Capítulo trinta e oito

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— Aonde estamos indo ? — Mina perguntou, porém a policial revirou os olhos e bufou

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— Aonde estamos indo ? — Mina perguntou, porém a policial revirou os olhos e bufou.

A menor achou melhor ficar quieta, se lembrando do que Younggi havia lhe aconselhado. Ela estranhou o caminho da sala de visitas não ter sido o que tomaram, porém nada disse, obedeceu calada, seguindo a policial. O fato de não ter sido algemada também lhe chamou a atenção, no entanto, quando viu uma sala bem mais clara e Jihyo do outro lado da grade suspirou aliviada.

A policial abriu-lhe a grade e ela saiu, vendo Jihyo sorrir para ela e estender algumas roupas em sua direção.

— A sala de visitas mudou? — Mina perguntou confusa, abaixando a vista para o que Jihyo estava lhe entregando. Jihyo riu alegremente e negou com a cabeça.

— Não, sua boba, você foi solta. — Jihyo disse animadamente, fazendo Mina abrir a boca e um enorme sorriso seguir o gesto.

— O quê? — Ela perguntou, vendo Jihyo assentir. A garota pulou súbitamente no pescoço de Jihyo em um abraço impulsivo, porém logo se afastou. — Desculpe. — Ela disse rindo.

— Está tudo bem. — Jihyo respondeu gentilmente com o sorriso ainda esboçado em seu rosto. — Eu trouxe algumas roupas suas, desde que você me deu as chaves de seu apartamento para isso. Vista-as, com certeza terá imprensa lá fora, eles vivem me seguindo agora que sabem que sou eu a responsável pelo seu caso. — Jihyo disse e Mina assentiu.

— Só preciso resolver uma coisa antes. — Ela disse antes de se afastar um pouco de Jihyo para colar o rosto na grade. — Hey! — Mina gritou para a policial que a levou. — Preciso buscar minhas coisas pessoais.

— A sua advogada disse que não precisava. Agora que saiu não pode voltar, precisa vir no dia de visitas.

— Como assim? — Mina indagou surpresa. — Jihyo?

— Uh, foi você que disse que não iria querer suas coisas daqui quando saísse. — Jihyo disse meio confusa, como se tivesse feito algo de errado.

— Não quero mesmo, só preciso voltar lá. Pode me ajudar com isso?

— Infelizmente não. Eu sou a sua advogada. Para visitar alguém eu precisaria pedir o caso. — Jihyo disse apenada.

— Droga! — Mina resmungou baixinho. — Vem cá. — A garota chamou a policial, que fez cara de poucos amigos, porém se aproximou da grade. — Pode me fazer um favor?

— Não estou aqui para isso. — Ela disse seriamente e Mina baixou o tom de voz, se lembrando que aquela era uma das garotas que Bora comprava, ou seja, ela gostava de dinheiro.

— Te dou dois mil dólares se mandar um bilhete para uma pessoa. — Mina disse baixinho, não deixando nem Jihyo escutar. — E no dia de visitas voltarei e darei mais dois mil se o recado tiver sido realmente dado. — A policial arregalou os olhos pela quantidade de dinheiro envolvida e assentiu com a cabeça, fazendo Mina sorrir.

— Certo. — A mulher respondeu e Mina se virou para Jihyo rapidamente.

— Pode me arranjar uma caneta, um papel e dois mil dólares? — Jihyo arregalou os olhos e Mina riu. — O dinheiro eu te devolvo no caminho, quando passarmos em algum banco. É que não estou com meu cartão e só temos caixas eletrônicos aqui por perto.

— Não sei qual é o meu limite de saque, desde que eu não tenho todo o dinheiro que você costuma ter, mas, uh, vou ver... — Ela disse e Mina assentiu agradecida.

