~Olá, meus amores. A fanfiqueira voltou, e voltou com força.
Espero que gostem de ler a fanfic tanto quanto eu estou gostando de escrevê-la.
Não se esqueçam de votar e comentar!
Beijos------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu odeio Raquel Murillo. A odeio com todas as minhas forças. Se tivesse o poder de excluir uma só pessoa do planeta Terra, seria ela. Não suporto aquela cara de cínica, o sorriso irônico e nem o sarcasmo que ela demonstra toda vez que me olha. Gostaria de poder matá-la só com a força do pensamento.
Por que a odeio tanto? Ora, porque ela é melhor que eu em tudo.
Infelizmente, ela também é muito linda. Literalmente a mulher mais bonita que eu já vi em toda a minha vida e eu não estou exagerando porque já vi muitas mulheres.
Sou Alicia Sierra e quero provar para Raquel que ela não pode me vencer em nada. Talvez só na beleza e isso pode me trazer problemas a longo prazo.
Todos os dias eu tenho que olhar pra cara dela, porque como somos as únicas mulheres daquela sala da Acadepol, os professores sempre nos colocam juntas para os trabalhos.
Não entendo porque diabos essas tarefas têm que ser feitas em dupla. Todo mundo sabe que eu trabalho melhor sozinha.
Se tivesse uma competição, com certeza Raquel seria a única adversária a minha altura e eu com certeza a deixaria comendo poeira, afinal, não existe alguém mais competitiva que eu.
É possível sentir seu perfume de longe, ainda que ela se sente apenas duas carteiras para o lado. Ao ouvir o professor de criminologia selecionando nossos nomes, ela me olha e sorri.
Puta merda, eu quero quebrar a cara dela.
Esse é mais um dos trabalhos idiotas que temos que fazer em conjunto e eu já sinto meu estômago revirar só de pensar que ela forçará uma aproximação mais tarde para "dar instruções". Não sei porque ela faz isso, pois tem plena consciência que eu não acato nenhuma ordem vinda dela.
Aquele sorriso cínico me faz ferver o sangue, a piscadela que ela dá logo depois me causa ânsia. Espero sair inteira daquele trabalho, e se isso acontecer, pedirei nominalmente a cada professor para não nos colocar mais juntas.
Nunca mais.
Mas sabendo que não tenho escapatória dessa vez, aceito meu destino cruel que parece ter sido escrito pelo demônio que habita aquela Academia de Polícia. Respiro fundo para não me entregar ao ódio que me consome e falho, pois sinto minhas bochechas ficarem quentes e vejo Raquel me encarando.
Evito olhá-la, mas percebo um sorriso sarcástico em minha direção. Ela sabe que odeio quando temos que trabalhar juntas e ela parece gostar de me ver com raiva.
Parece que faz de propósito.
Quando o professor para de falar e olha o relógio, sei que a aula acabou. Penso em sair o mais rápido possível para que Raquel não me pegue de surpresa na saída. Eu não tenho medo dela e sim de mim, do que eu posso fazer quando a vir tão próxima.
Se eu arrumar briga, posso ser expulsa. E eu não posso jogar essa chance fora. Não posso deixá-la vencer. Seria extremamente cômodo que ficasse só ela. Imagina o ego que essa mulher carregaria por toda a vida.
Guardo minhas coisas de qualquer jeito e apresso meus passos. Sinto-a levantar para vir atrás de mim, mas rapidamente ela é rodeada pelos outros alunos que ficam puxando seu saco.
Sei que, em algum momento, vamos ter que falar sobre esse trabalho, mas eu estou completamente sem saco para ela agora. Toda vez que penso nessa merda, sinto meu coração bater mais rápido.
E antes que digam que estou secretamente apaixonada, não é. É porque a odeio.
Olho para os lados a todo momento, procurando-a para que possa evitá-la. Compro um lanche na cantina que custa o meu rim direito, mas se serei investigadora policial, esses 11 euros não me farão falta quando eu for rica.
Ando em direção à quadra de basquete a fim de comer meu sanduíche tranquilamente e aprecio o silêncio que habita em meus ouvidos ao encontrar o local vazio. Os alunos ainda não tinham sido todos liberados, então daria o tempo certinho de engolir a comida e vazar dali.
Às vezes eu penso como é solitário estar no segundo ano da Acadepol e não ter ninguém para chamar de colega. Mas também penso que isso significaria ter que andar com certas pessoas e agradeço mentalmente por minha solidão.
Termino o lanche com satisfação. Suspiro, saboreando o último pedaço e sentindo o queijo derretido invadir o meu paladar. Desço as escadas da arquibancada quando os primeiros alunos do terceiro ano começam a chegar.
Vou ao banheiro escovar meus dentes e penso em ficar lá até o horário do intervalo acabar, mas decido ir para a biblioteca. Tenho certeza que Raquel não me procurará ali.
Isso é outra coisa que me deixa puta da vida. Essa mulher é uma gênia, sabe uma porrada de coisas e não pega em um puto livro na biblioteca. Ela nasceu inteligente assim? Porra.
Como é possível que uma única coisa nela me irrite tanto? Será que eu preciso passar em um psicólogo para entender o porquê de sentir essas coisas desse jeito? Sei lá, talvez entender a raiz da minha raiva.
É impossível manter a concentração naquele livro de história antiga sobre a polícia. Ficar devaneando sobre meu ódio pela Raquel tira o meu foco de tudo. Será que sou psicopata?
— Oi, ruiva — Sussurra, para não chamar a atenção do monitor do local.
Estou tão imersa em meus pensamentos que não vejo quando ganho a companhia de alguém sentando ao meu lado. Sim, é ela. Será que ela frequenta a biblioteca também ou só teria ido até ali para me encher o saco?
Finjo que não é comigo e continuo minha incessante saga de não sair do primeiro parágrafo. Quem sabe assim ela desiste.
— Ei, estou falando contigo.
Puta que pariu, eu devo ter jogado muita pedra na cruz mesmo. Tenho certeza que estou no inferno e Raquel é o próprio demônio.
— Do latim 'politia' e do grego 'politeia', a palavra vem derivada do termo 'polis', que significa cidade. Logo, 'politia' significa alguma coisa sobre administração pública ou guardar os civis.
Subo o olhar. Ela só pode estar de brincadeira comigo.
— O que quer, Murillo? Veio jogar na minha cara o quanto você é boa?
— Não preciso fazer isso, ruiva, você já sabe que sou excelente.
— Eu tenho um nome, sabia?
— Claro que sim. Alicia é um nome lindo, mas eu prefiro te chamar de ruiva.
— E eu prefiro que você me deixe em paz.
— Tenho certeza que se você me desse uma chance de mostrar que sou legal, não se arrependeria.
— Você ainda não me respondeu o que quer comigo.
— Se eu te dissesse o que realmente quero você ia me mandar à merda e sabe-se lá o que mais. Mas como estou prezando por manter meu rosto intacto, vamos falar de trabalho.
— Ótimo. Você faz a sua parte, eu faço a minha, juntamos tudo e apresentamos.
— Em que mundo você vive? Não é um trabalho teórico. Nós vamos ter que caçar um bandido juntas, porra.
É, Alicia, agora fodeu.
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Prenda-me se puder
Fanfiction[AU Ralicia Academy] Raquel Murillo é a melhor aluna da Acadepol e Alicia Sierra a odeia com todas as forças justamente por isso. Entretanto, quando são obrigadas a trabalhar juntas, elas descobrem um novo sentimento e tentam fingir que ele não exis...