𝐂𝐎𝐒𝐌!¡𝐂 | chanmin/seungchan

ׁ ׅ ≀Íkosi pénte⭒

Depois de sofrer humilhação na frente de Chan, decidimos pegar as sobremesas que Hyunjin preparou. Compartilhamos dois cupcakes de baunilha acompanhado com leite de amêndoa e chocolate, a maior paixão de Chan.

- É incrível - ele exclama enquanto enche meu copo com devoção, como se fosse o evento mais importante do dia. - É pura serotonina líquida, recomendo. Se estiver se sentindo desmotivado, beba um copo inteiro, faça uma pausa de cinco minutos e de repente sentirá vontade terminar um doutorado. - exagera.

Acontece que não é tão exagero assim, pois admito que é realmente a melhor coisa que já tomei.

Após o jantar, nos deitamos no tapete da sala, exaustos e plenamente satisfeitos, sem vontade alguma de nos mexer.

- Você vai ficar? - ele perguntou olhando para o teto, enquanto eu o observava de soslaio.

Uma sensação conhecida me percorreu, fazendo com que eu fizesse uma expressão de decepção. Meu corpo parecia ter decidido por mim.

- Eu adoraria, mas tenho que voltar para casa e resolver algumas coisas - minha voz soou baixa e lamentável. Não gosto de rejeitar Chan, mas não consigo evitar.

Não tenho certeza se tranquei a porta corretamente, uma voz familiar ecoou na minha mente. Sinto pena de mim mesmo, também não me lembro de ter fechado o registro de água corretamente.

Claro, como esquecer isso.

Ou gás, não se esqueça do gás. Eu cozinhei de manhã.

A voz assume um tom envergonhado, como era de se esperar.

Chan permanece em silêncio por alguns segundos, permitindo que o meu debate interno flua tranquilamente.

- Se isso te incomodar muito, posso te levar. Embora eu prefira pensar que você fez questão de fechar tudo meticulosamente quatro ou cinco vezes - declara. Fico surpreso que lembre exatamente do número de vezes que faço isso.

- Eu fiz - sussurro, um pouco envergonhado poque falar sobre isso faz com que meus pensamentos intrusivos pareçam absurdos. - Eu fechei tudo, mas preciso verificar novamente. É que... - não tenho certeza, pois alguém poderia entrar na casa e roubar algo, ou talvez a casa pegue fogo, ou o banheiro possa inundar se eu estiver enganado e os móveis de madeira podem ser danificados... - Só preciso verificar novamente.

Ele solta um som de compreensão, um murmúrio suave.

- Você pode tentar e se achar que está ficando muito tarde, eu te levo. Mas, por agora, não se preocupe com isso. Pense que vou te levar em algum momento da noite, sem um horário específico, entende? Só que vai voltar para casa de uma forma ou de outra para se certificar de que tudo está bem.

Quando não consigo responder e começo a mordiscar meu lábio, ele continua.

- Vamos falar sobre outra coisa, o que acha?- sugere cautelosamente ao me observar.

Assinto com a cabeça.

- Oh! Certo, tenho que te mostrar isso - ele diz, levantando-se rapidamente e caminhando em direção a um móvel branco com uma pasta em cima.

Chan abre as portas do armário, revelando uma infinidade de discos de vinil. Os compartimentos estão tão cheios que parece não haver mais espaço para nada ali.

- Aqui está a minha coleção mais preciosa - diz ele, estendendo as mãos com um sorriso orgulhoso.

- Você tem onde tocá-los? - pergunto, minha voz um pouco impressionada com a quantidade exorbitante de discos. Me levanto, caminho em sua direção e me sento ao seu lado.