♠ Dodici ♠

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As pernas de Dante se fechavam em volta da cintura de Alev, ele estava em seu colo subindo e descendo seu quadril enquanto o outro repetia o mesmo movimento. Era como se estivessem um abraçando o outro, em um abraço íntimo e profundo porque ambos gemiam e o suor pingava de suas peles.

A janela do quarto que estavam se encontrava entreaberta, mas mesmo com o vento frio de outono a temperatura do ambiente não abaixou.

Era um gemido rítmico junto com as estocadas, o gozo expelido do membro do ômega e sendo roçado contra o abdômen. Alev apoiava a cabeça no pescoço do marido, ora ou outra levando os lábios até aquele espaço e roubando beijos ou mordidas leves na orelha.

Não demorou muito e ambos tinham acabado, separando os corpos e com a respiração ofegante e pesada.

-Precisamos nos arrumar -Dante falou tentando reunir forças para levantar da cama -precisamos encontrar essa mulher.

-Eu sei, eu sei. Só preciso de um segundo, apenas um segundo e então vamos tomar um banho e partimos para onde quer que essa reserva esteja.

Dante assentiu saltando da cama para o banheiro.

O hotel que eles conseguiram não era o dos melhores, mas era o disponível. A cidade de Decatur estava em período de festividades de outono, lotando as ruas, hotéis e pousadas.

Demorou até que a água do chuveiro esquentasse, Alev o ensinou a tomar banho quente e naquela altura já tinha se tornado um hábito. Quando chegou no ponto certo, ele jogou seu corpo contra as gotículas de água fervendo, fechou os olhos debaixo do chuveiro deixando serpentear pelo corpo para limpar e relaxar.

Mas sua paz foi mais curta do que imaginava, pois Alev entrou atrás dele, abraçando sua cintura e beijando uma de suas faces.

-Você podia ter me chamado para participar.

-Não tomaríamos banho se eu fizesse isso.

-No final eu estou aqui do mesmo jeito -falou rindo.

Dante se deixou ser abraçado e puxado novamente para o canto. Alev afastando suas pernas e massageando sua entrada.

-Eu juro que vai ser rápido.

Dante o olhou com uma cara feia e trouxe o corpo de Alev para mais perto.

-Você tem cinco minutos antes que eu te chute daqui.

-Quê?! Só isso?!



O percurso até o endereço passado por Dean foi silencioso, a cidade que estava era bonita e tranquila e conforme se afastava a paisagem foi sendo alterada para árvores grandes e alaranjadas. A floresta foi ficando mais densa e o tempo antes levemente aberto foi sendo mudado para chuvas fortes e gélidas.

Em meia hora eles chegaram à porteira de eucalipto, o lugar não parecia abandonado apesar de um pouco mal cuidado. Aos passos vacilantes Dante seguiu adiante como se seu corpo soubesse para onde ir, havia tantas árvores em volta que facilmente qualquer um podia se perder e nunca mais ser achado.

Dante mexia os pés de um lado para o outro, a terra molhada assentando em seus sapatos e um nervosismo sendo irradiado por todo lado.

-Dante.

-Eu me lembro disso aqui, eu me lembro. Já passei várias vezes por essas árvores -ele se aproximou de uma apontando um rabisco no tronco escrito "D e C". Seus olhos se movimentavam em busca de qualquer sinal, qualquer coisa, ele queria absorver o que tinha ali… seu passado.

Ele seguiu mais para dentro da floresta, a chuva continuava molhando suas roupas, mas ele não se importou. Alev o seguiu com dificuldade, os galhos arranharam sua pele e Dante praticamente estava correndo.

Rei de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora