Maybe there are colors in my life

Capítulo 11

Capítulo onze:

–– O que foi dessa vez ?

–– Um dos seguranças do Juan veio na nossa direção, mas desviou e foi pra outra rua, não nos viu!

–– Tem certeza?

–– Absoluta!

–– Enfim, o histórico desse colombiano com a noiva não é bom, já aviso, a Lia realmente esteve grávida dele, mas perdeu, alguns dizem que foi porque ele agrediu ela após não ter feito algo que ele mandou, porém o caso foi sufocado e é difícil encontrar nóticias sobre.

–– Sufocado?

–– Foi publicado em um jornal, em questão de horas foi apagado, duas semanas depois publicaram uma nota dizendo que o autor da publicação tinha sofrido um assalto e infelizmente não resistiu, em um mês decretaram falência.

–– Okay, faz quanto tempo isso Glória?

–– Vai completar três meses daqui a dois dias.

–– Por que ele insiste em dizer que vai ser pai e que o filho dele já está perto de nascer? –– Anita franze o cenho concentrada.

–– Glória, a Carmen foi vista duas vezes perto do orfanato, uma ontem e outra hoje, se encontrando com o Juan.

–– Estranho isso, quando você foi se encontrar com ela essa mulher tinha dito que nunca mais teve contato com ninguém envolvido com o Matias, a não ser..

–– A não ser que ela tenha mentido e faz parte da organização, puta que pariu Glória!

–– Verô ela trabalha em um comércio de bairro em São Paulo, como é que isso pode ajudar a organização?

–– Anita, quando levavam as crianças pro orfanato, era de todas as idades ou tinha uma restrição?

–– Era todas as idades, tinha um espaço para os bebês, crianças pequenas e assim por diante.

–– Verônica, o que você quer dizer com isso?

–– O que eu quero dizer é que justamente por ela ter um comércio de bairro, facilmente poderia arrumar um jeito de ajudar a organização a conseguir mais crianças ou você acha que a polícia vai se preocupar com um bairro pequeno ou com um comércio?

–– Faz sentido o que você disse, só precisamos de uma confirmação.

–– Eu sei como conseguir!

–– Verônica não ouse se aproximar dessa mulher, a última coisa que precisamos é saberem que você está no Rio, inclusive vocês estão com o mesmo carro?

–– Não Glória, no primeiro dia eu coloquei uma placa falsa no carro, mas estamos alugando, cada um uma marca diferente, cada um em um lugar diferente, pagando no dinheiro e usando diferentes nomes.

–– Ótimo, mas mesmo assim um carro parado a horas no mesmo lugar causa estranhamento.

–– Não tem câmeras na rua e tem um mercado aqui perto movimentado, ninguém olha para essa parte, a gente está literalmente na esquina.

–– Mesmo assim, com essa gente temos que pensar cinquenta, cem vezes em tudo o que fazemos pra não dar brecha.

–– Glória você consegue uma escuta na forma deste colar que vou te enviar a foto?

–– Vou ver e te respondo, tchau meninas!

–– Tchau Glória! –– Pronunciam em uníssono.

–– Verô, por que você quer isso?