— Vou trocar de roupa rapidinho e já volto com seu dinheiro e com o bilhete. Não demoro, não saia daí, por favor. — Mina pediu e a mulher assentiu, quase explodindo de tanto sorrir pela quantidade de dinheiro que iria ganhar.

Mina se vestiu rapidamente e suspirou diante do pequeno espelho que havia no banheiro da parte de fora da cadeia. O reflexo a surpreendeu pelo fato de um lugar tão simples não lhe afetar mais, havia aprendido a lidar com a simplicidade ali, não que antes fosse uma esnobe ou metida, no entanto, não podia deixar de reparar em certos detalhes.

Seu coração se comprimiu ao lembrar que não pôde sequer se despedir direito de Chaeyoung; ao se lembrar que não dormiria com ela mais por um longo tempo, porém ela não estava brincando quando disse que esperaria por Chaeyoung. Esperaria e nada seria capaz de mudar aquilo.

Alguns minutos foram o suficiente para Jihyo voltar com o dinheiro envolvido em um elástico e com uma agenda e uma caneta.

— Você está salvando a minha vida inteira agora, sério. — Mina disse rindo, apoiando a agenda no topo da pia antes de começar a escrever.

"Hey, meu amor, eu sei que eu deveria estar falando isso na sua frente, encarando seus preciosos olhos enquanto eles me envolveriam na infinita extensão que é a química que você transmite ao me fitar.

Eu não sabia que sairia hoje, eu juro, e como sei que tenho a namorada mais insegura do mundo quando se trata do nosso futuro (pausa para risos e um beijinho imaginário na pontinha do seu nariz) decidi te escrever.

Preciso que saiba que eu vou morrer de saudades do seu cheirinho enquanto me abraça, dos seus carinhos involuntários pela madrugada e das madrugadas em claro (Já estou com saudade dessas, se é que me entende).

Eu não tive escolha, mas eu não menti quando disse que irei te esperar. Na próxima data de visitas serei a primeira naquela fila para te ver, eu posso nunca ter dito, mas eu amo você. Até breve e, caso sinta saudades, tem uma foto nossa embaixo no meu travesseiro.

Um milhão de beijos e junto com eles mando meu coração."

A garota releu a carta e achou que faltava um bilhão de coisas a serem ditas, mas por ora aquilo dava para acalmar Chaeyoung de achar que ela a havia abandonado. Também precisava se despedir de Scarlet, Nay e Tzuyu, porém isso ela poderia deixar para outro dia.

— Aqui está. — Mina disse, entregando a carta para a policial, que pegou o dinheiro também. — Trago os outros dois mil no dia de visitas. — A mulher assentiu e logo se afastou dali.

— Não sei o que fez, mas podemos ir? — Jihyo perguntou e Mina riu, assentindo. — Faturei tanto dinheiro para você pela injustiça que fizeram, deixa eu te contar as novidades...

Enquanto isso a policial ia em direção às celas, procurando a pessoa para quem entregaria a carta e quando a viu em sua cela sorriu satisfeita, caminhando até lá.

— A princesa saiu e deixou uma carta para a Son. — A mulher disse, vendo os olhos castanhos se ergueram para ela.

— Bom trabalho. — A garota respondeu, erguendo a mão para pegar a carta, porém a policial a puxou.

— Quero quatro mil dólares na minha conta, Bora, porque ela me ofereceu mais dinheiro se a carta for entregue. — Informou.

— Certo, te mandarei. — A mulher voltou a puxar a mão para esquivar a carta de Bora.

— Quando o dinheiro cair eu te dou a carta. Até lá vou cuidar como ouro, afinal são dois mil dólares. — Bora assentiu e bufou, porém sorriu.

— Parece que nossa líder vai ficar deprimida e é bem aí onde pegarei, finalmente, a minha liderança. — Ela disse para si mesma assim que a policial saiu. Já tinha um plano, era hora de colocá-lo em ação.

Presa Por Acaso | MiChaengOnde histórias criam vida. Descubra agora