Olhos verdes, olhos vermelhos (BAKUDEKU-Tradução)

Capítulo XV. Templo Hosu

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I.

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No final, eles têm que resistir a um cerco.

Kyoka retorna pouco depois com refugiados que choram por seus mortos. Katsuki se fecha em si mesmo, em fúria, pensando que tudo foi uma armadilha. Uma armadilha da qual nem mesmo Izuku sabia.

Dias se passam e a única coisa que podem fazer é tentar atrasar o avanço do norte. Queimam tudo em seu caminho, ignorando aldeias ao se dirigirem ao castelo. A fortaleza dos bárbaros é feita para resistir a cercos e abrigar muitas pessoas.

-Katsuki, me diz que você está me ouvindo.

Ele levanta o olhar, irritado. Kyoka tenta acalmá-lo, lembrando da importância de garantir alimentos.

-É melhor do que no inverno. -Denki tenta levantar o ânimo, mas recebe um cutucão de Mina e um olhar de Eijiro que o silencia.

-Temos hortas, gado, e temos caçado mais do que o necessário.

O cerco trata-se da sobrevivência. Katsuki lembra da ameaça do líder inimigo, o poder que testemunhou.

-Eu sei que perdi!

Tudo fica em silêncio quando ele se levanta e a cadeira cai atrás dele.

De repente, tudo fica em silêncio.

Mina tem a boca meio aberta de surpresa. Eijiro alterna o olhar entre eles. Denki parece querer fugir. Kyoka e Hanta tentam manter a calma. O gato que os escuta olha suas garras, com tranquilidade.

-Mina... -Eijiro tenta intervir.

-Desculpa.

Katsuki vê seus olhos se encherem de lágrimas e apenas se levanta e sai correndo. Ele vê e não consegue se mover. Nem mesmo tenta, porque sabe que acabará gritando se ousar. Ele fecha os olhos, pisca com raiva, tentando deter a lembrança.

Ele olha para Eijiro.

-O que diabos você está esperando? Vai atrás dela.

-Katsuki, não seja assim! -Denki reclama.

-Maldição! Alguém vá atrás dela!

-Não deveria tê-la gritado! -Denki reclama, mas Katsuki nem tem ânimo para mandá-lo calar a boca.

-Eijiro -é a única coisa que diz, com um tom de voz mais neutro. O mais calmo que consegue invocar-. Vai.

Eijiro sai correndo.

-Talvez devêssemos... -começa Kyoka-. Vou ver se Rikido precisa de algo... Voltaremos mais tarde, está bem?

Katsuki assente.

Hanta a segue. Hitoshi também desaparece em algum momento e só fica Denki.

-Você não foi o único que sofreu naquela noite, Katsuki -murmura-. Todos sabemos no que você está pensando e...

-Não continue. -Katsuki se deixa cair novamente na cadeira. Ele leva as mãos ao rosto. Nunca foi bom lidando com a frustração. É muito tentador deixar que a raiva e a fúria se misturem todas as vezes, mas sabe que isso o torna muito mais impulsivo do que já é durante toda a vida. Naquela vez, ele perdeu. Na segunda vez, apenas encurralou Hisashi Midoriya e o fez se ajoelhar aos seus pés porque não trouxe aquele maldito grupo de mercenários-. Mina está certa, não é? Daquela vez eu perdi e todos nós pagamos o preço...