Capítulo.22

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Alfonso: Eu te... te... — ponderou cuidadosamente antes de completar a frase, consciente de que falar no momento errado poderia ser irreversível. — Te quero muito bem...

Disse, deixando no ar a sensação de que não era tudo o que desejava expressar. Anahí aguardava ansiosamente a continuação, sem saber exatamente o que pensar, mas confiante de que saberia como responder.

Anahí: Obrigado. — expressou sua gratidão, aliviada.

A ideia de que as coisas mudariam, tornava-se assustador demais para lidar naquele momento.

Alfonso: Promete para mim que nunca mais fará isso consigo mesma...? — implorou, com seus olhos verdes transmitindo medo.


Anahí: Fazer o que...? — fingiu desentendimento.


Alfonso: Você sabe, por favor, prometa que não se machucará mais. Foi assustador pensar em te perder. — suplicou, desesperado.


Anahí: Vou tentar. — prometeu, consciente da dificuldade, mas determinada a assegurar que não o faria novamente.


Alfonso: Já é um começo. — sorriu e segurou sua mão, apertando-a suavemente.


Anahí: Cuidado, estou muito fraca. — brincou, fazendo drama. O aperto dele era mais leve que o beliscão de uma criança.


Alfonso: Boba... — riu, tentando soltar-se de sua mão, mas ela o impediu, segurando firme. — Agora você que não quer me soltar.


Anahí: Não se ache por isso. — fingiu bravura.

Alfonso: Jamais. — depositou um beijo em sua testa, descendo o rosto. Ela fechou os olhos esperando mais beijos, mas ele apenas roçou seus narizes suavemente, aproveitando o contato. — Por favor, não me deixe... Juro que cuidarei de você e deixarei as brigas para trás. — prometeu.

Anahí: Duvido que consiga ficar sem brigar comigo. — disse, rindo de forma descontraída. — Mas mesmo que não consiga cumprir essa promessa, eu não vou te deixar... — assegurou, com sinceridade.


eles trocaram carícias por mais um tempo, se isolaram do mundo. Os dois eram bons nisso, quando estavam bem e juntos, esqueciam de tudo e todos, mas lá fora o mundo os esperavam ansiosos por notícias. Aquele escape não duraria muito e não durou.



Anahi: Meu Deus! Todos perceberam que eu não estava bem. — exclamou, pulando da cama e se sentando, automaticamente afastando-se de Alfonso.


Alfonso: Sim, mas não se preocupe com os outros. — assegurou, tranquilamente, acomodando-se na borda da cama.


Anahi: Como não me preocupar? Todos viram meu estado. — expressou com apreensão. Sua imagem era algo que valorizava muito.


Alfonso: Se alguém comentar, eu resolvo. — afirmou, em tom ameaçador, soltando uma risada logo em seguida. Era uma brincadeira com um fundo de verdade.


Anahi: Você não mataria nem uma mosca. — garantiu, rindo.


Alfonso: Ah, não? — questionou, encarando-a, se fingindo de ofendido. — Você vai ver!

Ela deu os ombros, com um sorriso provocador. Desafiando-o, ele começou a brincar com ela, inicialmente fazendo cócegas no pé dela, arrancando algumas risadas. Entre risos, ela pedia para ele parar, mas ele não a obedecia. O clima que se formava ali era agradável. Logo, ele desceu seu rosto até o pé dela, que exalava o perfume do hidratante que ela usava. Tinha um aroma único, indefinível... até que ele ousou morder o dedão dela. Era engraçado e um pouco estranho, mas íntimo demais naquele momento só deles.

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