OS REENCONTROS

Capítulo.2

— Os dois dirigem-se a uma parte menos movimentada e mais tranquila do camarote. Dulce observa-os com curiosidade, intrigada com esse assunto "particular".

Anahi: O que foi, Poncho? Aconteceu algo? — pergunta curiosa.

Alfonso: Quero entender qual é o seu problema comigo. Essa implicância não faz sentido. — responde sério. Anahi solta um risinho e revira os olhos.

Anahi: Sério mesmo? Você me tira da festa por isso. Ah, por favor! — diz bufando e virando-se para ir embora, mas Alfonso segura seu braço por trás, pausando para admirar as costas delicadas de Anahi.

Naquele momento, algo diferente surge em Alfonso, uma sensação inédita após meses de gravação. Seria atração? Ele questiona a si mesmo. No entanto, seu transe é interrompido pelo grito de Anahi. Ele se recompõe, afastando a sensação, olhando diretamente nos olhos dela, que agora o encara com hostilidade.

Alfonso: A sério, essas brigas são insuportáveis. Podemos nos dar bem, como nas filmagens. — Usa um tom mais suave, surpreendendo Anahi.

Anahi: Primeiro, você não vai soltar meu braço? — Pergunta, observando a mão dele que ainda a segurava.

Alfonso: Desculpe! — Sorri timidamente, soltando-a rapidamente.

Anahi: Não tenho problema contigo. — Suspira, mostrando impaciência, mas tentando manter a civilidade. — Meu inconveniente é como você trata minha amiga, isso me irrita. — Eleva o olhar até o dele, fixando-os novamente.

Alfonso: Se você não se intrometer, o problema está resolvido. — Diz irônico, provocando um olhar furioso dela, que o faz recuar. — Brincadeira, brincadeirinha... — Tenta descontração sem sucesso. Anahi estava prestes a interrompê-lo, mas ele se antecipa. — Antes de me xingar, escute só, ok? — Ela suspira com raiva, assentindo. — Não adianta ficar brava se a Dulce se reconcilia. Não vale a pena atrapalhar nosso trabalho de "namoradinhos". — Brinca. Anahi reflete por alguns segundos. Por mais difícil que seja, ele tem um ponto.

Anahi: Concordo, você tem um pouquinho de razão. — Admite rindo. — Paz? — Pergunta, estendendo a mão para um aperto. Alfonso se aproxima, ameaçando um aperto, mas surpreende-a ao puxá-la para um abraço apertado, respirando seu perfume. "Muito cheirosa", ele pensa. Apesar de relutante, Anahi retribui o abraço, apoiando a cabeça no peito de Alfonso, uma sensação confortável.

Alfonso: Amigos fazem as pazes assim. — brinca, separando o abraço. — Pode voltar para suas amigas, elas estão curiosas. Não param de olhar! — Alertou.

Anahi: Gostei de estar bem com você. Agora vou, Ponchito. — Se despede, caminhando de volta para as amigas, que pareciam impacientes.

Alfonso observa-a indo embora, incapaz de desviar os olhos de suas costas nuas. Paralisado, absorve cada detalhe, como se estivesse em transe, hipnotizado por sua beleza. Apesar da deslumbrante aparência de Anahi, algo nela o confunde, pois nunca tinha sentido uma "maldade". Seu transe é cortado por uma voz chamando seu nome.

"Poncho? Ou Poncho?"

Alfonso: OI! OI! — Responde assustado. Christopher aparece de repente ao seu lado, sem que ele notasse.

Christopher: Acorda, cara! O que estava olhando? — Pergunta curioso.

Alfonso: Nada, só estava pensando. — Desconversa.

Christopher: Nem sabia que você pensava. — Ri. Alfonso revira os olhos, bufando. — Então, o que acha da Any? — Questiona.

Alfonso: Eu? Nada! Ué — Responde rápido, meio nervoso. Por que diabos ele menciona Anahi logo após observar suas costas? Será que notou algo? — É... Por quê? — Pergunta ansioso.