Capítulo 32 - Ballon D'Oro

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Outubro, 2022

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Outubro, 2022

"Você vai ir, né? Ou eu vou precisar aí pra te buscar?"

Revirei os olhos ao ler a mensagem do Pedri. Quando o nome dele aparecia no visor, sabia que algo para me perturbar e como sempre, eu estava certa.

— Juntam aí pra mamãe tirar uma foto pro tio Pepi. — Olhei para os gêmeos.

Arthur abraçou a Alice forte demais, fazendo com que ela reclamasse e assim que eu tirei a foto, ela o empurrou, me fazendo rir. Mandei a foto para o Pedri, com um áudio em seguida.

— Isso serve? Estamos a caminho já, Pedri, não precisa me sequestrar.

Olhei para fora e o céu estava limpo, completamente azul. O voo de Barcelona à Paris não demorava muito, mas mesmo assim, quatro horas se tornavam uma grande luta quando se viaja com duas crianças hiperativas. Brad estava  no assento do fundo, em um reunião, enquanto eu estava responsável por evitar das crianças derrubarem aquele avião.

Até porque, eu não estava tão animada para ir à França, mas quando a empresa patrocina vários eventos, as vezes, isso acontece.

Estávamos indo para a premiação do Ballon D'Oro desse ano. Pedi para que só o Matteo fosse, mas queriam nós dois lá. Pra ajudar, Pedri não largou do meu pé pedindo para que eu fosse também. Ele ia ser o responsável por anunciar o melhor jogador jovem, e pra ajudar, o Gavi estava concorrendo.

Ele estaria lá.

O principal motivo por eu não querer ir, era esse. Gavi estaria lá, ele estava concorrendo à premiação e estava liderando as pesquisas para ganhar. Nós dois não nos víamos na fazia alguns meses... Não sabia como ele ia reagir ao me ver lá e nem como eu ia reagir.

E isso me machucava... Se fosse há anos atrás, eu seria a pessoa que arrumaria a gravata e roupa dele, dizendo: "você já ganhou, niñito, não se preocupe".

Se fosse anos há atrás... Hoje, a realidade é outra.

Suspirei, tentando afastar os pensamentos enquanto Alice puxava meu braço, querendo atenção.

— Mamãe, mamãe, olha isso! — Ela exclamou, mostrando um desenho que havia feito durante o voo. Sorri, mesmo que meu coração estivesse pesado, e elogiei o trabalho dela, dizendo o quanto estava bonito.

Arthur, percebendo que sua irmã estava recebendo toda a atenção, rapidamente começou a reclamar, exigindo que eu olhasse para o que ele tinha feito também. Acomodei os dois no meu colo, tentando manter a calma enquanto o avião atravessava as nuvens, deixando a costa da Espanha para trás.

De repente, meu telefone vibrou novamente. Era uma mensagem do Matteo desta vez.

"Vai dar tudo certo. Estamos juntos nisso. Não precisa se desesperar, maninha, eu tenho certeza que o Gavi vai ficar feliz de ter ver lá"

cuentos || maya azevedo m.sOnde histórias criam vida. Descubra agora