Capítulo VI. A festa do sol

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I

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Recorre a Mina, é claro.

"Eu preciso de ajuda", ele diz.

Apenas precisa dizer isso para que ela concorde em ajudar com um sorriso. A bruxa o agrada, com a tinta rosa no rosto, o sorriso sempre aberto e a voz suave e agradável. Passando tempo com ela, ele entende por que Ochako sempre fica vermelha ao vê-la e Tsuyu sorri para si mesma o tempo todo em sua companhia. Mina assegura que cuidará dele no dia do festival, e Izuku assente.

Os dias passam. A partida de caça vai e vem. Um dia, eles retornam com um veado inteiro. "Para o banquete", ouvem Jirou dizer. Rikido se encarrega de salgar o animal, para que a carne esteja boa no dia da festa. Mina explica para ele, Ochako e Tsuyu que há uma cerimônia à tarde, justo antes do pôr do sol, e depois vem o banquete e a festa. Izuku assente para todas as palavras dela.

Nesses dias, ele encontra pouco Katsuki; o vê de longe, nada mais, com sua capa vermelha tremulando ao vento. Ele perde tempo na Grande Biblioteca, entre manuscritos. Assim, descobre as histórias dos Bárbaros do norte e como no sul mal conhecem algumas coisas. Se perde entre os livros e as lições com a espada. Convence Eijiro a praticar, embora ele se saia muito melhor corpo a corpo e no ar, e depois Denki, mas ele prefere suas habilidades como mago. Ambos ficam surpresos com o progresso de Izuku.

O dia do Festival do Sol chega rápido, rápido demais, e Mina aparece logo após o almoço em seus aposentos.

— Eu vou deixar você incrível! Tão incrível que Katsuki vai perder o fôlego ao te ver!

Izuku fica vermelho e assente. Gosta dessa ideia; faz seu estômago se revirar.

Ochako está decidindo entre os três trajes de gala que tem. Os três têm detalhes em rosa. Um tem um pequeno bordado com fio dourado nas mangas, gola e cinto. Os três estão sobre a cama de Izuku, então é a primeira coisa que Mina distrai.

— Oh, não, esse parece mais de inverno... — ela aponta para um dos trajes, com sua saia rosa brilhante e jaqueta cor pérola —, embora claro, aqui será para o outono, durante o inverno mais rigoroso precisarão de peles. Vocês chegaram pouco antes da entrada da primavera; o frio inclemente já não era sentido — ela diz —. Não pense nisso.

— E entre esses dois? — Ochako mostra os das bordas —. Ambos são de verão. Embora o das flores eu use mais na primavera.

— O dourado — decide Mina. Sorri e pisca para ela —. Destaca seus olhos.

Ochako fica tão vermelha quanto um tomate, mas escolhe o que Mina propõe. A saia é feita de um tecido mais vaporoso, um pouco mais aberta. A jaqueta também é mais fresca e sem mangas internas (não como as roupas de inverno, às quais podem ajustar mangas internas para manter os braços aquecidos e, mesmo assim, mostrar as mangas largas típicas do sul). Mina sorri ao vê-la se arrumar e passar kohl preto ao redor dos olhos para destacá-los e fazê-los parecer maiores. Consegue.

— Posso pintar seus braços — sugere —. Estilo norte. Seria uma boa combinação. Um pouco de mistura cultural.

Ochako sorri e assente.

— Perfeito! Assim que você terminar de se arrumar. — Ela junta as palmas das mãos, em um gesto de determinação —. Agora, Izuku! O que diabos você vai usar para deixar Katsuki de queixo caído?

Eles gastam um tempo vendo diferentes trajes. Mina descarta tudo o que é quase completamente verde. "Não, não, verde fica lindo em você, Izuku, não leve a mal, mas tenho um plano e estou disposta a segui-lo". Acaba escolhendo um dos trajes de gala de verão de Izuku, que ele ainda não tinha usado. As calças largas são de um tom amarelo médio, lembrando o sol, combinado com branco. A jaqueta externa, por cima, é dessa cor branca brilhante. As bordas das mangas são douradas, completamente, e têm motivos de raios. Coisas relacionadas ao fogo.

Olhos verdes, olhos vermelhos (BAKUDEKU-Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora