♣ Ventinove ♣

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-Podem se aproximar. Só não tocar, está bem?

E então uma multidão se formou em volta do bebê acordado usando uma chupeta e segurando um chocalho no colo do pai.

-Sem feromônios também, por favor -Alev reforçou enquanto o batalhão de pessoas babando pelo bebê cercavam todos os lados.

-Ele é tão fofinho, Céus!

-Ele parece um mini Dante!

-Olha os olhos, são os mesmos! As pupilas pequenas como fendas de gato!

-Titio, titio! Eu quero ver melhor!

-O meu neto é tão perfeito -Nádia assentiu sorrindo.

E então quando alguém se aproximou demais, Asaf o olhou atentamente e cuspiu a chupeta no chão para chorar.

-Shiu! Shiu! O baba está aqui com você -Alev disse afagando seu bebê contra seu corpo até que ele parou de chorar para apenas dar chiadinhos como se ameaçasse voltar a chorar em qualquer momento.

-Onde o Dante está? -Demir perguntou depois de achar Alev novamente um pouco mais afastado junto do jardim.

-Lá em cima com o psicólogo.

-Ele aceitou normalmente?

-Acho que o Dante quer e pode matar o homem a qualquer momento, mas ao menos aceitou que ele voltasse para as sessões.

-Isso é bom.

-Sim, muito. Estou contente com isso, sabe? Não imaginei que ele permitisse.

-E esse garotinho aí? Posso pegá-lo no colo?

-Não -Alev riu -não, ainda não. Uma coisa de cada vez, não é Asaf?

O bebê repousou a cabeça sobre o peito de Alev e puxou a camisa para baixo, mas quando não conseguiu o que queria, levou seus grandes olhos verdes até os do pai, fez um biquinho e voltou a chorar.

-Ó Aşkım, não chore, hum, baba sabe o que você quer então vamos ver se seu papai já terminou -Alev falou com o filho com uma voz de bebê não costumeira para as pessoas de fora, depois que Asaf se acalmou por alguns segundos ele se virou para o primo -bem, vou subir e ver se o Dante já terminou.

-Vai lá.



No instante que Alev subiu as escadas para o quarto, encontrou Dante à procura do filho, sua cabeça girava de um lado ao outro até focar na figura do alfa com o bebê. Atrás dele havia um homem alto, usando roupas arrumadas e com óculos, ele cumprimentou Alev e saiu.

-Dê para mim -Dante pediu enquanto estendia os braços e o bebê fazia o mesmo em sua direção. Quando Asaf sentiu os braços do pai, Dante sorriu e beijou o filho. No mesmo segundo ele puxou parte de sua camisa para cima e o bebê abocanhou o que estava diante de si e mamou fechando os olhos.

-Parece um relógio -Alev falou sorrindo.

-Meus peitos doem quando ele está com fome.

-Como foi a sessão de hoje?

-Normal.

-Normal como?

-Normal, como seria se não fosse isso?

-Tudo bem, entendi. Foi normal, então isso é uma coisa boa, não é? -Ele disse se aproximando do ômega e encostando os lábios nos dele -normal. Que bom, Aşkım. O que vamos fazer agora?

-Eu quero ficar um pouco só com o Asaf.

-Tudo bem. Podemos fazer algo junto depois, o que acha?

-Claro.

Rei de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora