OS REENCONTROS

Capítulo.10

O restante da viagem transformou-se em um desastre total. Todos estavam distraídos e apreensivos, vivendo sob o cerco incessante dos paparazzi que buscavam declarações sobre os recentes acontecimentos. Ninguém conseguiu desfrutar das supostas "férias". A atmosfera tornou-se uma tensão constante, marcada por brigas incessantes, uma mistura de fúria e tristeza, resultando em um verdadeiro caos. Para piorar, quem decidiu aparecer? Sofia ou melhor a bruxa (apelido carinhoso dado por Anahi), que teve a "sorte" de chegar no último dia. Diante desse tormento, a volta foi antecipada, acarretando em perda de tempo.

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A repercussão da cena de Christopher agredindo o repórter se espalhou por todo o México, sendo destaque nos principais jornais e revistas do país. Ele era alvo constante em programas de televisão, enfrentando diversas histórias falsas sobre sua vida. Pela primeira vez, Christopher experimentava na pele o que Anahi já vivia há anos: uma tortura constante de comentários maldosos e especulações que estavam destruindo-o.

Christopher: Não aguento mais, realmente não aguento! — desabafou com voz chorosa, os olhos marejados.

Anahi: Não se deixe abater, é exatamente isso que eles querem. — alertou, encostando seu rosto no ombro de Christopher.

Christopher: Como você suporta toda essa atenção tendenciosa? — perguntou entre soluços, secando lágrimas que escorriam incontrolavelmente.

Anahi: Com o tempo, a gente aprende a conviver. — disse, lamentando. Ver Christopher daquele jeito, um rapaz que transbordava alegria, agora tomado pela tristeza, fazia Anahi se culpar.

Christopher: Te admiro ainda mais, sabia? — expressou orgulhoso, olhando nos olhos azuis de Anahi, também cheios de lágrimas. — Eu já imaginava que era durona, mas não sabia o quanto, agora eu sei.

Anahi: Só um pouquinho. — respondeu tímida, agarrando-se ao braço de Christopher, trocando carícias.

Ficaram ali por um tempo, em seu próprio universo, enquanto tudo ao redor estava conturbado. Os corredores cheios de fofoqueiros tornavam difícil momentos de carinho como esses. Em todos os cantos, alguém podia tirar fotos de ângulos manipulados. Anahi sabia que não era possível viver assim, especialmente com Christopher, que era frágil. Ele não merecia passar por isso; esse fardo era dela, somente dela.

Anahi: Christopher... — chamou por ele, soltando seu braço e encarando-o com seriedade.

Christopher: Oi. — respondeu calmo, já um pouco melhor.

Anahi: Eu pensei muito e acho... — hesitou, causando ansiedade nele.

Christopher: Pensou? — curioso, atento a cada palavra.

Anahi: Infelizmente, vamos ter que terminar. Não aguento mais te ver assim... — soltou essa bomba, abaixando a cabeça em seguida, incapaz de encarar os olhos tristes de Christopher.

Christopher: Any, não precisa disso. Vamos superar, isso vai passar. — disse triste, tentando se aproximar, mas ela só se distanciava a cada passo dele.

Anahi: Não vai passar, só vai piorar. Eles não vão parar nunca. — avisou frustrada, não aguentando mais segurar as lágrimas.

Christopher: Pelo amor de Deus, Any, não faz isso comigo, por favor. Amor... — implorou, quase se ajoelhando na frente dela, devastado, com o peito doendo.

Anahi: É o único jeito. Isso vai acontecer de uma hora ou outra. Eles estão te destruindo. Por minha culpa. — chorava muito, cabisbaixa, sentindo a dor.