𝐂𝐎𝐒𝐌!¡𝐂 | chanmin/seungchan

ׁ ׅ ≀𝑽𝑬𝑵𝑼𝑺: 𝑨𝑭𝑹𝑶𝑫𝑰𝑻𝑨⭒

"O céu noturno costumava dominar minha imaginação

Agora eu movo os discos cuidadosamente

Depois de um tempo, pensei que nunca iria te encontrar

Eu me convenci de que nunca iria te encontrar

Quando de repente eu vi você

No começo pensei que você fosse uma constelação

Eu fiz um mapa das suas estrelas, então tive uma revelação

Você é tão lindo quanto infinito

Você é o universo no qual estou indefeso

Um astrônomo nos meus melhores dias

Quando jogo fora as medidas

Como um telescópio

Eu irei te puxar para tão perto

Até que não haja espaço entre nós

e de repente eu vejo você

De repente eu vejo você"

VENUS: AFRODITA

É manhã de sexta-feira, a última das minhas férias. O som irritante do alarme ecoa nos meus ouvidos e, pelo seu tom, eu sei que é o sétimo, porque óbvio que Kim Seungmin consegue dormir através de seis alarmes sem sequer pestanejar.

Eu já sei que estou atrasado, mesmo sem olhar para a tela do celular debaixo do meu travesseiro.

Hoje era suposto que eu acordasse às sete, motivado pelos inúmeros vídeos que assisti enquanto navegava na internet. Planejava levantar, abrir as cortinas, respirar enquanto observava o nascer do sol, romantizar minha manhã lendo um livro que talvez eu gostasse e tomar uma xícara de café no jardim.

Em primeiro lugar, preciso admitir que não sou uma pessoa matutina. Eram quatro da manhã quando assisti aqueles vídeos e não consegui dormir desde a noite anterior porque simplesmente me pareceu certo procurar as estrelas Eunoia, Nádir e Cénith no céu.

Em segundo lugar, não tenho mais livros para ler.

Com um grunhido, enterro o rosto no travesseiro, permitindo que o alarme continue tocando.

E toca.

E toca.

Acabei saindo da cama às nove e meia, obviamente não porque quisesse, mas porque estava atrasado.

Acho que as pessoas deveriam parar de romantizar e admirar aqueles que acordam cedo, que conseguem fazer tantas coisas antes das oito da manhã. Acordar às cinco, tomar café da manhã, fazer lição de casa, almoçar, planejar e escrever, tudo isso é aplaudido. Mas eu faço exatamente o mesmo às três da manhã sem dormir e ninguém aplaude.

Rapidamente vou até o banheiro e tento consertar o que está refletido no espelho. Lavo o rosto com água gelada, escovo os dentes e tento arrumar o meu cabelo que está todo desgrenhado. Ao enxaguar a boca, passo um gloss nos lábios e com os dedos aplico uma sombra suave nas pálpebras.

Eu estou ótimo? Não, mas não se pode fazer muito em dez minutos.

Corro até o armário e pego a calça preta que não usei desde que comecei a ter dias de folga na universidade, porque a única coisa que usei foi o pijama. Escolho uma camiseta preta, um moletom azul claro e chamo isso de roupa decente, não estou indo para nenhum desfile de moda.