o cajado para impedir que sua cabeça batesse no chão usando suas mãos. Dor subiu pelo seu braço esquerdo.

"Mas que-" a outra pessoa começou, indignada. Era uma voz de mulher, e levou alguns segundos pra Jack perceber a quem ela pertencia.

Ele rolou pra longe, buscando seu cajado. Uma vez que ele o tinha em sua mão de novo, ele ergueu o olhar pra ver Astrid se levantando, usando uma expressão incrédula e muito irritada.

"Jack?" ela sibilou. "O que você-"

"Jamie," Jack disse, se levantando e ignorando a dor em seu pulso. "Jamie sumiu."

A Fadinha chilreou pra ele correr, e Jack a seguiu sem esperar pela reação de Astrid.

"O quê?? Jack!!" Astrid gritou. Ela rapidamente o alcançou, agarrando seu braço e o fazendo parar. "Do que você tá falando?? Nenhum dos patrulheiros viu-"

"Ele sumiu!!" Jack gritou, fazendo Astrid erguer as sobrancelhas, surpresa. Ele tentou ouvir o chilreado da Fadinha, balançando a cabeça pra limpar sua mente. "Ele- Ele veio por aqui. Ele estava com- Espera." Ele enviou um olhar pra Fadinha. "Caçado por um o quê?"

Fadinha chilreou desamparada.

Astrid estava olhando pra ele como se fosse louco. "O que você tá dizendo?" ela sibilou.

Ser visível realmente tinha seus lados ruins.

"Eu tenho que encontrá-lo," ele disse à Astrid, já se afastando dela. "Ele está na floresta em algum lugar. Ele- Ele tem que estar."

Astrid não pôde fazer nada além de seguir Jack quando ele saiu correndo de novo, ignorando-a quando ela tentou pará-lo. Ela gemeu e acelerou pra alcançá-lo.

Dos Ventos e Céus do Norte (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora