04|| Teimosa

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Hawkeye
Paper rings || Kate Bishop x femoc

Capítulo Quatro: Teimosa

༘ ೀ⋆。˚

Fiquei tão assustada. O que aconteceu? — escutei a mãe da Kate dizer, já que, Kate havia colocado o celular no viva voz.

Escuto passos atrás de nós e viro vendo meu pai. Ele vem até mim e me dá um beijo na cabeça e vai até à cozinha.

— Nada. Eu saí pelos fundos — ela responde — Oi

— Oi — meu pai responde.

Mas que loucura. Uma explosão? Um leilão do mercado clandestino?

— Eu tenho que ir. Te amo.

Também te amo.

— Desde quando todo mundo começou a dizer "eu te amo" pra todo mundo o tempo todo? — Papai pergunta.

— Era minha mãe. Desde quando seu coração encolheu tanto? — Kate responde.

— Desde que uma garota vestida de ninja roubou meu Natal.

Kate suspira e se levanta indo até meu pai — Como tá minha casa?

— Crocante.

— Pegou o traje? — Eu pergunto indo até eles.

— Não.

— Mas tem uma pista.

— Por que acha isso? — ele me pergunta.

— Porque eu te conheço — digo sorrindo.

— O que é isso? — ele vai até o balcão e pega um bloco de notas.

— Ah, eu comecei a descrever o que eu me lembrava dos rostos da gangue do agasalho — Kate responde.

— Tô vendo que não era boa em arte — Papai diz e eu ando até ele. Vejo por cima do seu ombro o desenho.

— Espero que não queira seguir carreira de artista — eu digo zombando e Kate me mostra a língua — Muito maduro.

— Ha Ha. Eu me ofereceria pra te pagar um hotel porque, por um certo ângulo, sei que isso tudo parece minha culpa. Mas, a minha mãe cancelou meus cartões de crédito por conta da torre do relógio.

— Engraçado. Minha faculdade perdeu uma torre de relógio — eu digo.

— Não é necessário — meu pai diz a ela — só vamos ficar mais um pouco.

— Tá — Kate diz parecendo triste e vira para mim — Obrigada por... — ela aponta para o machucado e sai da cozinha — hum, vejo vocês dois amanhã, eu acho.

Viro para meu pai cruzando os braços na frente do corpo.

— O quê?

— Por que você tá sendo assim? Poderia pelo menos tentar ser um pouco legal?

— Você só tá insistindo tanto pra mim ser legal com ela porque gosta dela — ele me diz indo até à poltrona que Kate estava sentada.

— O que... eu... eu não — falo gaguejando — Eu não gosto dela.

Papai levanta uma sobrancelha para mim como se não tivesse acreditando em nenhuma palavra que sai da minha boca.

— Quer dizer, eu gosto dela, mas não assim — falo sentindo meu rosto ficar cada vez mais quente.

— Não nasci ontem, Nova. Sei quando minha filha gosta de alguém — ele me diz digitando no celular — Oh, cara.

— O quê? — pergunto me sentando no braço da poltrona pra ver o celular.

Paper rings || Kate Bishop ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora