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O beijo começou lento, mas rapidamente foi ganhando intensidade. Stenio a beijava tentando manter o controle de si mesmo, pois sabia que a qualquer momento, ele sairia da linha.

Porém, enquanto ele estava tentando manter o controle de si mesmo, Heloísa tentava intensificar o beijo. Ela queria causar, aprontar com ele. Não gostou da atitude do homem de tê-la puxado para um beijo, por isso, ela logo pediu passagem para a sua língua invadir a boca dele.

O homem que tentava controlar essa batalha intensa, não conseguiu e deixou que a mulher tomasse o controle do beijo. Ela logo passou a sua língua para a boca dele, travando outra batalha intensa.

A mulher até conseguiu dominar o beijo totalmente, e o transformando em calmaria, mas o homem também queria ter o controle do beijo, porém, sabia que não conseguiria isso nem tão cedo.

Então, ele tirou a sua mão que estava nuca dela e a levou para a cintura da mulher formando um abraço entre eles e deixando que ela ficasse apertada para não sair dos seus braços.

A mulher sentiu o aperto dos braços dele em volta da sua cintura, tentou se afastar do investigador e o homem não a deixou. Logo, ela sabia que estava completamente sem saída, pois como que sairia dos braços dele, já que o homem estava a apertando?

Ela não sabia, mas daria um jeito de sair dali o mais rápido possível. Ela queria se libertar dos braços dele, pois não gostaria de saber o que poderia acontecer com apenas esse beijo.

Então, aos poucos, as bocas foram se afastando, distribuindo selinhos ao se separarem totalmente e eles acharem isso que acabou de acontecer completamente estranho.

Eles se olharam e viram o que acabaram de fazer.

Eles se beijaram.

Para eles que há tempos atrás, eram completamente estranhos e que não se falavam a não ser nas suas trocas de provocações e algo relacionado ao trabalho.

“ Definitivamente, isso não deveria ter acontecido”, ambos pensaram com os olhos presos um no outro e percebendo a merda que fizeram juntos.

Para disfarçar, a mulher se afastou dele, deixando uma tapa em seu rosto devido o que eles acabaram de fazer.

— Aiiii! Essa sua tapa doeu, viu doutora. — O homem disse colocando a mão no lado do rosto que recebeu uma tapa dela.

A mulher, que mesmo tivesse se afastado, olhava para homem que estava com a mão em seu rosto após a tapa que recebeu dela, ela queria deixar um sorriso sair do seu rosto.

Ela queria sorrir, rir e debochar dele, pois o homem a puxou mais cedo e a tapa foi merecida. Bom, na verdade, não foi totalmente merecida, mas ele mereceu após ter falado que ela não deveria ter tentado ajudá-lo, mas acabou se metendo no trabalho e ouvindo gritos dele, que terminou em um beijo intenso.

Ela sabia que não era para se meter no trabalho dele — já que o homem não gostava —, mas a mulher só estava tentando ajudá-lo e, ao mesmo tempo, provocá-lo, pois a mesma adorava esse tipo de jogo.

— Era para doer mesmo. — Ela respondeu seca. — Não mandei ninguém me beijar à força! — Ela disse virando-se em direção a sua mesa, mas sentiu a mão dele a puxando novamente e ficou de frente para ele mais uma vez.

A sua respiração, automaticamente, começou a acelerar. Ela não gostaria de saber o motivo, mas já queria que ele saísse dela o mais rápido possível.

— Me solta, Stenio! — Ela disse olhando para a mão do homem, que a segurava firme.

— Calma, doutora Heloísa, eu vou soltá-la, mas antes, quero que me responda mais uma pergunta. — Ele disse assim que a mulher olhou nos seus olhos e mostrando a fúria que sumiu após o beijo, mas já estava ali novamente.

THE NIGHT SECRET| HSOnde histórias criam vida. Descubra agora