Capítulo 1 - Sevilha

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Março, 2016

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Março, 2016

Batucava meus dedos no volante enquanto balançava minha cabeça de um lado para o outro ao som de Taylor Swift com "Blank Space" quase no último. Manu cantava a música animada no banco de trás.

A pirralha com nove anos sabe inglês melhor do que eu!

— Maya, já estamos chegando?

— Não sei amore, o trânsito não anda. — Virei para trás rápido. — Vai comandando o som aí, copilota.

Entreguei meu Ipod para ela que sorriu animada. Gostava da Taylor e gostava de ouvir a Manu cantar.

O trânsito em Barcelona aquele dia estava caótico. Para atravessar a cidade então, nem se fala. Estava apoiada no meu braço que estava sob a janela do quarto, e olhei para meu relógio me desesperando um pouco.

Eu tinha que chegar até Barcelona Sants em quinze minutos, ou meu pai me mataria. E a segunda opção, não era uma opção!

E como se Deus tivesse notado meu desespero, em alguns minutos o trânsito foi melhorando, e eu não me importei se estava prestes a bater minha BWM novinha que eu tinha acabado de comprar se isso significasse chegar no horário.

Quando chegamos em Barcelona Sants, peguei os cartazes que estavam no banco do passageiro e segurei na mão da Manu, entrando correndo na estação. Fui para a área de desembarques enquanto arrastava a pobre Manu comigo. Eu até a pegaria no colo, mas não tenho mais braço pra isso.

— Manu, lembra qual era o portão?

— Não... — Murmurou.

Passei a mão no rosto e me agachei no meio da estação, segurando Manu em uma mão e com os cartazes embaixo do meu braço. Abri a conversa com meu pai e felizmente a foto com o portão de desembarque estava como recente.

— Tudo bem, portão quatro... — Disse sozinha, olhando ao redor. — É ali! — Apontei

Respirei aliviada quando chegamos ao portão de embarque e eu já podia ver os passageiros de Sevilha descendo. Manu olhava para as pessoas animadas, enquanto ainda estava de mãos dadas comigo e eu segurava um cartaz escrito "Pablo y Aurora".

Não demorou muito para que os dois irmãos saíssem acompanhados de uma funcionária do trem. Quando nos viram, a funcionária os guiou até nós, com uma prancheta em mãos.

— Poderia assinar, por favor?

— Claro!

Peguei a prancheta da mão da funcionária a assinei embaixo do meu nome que estava escrito no papel como responsável por recebe-los em Barcelona. A funcionária se afastou e eu sorri para os dois irmãos que estavam extremamente tímidos.

Eu já conhecia os dois e nos vimos algumas vezes quando ia para Sevilha com meu pai. Aurora mantinha a mão no ombro do irmão como proteção, e nem mesmo quando eu a abracei, ela tirou.

cuentos || maya azevedo m.sOnde histórias criam vida. Descubra agora