♦ Diciannove ♦

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Ediz estava preso. Diversos pontos tomados. Vários homens feridos e mortos, mas ainda assim os Yildiz estavam de pé com altivez, habilidade e força, ainda mais depois de estarem portando armas potentes e letais, o banho de sangue contra seus inimigos seria inevitável e era isso que todos desejavam. A revanche estava vindo enquanto a temível máfia turca tomava o que era seu por direito, massacrando cada pessoa que um dia sonhou em se voltar contra o feroz leopardo da Anatólia.

Newark estava um verdadeiro pandemônio onde quer que olhasse, a briga entre as máfias gerou uma onda de violência, roubos e mortes na cidade ao ponto que a polícia tinha que escolher entre salvar civis ou se meter em conflito dos outros. Assim Alev chegou até um ponto de segurança onde sua família estava até tudo estar resolvido, ele fedia a sangue, suor e sujeira, seus músculos estavam tensos e cansados após tanto esforço e dias sem dormir ou se alimentar corretamente.

Ele assobiou e levantou um espelhinho em direção a luz para refletir e enviar o sinal que era ele que estava ali, demorou, mas enfim tinha conseguido entrar naquela espécie de fortaleza rudimentar em um lugar afastado quase saindo da cidade, conforme foi entrando, mais força ele sentia deixando seu corpo para a exaustão.

-Alev -ele ouviu uma voz tão conhecida por ele. A do seu marido.

-Dante -ele virou e viu aquele homem alto, totalmente vestido de preto, usando um coldre que passava pela cintura e uma cara em completo estado de apatia.

-Como… como foi com os focos restantes?

-Mortos. Estão todos mortos.

-Hum, melhor assim -Dante passou uma mão sobre a têmpora -sua mãe quer te ver, bem, não só dela, todos querem saber como você está.

-Me tornei um tipo de santo e não sei?

Dante soltou uma risada nasal.

-Mais ou menos isso.

-Dante…

-Sim, temos assuntos a tratar. Tome um banho e descanse, vou esperar pra falar com sua família sobre tudo.

-Eu… eu.

-Cheguei ontem aqui e muitos já me contaram o que acontece com os traidores. Eles estão empolgados para saber quem foi o responsável por tudo isso e qual a maneira melhor de fazer ele sofrer.

-Dante, eu, eu… -Alev não sabia o que dizer.

-Vai descansar, Alev. Eu posso lidar com isso -Dante falou se retirando.



-Alev! -Sua mãe o avistou quando ele saiu do quarto depois de tomar banho. A mulher veio em sua direção correndo e fechou seus braços na cintura do filho de modo apertado -pelos Céus! Eu estava tão preocupada com você! Todos vinham para cá, descansavam e voltavam, mas você nem mesmo pisou os pés aqui!

Alev retribuiu de maneira ainda mais apertada.

-Peço perdão, anne, mas estive muito ocupada resolvendo tantas coisas, os problemas não paravam de aparecer.

-Eu nem consigo imaginar -ela passou a mão delicadamente sobre sua face recém lavada -veja como meu doce menino está com feições tão cansadas! Alev, mesmo sabendo que você é forte e corajoso, tive tanto medo que algo de mal acontecesse com você!

-Tudo bem, acalme-se anne. Tudo bem, eu estou aqui agora, mas nada de ruim vai acontecer conosco.

Nádia então enxugou as lágrimas dos olhos e se recompôs.

-Claro. Claro, graças ao bom Deus e a vocês! Seu marido foi tão importante para que conseguíssemos vencer! O Fatih me falou e eu fico tão feliz em ouvir isso! Todos pensavam que ele podia ter algo a ver ele sendo um Bianchi e braço de Antônio, mas foi um pensamento tão errante! Se pudesse, me desculparia com ele por pensar que em algum momento eu desconfiei de suas intenções!

Rei de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora