Capítulo 17 - Primeiro Natal

337 30 47
                                    

Dia 23 de Dezembro, 2016

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dia 23 de Dezembro, 2016

Como se organizava uma ceia de Natal? Eu não faço ideia... Não mesmo! Nos últimos anos, até consegui me organizar de um jeito razoavelmente bom, mas neste ano, com os gêmeos recém-completados três meses, não sabia nem que dia era hoje.

Só fui descobrir que já estávamos em dezembro quando o Brad perguntou quando iríamos montar a árvore de Natal e decorar a casa; se não fosse por isso, eu não teria notado que estávamos em dezembro.

Eu estava vivendo em prol dos gêmeos e das crianças. Não havia voltado ainda para a empresa e pretendia voltar meio período somente no final de janeiro, e nem sabia se teria coragem de fazer isso mesmo.

— Niñito!

Ajeitava o Arthur no kanguru enquanto ele me olhava atento. Arthur sempre foi muito curioso, mas ao mesmo tempo, também era extremamente preguiçoso. Gavi apareceu em seguida com a Alice no colo, com um sorriso enorme no rosto.

— Ela acordou?!

— Faz uns vinte minutos, ela chorou e eu estava passando pelo corredor, resolvi ficar com ela brincando. — Dei um beijo na bochecha da Alice. — O que foi?

— Eu ia te avisar que ia no mercado comprar as coisas para o Natal, mas já que a Alice acordou, vou ter que levar os dois agora. — Suspirei.

Não sabia como ia fazer isso.

— Eu posso ir com você, se quiser. — Gavi deu de ombros. — Meus treinos acabaram ontem, então posso te ajudar.

Somente o Gavi estava em casa. As meninas haviam saído para comprar a roupa de Natal e Ano Novo, o Brad estava na gravadora, o Nick e Matteo tinham ido assistir a um jogo de Basquete do time e o Gavi não quis ir.

— Tudo bem, só coloca uma roupa mais quente, eu te espero.

— Tá bom.

Gavi colocou a Alice no sofá e subiu correndo as escadas. Terminei de ajeitar o Arthur no kanguru e me aproximei do sofá, vendo a Alice sorrir e me olhar.

— Sua sapequinha, você acordou, é? — Mexi em sua bochecha. — Ficou quietinha porque estava com o tio Gavi, se é comigo, você chora.

Alice parecia entender o que eu estava falando. Ela começou a rir e tentou puxar meu cabelo quando a enchi de beijos no rosto, provavelmente, fazendo cócegas.

— Estou pronto!

Foi somente o Gavi parar ao lado da Alice no sofá que foi o suficiente para que ela se virasse para ele e começasse a choramingar. A conexão que os dois tinham era surreal. Eu nunca havia visto algo parecido. Alice sorriu com horas de vida para o Gavi quando ele a pegou no colo, e desde ali, a Alice muitas vezes só queria ele, e eu não sei como, mas ela sabia quem era o Gavi e reconhecia sua voz independente da situação.

cuentos || maya azevedo m.sOnde histórias criam vida. Descubra agora