Capítulo.26

212 10 10
                                    







A voz feminina, nasalada, junto ao estrondo da porta, fez com que eles se sobressaltassem, interrompendo o beijo abruptamente e se afastassem. Aquela voz... Era inconfundível, ainda mais porque a pessoa sabia exatamente quem estava ali. Anahi só havia contado a duas pessoas, e apenas uma delas tinha uma voz nasalada. Era a Dulce.





Dulce: Qualquer...? Que barulho foi esse? Vou entrar — ela informou, preocupada, girando a maçaneta na tentativa de abrir a porta. Os dois, percebendo o que estava prestes a acontecer, entraram em desespero silencioso. Afonso então pressionou Anahi contra a porta, impedindo a entrada de Dulce. –Qualquer????? A porta estava aberta agora. — Seu tom carregado de preocupação.


Afonso: Diga algo!! — Ele sussurrou, movendo os lábios sem emitir som. Anahi leu seus lábios e assentiu.


Anahi: É... é, estou bem! — Gaguejou, tentando pensar em uma resposta rápida. — Só... só estou com cólicas, não quero que você veja como estou. — Mentiu, tentando disfarçar. Alfonso riu, irritando-a, e ela deu um chute nele.


Afonso: Ai! — Ele deixou escapar um gemido de dor involuntário. Anahi logo tampou sua boca para abafar o som.


Dulce: Se machucou? — Ela escutou o 'gemido' de dor.


Anahi: Só cólicas... — Mentiu, terminando com um riso nervoso.


Dulce: Hum... — Murmurou, desconfiada.


Anahi: Já vou sair e te encontro. Certo? —  Suava frio de nervosismo, perceptível em seu tom.


Dulce: Tem certeza de que não quer que eu te espere aqui for a? — Os precedentes da amiga com banheiros a deixava apreensiva.


Anahi: Absoluta. —  Afirmou, dispensando-a.


Dulce: Está bem... — Concordou, não muito satisfeita, saindo em seguida. Ambos soltaram um suspiro de alívio. Foi por pouco, mas esse susto fez Anahi lembrar que isso não poderia se repetir. Estavam destinados a não ficarem juntos.


Alfonso: Por pouco. —  Estava aliviado, com um sorriso largo, aproximando-se para beijá-la novamente, mas ela virou o rosto e sua boca encontrou apenas a bochecha.


Anahi: Não! — Exclamou com firmeza.


Alfonso: O que foi agora? — Perguntou confuso.

Anahi: Não é óbvio? Olha, quase fomos pegos, é um sinal! Isso é um erro, não pode mais acontecer. — Respondeu decidida, séria.

Alfonso: Perigoso, dá mais t... — Ele brincou, com um sorriso, mas não completou a frase. Anahi o fuzilou com o olhar, deixando claro que não achou graça. — Ei, calma! Eu sei que essa situação é chata, mas tudo vai dar certo no final. — Tentou tranquilizá-la, sem sucesso.

Anahi: Certo? Dulce vai parar de falar comigo e, de quebra, Christopher vai se afastar de você. No final, a RBD vai se separar porque somos vistos como traidores, egoístas. — Desabafou, com aflição em seu tom, enquanto andava de um lado para o outro no pequeno banheiro.

Alfonso: Isso me enlouquece! — Ele murmurou para si mesmo, incomodado com a inquietação dela. Então, ele pousou as mãos nos braços dela, parando-a. — Chega! Se acalme! — Pediu, de forma delicada, pegando uma de suas mãos e levando-a sobre seu peito.

Ele segurava a mão dela sobre seu peito esquerdo. Seu coração batia num ritmo acelerado, ardendo de paixão, como se quisesse saltar para for a. Ela podia sentir cada batida apaixonada através do toque da mão. Ele fazia questão de que ela testemunhasse cada pulsação que quase parecia atravessar seu peito. A única harmonia presente era o amor que ele sentia.

OS REENCONTROS Onde histórias criam vida. Descubra agora