Capítulo 80

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Ponto de vista: Carolina

CHEGOU O GRANDE DIA!!

Só temos uma coisinha, vou ter de contar a tal novidade e eu ainda não faço ideia como.

Ainda ninguém sabe, tirando, a Rita e a Maria né, mas de resto zeroo
Quero ver como me vou dar com isto, claramente hoje penso que só vai saber o João, mas tudo depende da sua reação e tals.

...

Já estávamos no local aonde nós íamos vestir, e eu precisava mesmo de contar a novidade ao João, a minha ansiedade não permitia aguentar mais um tempo.

Fui ao encontro do meu pai, pois ele estava por ali e não havia mais ninguém no momento

Eu: Pai, eu preciso de falar com o João!

Otamendi: Podes bem falar depois - tá a gozar né, claramente.

Acho que me esqueço por micro segundos que ele nem sonha das coisas. Respiro bastante fundo e ele olha pra' mim.

Eu: Mas...tem de ser agora

Otamendi: Mas vocês não se podem ver antes do casamento - merda, merda e merda já!

Eu: Mas eu preciso pai!! - insisto e ele bufa.

Otamendi: É assim tão importante, que não podes contar depois da cerimónia. - afirmo com a cabeça. Ele saí dali.

Não acredito que me deixou ali do nada.
Vejo vir a Rita e a Maria em minha direção, não faço ideia já aonde tinham ido
Já esqueci tudo, ele tem de me deixar contar

Rita: Respira - diz-me. - Nós ouvimos

Maria: Ele vai-te deixar.

De repente vejo o meu pai a puxar o João pela mão, rapidamente os meus olhos são tapados e eu não o consegui ver bem, portanto tudo certo.

Meto-me atrás da porta e o João do outro lado, ficámos ambos encostados mas em lados diferentes.
Parecia filme de drama mas ok, dispenso pensar coisas parvas agora.

Foca-te Carolina!!

Respiro fundo e tento falar. Não consigo com tanto nervosismo.

Sabia que estávamos ali apenas eu e ele, deram nos esse momento.

Neves: Que se passa? - respondo, não sei.

Eu: João..

Neves: O meu nome - ri-se.

Parvo!! Se ele soubesse tava bem mas era caladinho, mas ele vai ficar e eu depois vou-me rir
Na verdade, de certeza que não mas pronto, vamos continuar com a nossa mentirinha

Eu: É assunto sério João Neves! - nunca o costumo chamar desta maneira, acho que entendeu a coisa.

Neves: Conta-me, anda lá carol!

Eu: Estougrávida.. - digo super rápido, nem faço mínima ideia se entendeu.

Cada vez fico mais nervosa e eu só queria o abraço dele para me acalmar porque é assim que funciona sempre.

Neves: Estamos encostados a uma fucking porta, e tu ainda te metes a brincar com merdas Carolina - mano, é verdade rapaz de deus, a porta eu parti-a se pudesse mas não o posso fazer querido.

Eu: Tou a sério - digo - Achas que eu ia brincar com estás coisas a uma hora destas - ouço-o suspirar - Nunca João, nunca! - irritei-me.

Queria chorar e não podia.
Engoli em seco.

Neves: Tas nada..e tem calma - Faço silêncio, para ver se ele entende realmente as coisas - Tas mesmo?? - perguntou noutro tom de voz, mais preocupado e nervoso.

Entendo porque claramente estamos enconstados a uma porta sem nós podermos ver se quer.
Não queria contar assim mas aqui estamos nós. Eu já nem sei o que é pior ou melhor neste momento.

Acabo por me esquecer que estávamos apenas atrás de uma porta e afirmo com a cabeça mas rapidamente respondo com um "sim" para ele ouvir.

Ele suspira, eu fico com medo do que vá dizer, foi tudo repentino e eu não sei.
Apatece me chorar mas controlo-me pois já estava pronta praticamente.

Eu: Não dizes- - ele corta-me a frase que eu estava prestes a dizer.

Neves: Calma, estou em modo processo - rio-me, ele acaba por fazê-lo também. Acho que alívio o clima que ali se mantinha um pouco ainda. Choque, normal.

Eu: Não precisas de dizer nada... - digo, pois ele estava calado, provavelmente sem saber o que dizer. Entendo.

Neves: Preciso sim! - diz - Achas o que? Que não vou aceitar esse filho - faz uma pausa - Ou filha - ri-me baixo - E que te vou negar ou mandar fazer algo? - faz tipo de uma pergunta.

Eu: Não sei. - claramente fui um bocado idiota neste momento.

Neves: Deixa de ser parva! Apenas estou em choque, isto vai passar quando te abraçar. - diz eu sorrio, sem ele ver, claro - Agora vamos voltar aos nossos lugares, preciso de um pouco de água e ar. - diz e eu suspiro.

Eu: Precisámos do mesmo então - ele ri-se e sinto que se afasta da porta.

Eu suspiro mais uma vez e sento-me no sofá à espera que elas volte.

Compreendo que precise de respirar e tals, foi lhe tudo contado rápido mas espero que não pense merda ou faça. Realmente tenho medo, receio, pois eu sou assim
Sempre fui e penso que não chegue a mudar, foi uma coisa bastante inesperada e algo que eu sempre tive receio como sei que muita gente também o tem, o que é o normal.

Ponto de vista: Neves

Claramente não contava com aquilo assim de repente. Assim, sabem.

Voltei para a sala, por assim dizer, e lá estava o António, que já se mantinha lá antes de eu sair.

António: Que cara é essa puto? - só ouvi isto, desmaiei.

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Mais ummm, só porque eu gosto muito de vocês e é natal hehe

🤍







ODEIO-TE TANTO, QUE AGORA, TE AMO ➥ JOÃO NEVES Onde histórias criam vida. Descubra agora