capítulo 3

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Ouvir aquela voz me fez ter ânsia. Por que ela me ligou agora? O que será que ela quer? Liga agora depois de 5 anos.

Flaviana: Eu senti saudades de você, minha filha. Eu não deveria ter deixado você ir embora. Aquele homem veio atrás de você e disse que se você estivesse grávida, era para voltar. Ele tem muito dinheiro. Eu espero que você tenha engravidado e possa voltar.

Não, eu não posso estar ouvindo isso. Deve ser alguma brincadeira de muito mau gosto. Como ele a encontrou? E como ela conseguiu o meu número? Porque os únicos que têm são os meus familiares.

May: Eu não quero saber de nenhum de vocês, então me deixem em paz. Eu só quero distância. Faça o favor de esquecer da minha existência, como você fez durante todos esses anos

Flaviana: Calma, filha. Nós só queremos o seu bem, e do meu netinho. Eu sei que você engravidou naquela noite, eu sei que vocês estão morando com aquela mulher que estava no mesmo quarto que você. Saiba que nós vamos achar vocês, mas agora deixa eu ir. Beijos, filhinha.

"Fim da ligação"


Ela falou e desligou o telefone. Eu não posso acreditar que ela me achou. Eu quero saber como ela sabe que estou com a minha mãe, Edna. Tem alguém aqui que falou e só passa uma pessoa na minha cabeça.

Eu estou tão nervosa que esqueci o que eu estava fazendo ou o que eu ia fazer, estou desnorteada.

Isso me abalou, será que eles vão tirar o meu filho de mim? Não, isso não pode acontecer.

Joana: Tá tudo bem, Mayara? Você ficou pálida do nada. - perguntou com um olhar de preocupação.

Joana era uma jovem, assim como eu. Ela trabalhava aqui três vezes por semana para completar a renda dela.

May: Tá tudo bem sim, Jo. Vamos terminar logo isso para podermos ir para casa. - falei com um nó na garganta.


Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto do destino, puta que pariu.

Os minutos foram se arrastando como a eternidade. Eu não posso deixar ela achar o meu Henri, não posso. Foi com esses pensamentos que eu nem vi o Foguinho chegar. Eu acho que posso contar o que me aconteceu a ele, talvez ele possa me ajudar a achar uma casa por aqui.

Foguinho: Ei, Índia, você tá pálida. Tá tudo bem? - perguntou, olhando-me com preocupação.

May: Acho que eu tenho que te falar uma coisa. - Assim que falei, fogos foram lançados no céu e o Foguinho me jogou para trás do balcão e foi embora correndo.

Que Deus o proteja, pois eu já tenho um carinho muito grande por esse doido.

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