Capítulo.6

95 11 2
                                    


"corta"

O som ecoava nos ouvidos de Anahi e Alfonso, que inicialmente o ignoraram. Contudo, em seguida, obedeceram, embora seus corpos parecessem relutantes em se separar. Seus lábios se afastavam lentamente, enquanto um silêncio constrangedor se instalava entre eles.

Diretor: Parabéns, vocês arrasaram. Pedi um selinho apaixonado e ganhei um beijo digno de cinema. — comemora. — Quem visse de fora nem imaginaria que era uma cena ensaiada. — ainda celebrava, fazendo Alfonso arregalar os olhos.

Alfonso: Tudo pela arte. — ri sem jeito, analisando Anahi que ainda processava a situação. Ele se aproxima, com uma expressão surpresa. — Está tudo bem?

Anahi: Sim. — responde de forma direta, sem demonstrar emoção alguma.

Alfonso: Então, por que está com essa cara? — pergunta preocupado.

Anahi: Bonita? — pergunta sarcasticamente. — É natural, nasci assim. — ironiza.

Alfonso: Eu gostaria de entender. Sempre que algo te incomoda, você recorre ao sarcasmo. Não seria mais fácil ser sincera? — pergunta sério, aliviado, mas ao mesmo tempo incomodado com a falta de franqueza.

Anahi: Nossa! Estou normal. Só fiquei em silêncio; isso seria motivo para tanto drama? — responde com tom irônico.

Alfonso: Você nunca está quieta. — rebate no mesmo tom irônico, e ela ri.

Anahi: Seu beijo me pegou de surpresa. Como posso dizer... — diz irônica. — me deixou sem palavras! — ri, deixando-o confuso — Mas da próxima vez que decidir me beijar desse jeito, avise antes. Não gosto de surpresas! — diz séria, piscando o olho.

Alfonso: Então, não estás chateada? — pergunta receoso.

Anahi: Não! Eu sei que foi impulsivo, a cena ficou mais autêntica com o beijo natural. Adoro improvisações, mas beijos podem ser acertados previamente, certo? — disse com tranquilidade — assim posso improvisar melhor. — comentou rindo, provocando um riso nele também.

E assim se desenrolaram as cenas seguintes, com improvisações de beijos, falas e ações, construindo uma intimidade em cena e um verdadeiro companheirismo. Roteiristas, câmeras, diretores e até produtores adoravam filmar com eles; era simples, rápido, sem muitas repetições, criando um ambiente descontraído. A química intensa que transmitiam fazia-os parecer verdadeiramente Mia e Miguel.

Diretor: Parabéns, pessoal! Vocês foram incríveis. Sempre é bom trabalhar com vocês! — disse sorridente, dando um tapa leve nas costas de ambos antes de sair. Anahi e Alfonso apenas riram.

Anahi: Cada vez estamos melhorando. — disse contente, adorava os elogios, especialmente no trabalho. Sempre a perseguiram, o que a tornava mais insegura, fazendo-a se arriscar pouco.

Alfonso: Você está melhorando, eu sempre fui ótimo. — disse convencido, e Anahi devolveu com uma careta. — Brincadeira, é realmente bom trabalhar contigo, me sinto leve, dá para ousar mais.

Anahi: Posso te confessar uma coisa? — perguntou tímida, Alfonso assentiu com um sorriso ansioso. — Não se ache, mas você está devolvendo minha confiança em cena. Todas essas perseguições da mídia me fizeram questionar se sou realmente boa... e você tem me ajudado. Obrigada por isso. — disse tímida, com um leve sorriso no final, abaixando a cabeça sem jeito.

Alfonso: Ei. — disse repreendendo, segurando em seu queixo, erguendo-o. — A mídia fala de você porque é uma estrela; você vende matérias, falar de você dá audiência. Escute bem o que vou te dizer, jamais deixe eles entrarem na sua mente. Você é uma das melhores, se não a melhor! — afirmou.

OS REENCONTROS Onde histórias criam vida. Descubra agora