Capítulo.4

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Christopher: Shhhhhh — faz sinal de silêncio com a boca — Fale baixo, daqui a pouco ta todo mundo do hotel sabendo.

Alfonso: Que você é cabaço? — diz rindo, — Desculpa cara, não aguentei — continua rindo, sem acreditar.

Christopher: Ri mesmo, debocha. Obrigado! — disse, entristecido.

Alfonso: Não tô rindo da sua cara — mentiu, estava sim, achava hilária aquela situação.— só que é difícil de acreditar.

Christopher: Eu tenho 17 anos, sou o mais novo. — rebate, deixando Alfonso pensativo, esquecia completamente de sua idade. — quase 18..

Alfonso: E nunca fez nada? Nadinha? — questiona ainda sem acreditar.

Christopher: Bom! Já! Eu não sou virgem, quer dizer, mais ou menos. Entende? — diz aflito. Alfonso nega com a cabeça, não entendia absolutamente nada. — com minha ex eu fiz preliminares e tecnicamente não sou virgem. Porque... Eu... — Pausa a fala.

Alfonso: Você? — Angustiado.

Christopher: Então. — enrola nervoso — Já transei! Eu era virgem e ela também, eu não sabia fazer nada e muito mesmo ela, foi uma bagunça. Na hora do vamos ver, depois de muitas tentativas de penetração, eu gozei tão rápido.. — lamenta, relembrando. Alfonso cai na gargalhada, não se aguentava.

Alfonso: Desculpa cara, você ta me dizendo que tu é ligeirinho? — fala entre gargalhadas altas, chorava de tanto rir.

Christopher: Vai se foder Alfonso. — se exalta, tacando o travesseiro na cara dele.

Alfonso: Foi mal. — diminui as risadas até parar totalmente, respira fundo se recompondo. — isso acontece sempre? — pergunta sério.

Christopher: Não sei, só tentei essa vez! Um dia depois a gente terminou, ela se sentia culpada por ter feito antes do casamento, era bitolada com coisas da igreja. — Alfonso o encarava sem acreditar, não sabia o que o impressionava mais, o fato do quase virgem ou a crente desvirginada. — Estou com medo de falhar com a Anahi, apesar de na prática eu não ser virgem, teoricamente eu sou, entende? — diz tenso.

Alfonso: Entendo! Você é novo, fica calmo. — tenta tranquilizar. Christopher balançava a perna sem parar com ansiedade. — Toda a primeira vez é uma merda, para ambos, seja homem ou mulher. — disse em um tom acolhedor.

Christopher: Eu sei, mas eu não posso decepcionar hoje, não posso. — rebate nervoso.

Alfonso: Se acalme, primeiro você tem que ir tranquilo, deixa ela conduzir. — Aconselha. Estava desgostoso em dar conselhos, porém sua lealdade falou mais alto.

Christopher: Vou tentar, me dá uma camisinha aí? — pede tímido. Aquilo já era um afronte, Alfonso apenas assentiu com a cabeça.

*

Era noite, Anahi estava se arrumando para receber Christopher, usava um baby doll curto, vermelho de cetim com renda nas pontas, seus cabelos loiros escuros estavam soltos e devidamente escovados, havia feito uma maquiagem bem leve, com brilho nos lábios. As meninas já saíram, o quarto estava finalmente livre, só Christopher que demorava, para angústia de Anahi.

Anahi: Será que ele não vem! — pensa em voz alta.

Christopher se encontrava no lado de fora da porta do quarto de Anahi, já fazia umas meia hora, andando de um lado para outro. Roendo as unhas, em silêncio, completamente apavorado. Não sabia se batia na porta ou se corria para seu quarto, pensou em inventar alguma desculpa e ganhar tempo, mas também tinha medo de perdê-la. Era uma pressão enorme, com mil dúvidas e nenhuma solução imediata. Quando de repente a porta se abre, dando de cara com a própria.

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