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O dia havia amanhecido ensolarado. Os raios solares adentravam no cômodo de uma gigantesca mansão e fizeram com que o homem de cabelos cacheados e grisalhos acordasse depois de uma noite inteira de farra.

Hoje era a segunda segunda-feira do mês de fevereiro e consequentemente a temporada de verão estava acabando. As pessoas tinham ido à praia tomar banho de sol e aproveitar a água salgada do mar ou elas foram para a piscina nadar em águas extremamente frias para matar o calor que estava fazendo na cidade. Ele queria ter aproveitado mais, mas como estava organizando suas coisas para o seu novo local de trabalho, não pôde aproveitar como havia planejado.

As luzes do sol o acordaram após ter ido dormir tarde e relaxado depois de uma noite de intenso prazer. Automaticamente, ao abrir os olhos, ele percebeu que as cortinas estavam abertas e os raios solares estavam no seu rosto, e fizeram com o seu mau-humor matinal se fizesse presente antes das 08 da manhã.

Ignorou a presença feminina que estava dormindo ao seu lado da cama, ele se levantou e partiu para o seu banheiro para tomar um banho, que tentasse diminuir a sua ressaca que estava o matando.

Ao terminar o seu banho, ele sentiu sua cabeça começar a perfurar - um dos efeitos do pós-bebedeira de ontem. Ainda no seu banheiro, ele abriu a torneira e levou as suas mãos molhadas à água corrente novamente e logo em seguida, levou uma delas para a sua testa e a outra para a sua nuca, na tentativa de aliviar o seu mau-humor e ressaca.

Ele respirava fundo para lhe auxiliar na busca de tranquilidade às 07 da manhã. Mesmo que estivesse um pouco sem tempo, mas como havia ido dormir tarde como consequência chegaria um tanto quanto atrasado no seu novo trabalho. Isso lhe frustrava, pois, se tivesse passado a noite na sua mansão e não tivesse ido se encontrar com os seus amigos para beber, nada disso estaria acontecendo.

Após terminar de fazer esse ritual e vendo que nada disso adiantou, a dor ainda persistia e o seu mau-humor não foi embora, ele saberia que teria que tomar algum comprimido para aliviar a dor da ressaca, mas o seu mau-humor só sairia quando estivesse mais calmo.

Aproveitou que o seu mau-humor não passou, pegou o seu secador para secar os seus fios cacheados e formosos, que estavam molhados e bagunçados. Secou os fios e os deixou arrumados para que pudesse deixar esse mal-humor de lado.

Ele saiu do banheiro com uma toalha enrolada em sua cintura e caminhou pelo seu quarto, indo em direção ao seu closet.

Quando chegou lá, buscou por uma de suas camisas sociais pretas e uma das suas diversas calças em alfaiataria na mesma tonalidade. Retirou uma das diversas que tinha e logo em seguida vestiu-se para poder ir ao seu novo local de trabalho.

Assim que estava pronto, saiu do closet e logo em seguida, do seu quarto deixando a figura feminina dormindo em sua cama.

Ele desceu as escadas quando ouviu uma voz feminina, que estava lhe chamando. Mesmo que estivesse com uma dor de cabeça avassaladora e um mau-humor que estava o matando, ele nunca ignoraria essa mulher, pois ela era como um porto para si.

— Bom dia, senhor Alencar. — A senhora disse indo ao encontro do mesmo após descer o último degrau das escadas e parando perto de uma poltrona preta.

— Bom dia, dona Clara! Como passou a noite? — Ele disse sorrindo, com o tom de voz rouco e indo abraçá-la logo em seguida.

Ele a considerava como uma segunda mãe, pois a sua progenitora mal tinha tempo para criá-lo e educá-lo, pois preferia trabalhar do que cuidar de seus  filhos.

Stenio era o segundo filho da linhagem de 5 filhos que os seus pais tiveram. Sendo assim, ele e o seu irmão, Roberto, foram praticamente criados por aquela mulher, e ele tinha um carinho e respeito muito grande por ela.

THE NIGHT SECRET| HSOnde histórias criam vida. Descubra agora