question...? (tamber)

12.

Amber Freeman
👻

Acordei com uma claridade exagerada fixada em meu rosto. Abri os meus olhos, encarando o sol fortíssimo através da janela.

Me sentei na cama, tentando raciocinar quem eu era e onde estava por conta do sono. Olhei ao redor, sem sinal algum da Carpenter.

Poucos segundos depois, a porta do quarto abriu lentamente. Tara me encarou, entrando no cômodo.

— Como você está? — Ela me perguntou com esperanças de uma resposta positiva.

Eu tive uma resposta positiva.

— Estou melhor. — Sorri de canto. — Muito obrigada por isso, Tara.

— Viu como a teimosia não leva a lugar algum? Eu disse para tomar o remédio.

— Aham, mãe. — Zombei, revirando os meus olhos. — Você é sempre assim com todo mundo?

— Assim como? — Tara cruzou os braços acima do peito.

— Tipo, uma mãezona protetora. — Ri da minha própria frase. — Você nem parecia a Tara ontem a noite.

— Eu apenas gosto de cuidar das pessoas com quem eu me importo. — Tara se justificou. — O que tem demais nisso?

Meu sangue gelou, o que diabos acabou de sair dos lábios de Tara Carpenter? É realmente real ou uma ilusão criada por minha mente e eu ainda estou dormindo?

— Significa que se importa comigo. — Conclui, ainda meio desacreditada. — Olha, eu poderia apostar que um jacaré conseguisse voar, mas nunca que um dia você falaria isso para mim.

— Você está sendo exagerada! — Tara sentou na ponta da cama. — Nós somos amigas agora, certo?

— Certo. — Balancei a cabeça, em concordância com seu questionamento.

— Estou cumprindo meu dever como amiga, então. — Tara deixou os braços caírem, as palmas das mãos bateram em suas coxas. — É só isso.

— É chocante para mim — Dei de ombros. — Não tem muito tempo que você me deu uma rasteira e ameaçou socar a minha cara.

— E não é como se eu não quisesse fazer isso de novo! — Tara semicerrou os olhos. — Eu ainda te acho insuportável, fim de papo.

— Se você diz. — Sorri, dando uma leve provocada na garota. — Que horas são?

Tara levantou o celular, olhando para a tela de bloqueio. — São nove e doze.

— O que?! — Arregalei os olhos, dando um pulo da cama. — Preciso arrumar minhas coisas, estou atrasada para o curso!

— Ei, relaxa — Tara riu de mim, entendi que fosse pelo susto que levei. — Faltar uma vez no curso não irá te matar, e eu liguei para o seu trabalho, você pode ter um dia de folga hoje.

— Você fez o que? — Minha boca ficou aberta, intrigada com o que a Carpenter acabara de falar.

— Não se preocupe, está tudo sobre controle. Eu só quero que descanse hoje e amanhã possa retomar a sua rotina.